segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

VIAGEM XXII

Vidros abertos, todos os quatro do semi-novo sedã de "velho", e o vento revolucionando os objetos soltos - que jeito! - pelo carro. Papel, plástico, garrafas vazias;
o limite de velocidade nas placas verdes... Ali, no limite dele.
(gostava daquele verde-escuro)
Madrugada, em direção a qualquer lugar. Para um lugar que fosse como ele 
(não deve ser tão difícil),
Como ele está nesta madrugada insone/insana de verão ameno. De tempo de outono em dezembro na mega urbe de língua portuguesa.
Direção ao sul sem freios e a volta imensa pelo grande parque. 
Perto da avenida Repúblicado Líbano repúblicas de condomínios quase cerrados ao mundo aqui de fora.
"Mas não imunes a assaltos e arrastões". 

À noite como é bom andar pela cidade mesmo com a sensação de areia nos olhos,
o vento espanta este cansaço de fadiga das voltas pela cidade desde que o sol foi embora.
Piscar e abrir os olhos, duro, piscar e abrir e tudo de novo. 
Música para resgatar os ouvidos em um volume de paz, sem congestiomanento acústico.
Perambulação pela miríade de avenidas/ruas/pontes da grande urbe segue madrugada adentro de fumaça e bala de menta. E de barba de três dias.
São tantos os lugares que se pode passear sem ao menos ser notado sequer uma vez. 
E disto ele gosta, com especial fervor agora. 
"Para quê ser notado assim?"
Outros é só descer do carro e se misturar. Mais tarde, lá para o final.
Porém, hoje ele quer mesmo se misturar a ele tão-somente.
Sem dor sem culpas e sem as lacerações do último combate de semi-deuses no apartamento do 11º andar na rua Machado de Assis.

Acabaram-se as ruas do parque, ali da zona sul.
Direção mais para o centro.
O vento ainda e mais fresco agrada seus corpo quente da última atitude.
Luzes de época com cores a escolher na avenida Brasil.
Os quilômetros são vencidos sem consumação dele; os olhos e um colírio no sinal vermelho basta para solucionar o areia que não sabe de onde vem.
O tempo de olhar pelo retrovisor depois é o que basta. Segundos apenas.
"Calma, sem esta de olhar pelo 'retrovisor'. É para frente, como uma peça de teatro. 
Eu comecei, e por isto jeito de voltar não há".

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