segunda-feira, 31 de maio de 2010

OS HUMANOS, COMO ELES SÃO

DE UM JEITO OU DE OUTRO, TODOS NÓS TEMOS RESSALVAS UNS CONTRA OS OUTROS

Duro admitir, pelo menos para mim, que todo e qualquer ser humano entre os quase 7 bilhões que povoam o planeta possui algum tipo de ranço intelectual contra outro. Ranço que pode ser traduzido de diferentes formas desde as mais suaves e enganadoramente doces até aquelas que causam o aniquilamento físico e emocional. No Brasil, como não poderia deixar de ser citado, porque é aqui que vivo, com seus 193 milhões de habitantes, vemos que o ranço do preconceito enraizou-se e ramificou-se em todas as esferas - estratos - sociais, econômicas, físicas, religiosas, estéticas etc etc etc...

Não sou melhor que nenhum dos 193 mi, tampouco sou pior. Penso que, entretanto, uma vez detectado por mim um destes ranços eivados de intolerância é de muito bom tom tentar ao menos trabalhar a questão não somente por compaixão ou algo assim, mas porque penso também que manter vivo tais preconceitos faz de mim uma pessoa cada vez mais distante da luz. Pior, cada vez mais avesso à mudanças que a vida tão inesperadamente promove pelos trilhos que ela corre.
Neste sistema capitalista selvagem (pode soar panfletário o termo), existem outros seres iguaizinhos a nós (da mesma espécie) que estão desprovidos de chances e oportunidades e que em decorrência destas não chances a mobilidade social e a dita ascensão tornam-se trabalhosas e por vezes improváveis. E esta ausência de ascensão não é relacionada somente com $ e o consequente poder econômico, mas também com a mobilidade de respeito e consideração às diferenças.

Tema recorrente neste blog quando falo dos homo sapiens, o ser humano tende a trilhar o caminho já aberto, a ideia já imposta, relegando a segundo plano a metamorfose ambulante pela qual passamos todos os dias. Ficamos insensíveis. E exigimos comportamento padrão de outros segundo os nossos padrões. 
São ditaduras que nos envolvem tal o vórtice de um furacão daqueles tropicais no Caribe. Repetimos o modelo e exigimos que todos repitam.

Ledo e inequívoco engano. 
Sorte que nem todos repetem o ranço autoritário que estigmatiza vários homens e mulheres e que estes estão dispostos a ouvir argumentos opostos e a respeitar as diferenças sem que haja uma 'adesão' a elas. Ora, basta respeitar a individualidade una que cada um de nós é e seguir a vida sem medo.
Lista extensa de preconceitos mas nunca é demais enumerar alguns:
- racismo
- xenofobia
- homofobia
- obesidade
- "feiura" (entre aspas porque a ditadura da beleza encara como feia a face/corpo dos que não se encaixam)
- pobreza
- misoginia
- "drogados" (nem todos querem manter-se farrapos) 
Paro aqui caso contrário ficarei o resto dia a escrever... A escrever... E parar Deus sabe quando.

sábado, 29 de maio de 2010

CRENÇAS A ESMO

EM QUEM ACREDITAR?
Em que você, internauta seguidor, acredita em termos de energia nuclear/fabricação da bomba: em Mahmoud, o louco saído dos infernos, ou em Barack, o mulato truculento que fez história?
Difícil escolha principalmente porque o boquirroto resolveu mesmo se imiscuir em assunto delicado, movediço que anda movendo ânimos tal qual distímicos possuem ao raiar de dia seguido de dia. A diplomacia brasileira caminha para ser um ator global em que pese assuntos não resolvidos aqui na vila sul-americana (vide conflitos entre o ditadorzinho de quinta da Venezuela e o estado paramilitar vendido ao tio Sam - Colômbia... Só para citar um). Tal fato decorre do aumento da importância que a economia, as políticas sociais, o aumento da renda brasileira alcançaram nestes últimos 18 anos desde a posse de Itamar Franco em 1992. Sim, senhor excelentíssimo boquirroto: o Brasil não foi inventado em 2002 pela camarilha da companheirada que o acompanha. 
O boquirroto foi lá, e junto ao nostálgico e novo "sultão otomano" da Turquia, fez um acordo que permite ao Irã continuar enriquecendo urânio em solo pátrio. Ou seja, o acordo é para inglês ver.
O Brasil caminha de fato para ser melhor ouvido mas para isto tem que saber com quem falar. 
Voltando ao título: qual palavra vale mais? Do Irã ou do Ocidente?
Em que pese todas as minhas seriíssimas restrições ao american way of life e toda sua política do big stick prefiro me alinhar aos que estão ressabiados com a intenção do Mahmoud saído dos infernos no que tange ao programa nuclear que a nação teocrática (portanto não democrática) islâmica deseja possuir.
É claro que o governo do Irã quer fazer a bomba. Alguém duvida disto? Se sim, deve ser porque acredita em contos de fada, da carochinha, papai Noel e por aí vai. 
Um imbecil que afirma que Israel deve ser varrido do mapa, um imbecil que diz que o holocausto não existiu não deve merecer credibilidade alguma. Claro que o boquirroto gosta de se alinhar a estes ditadores para parecer maior diante da truculência dos EUA.  Até naquele caso da votação na ONU contra o presidente-ditador do Sudão, o Brasil se absteve porque tem interesses comerciais com o país (petróleo).
Eu prefiro acreditar em Obama/Sarkozy/Merkel e no secretário Ban Ki Moon.
Mas não apoio uma invasão aos moldes que ocorreu no Iraque. De jeito algum. A via diplomática é a solução mais plasível e única ao meu ver; entretanto, dar tempo ao louco saído dos infernos parece ser tão temerário quanto acreditar nas intenções "boazinhas" e pacifistas do governo teocrático. 
O que fazer? 
Em nível mundial exercer pressão para que o Irã aceite as resoluções do AEIA, aquela mesma agência que o Mahmoud disse ser um fantoche americano. Então, o Brasil, para ele é um fantoche. 
Fico com as democracias ocidentais: da Espanha, da Suécia, da Costa Rica, da França, do Brasil; e porque não, a dos EUA? Reitero que isto não vale dizer que concordo com a política dos EUA, apenas que tenho medo, muito medo, de um governante louco, déspota e que persegue minorias, como disse, em certa ocasião que em seu país não há gays.
Com todos os defeitos e buracos, ainda acredito no modelo ocidental de democracia.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

VALORES DOENTES

AOS POBRES, NEGROS, MULHERES, DEFICIENTES, GAYS E À NATUREZA: VIVA O SISTEMA DOENTE
O mundo está doente. Os países estão enfermos. o Brasil também. Além da já propalada mão pesada humana que, onde quer que ela se imponha, é uma mão destruidora e impiedosa com os mais fracos e impotentes, devemos observar que vira e mexe (e sempre tem gente virando e mexendo), valores são postos de lado para darem lugar a outros que são, irrisoriamente, inferiores; em minha despretensiosa opinião, óbvio. Senão vejamos. 
Países puapérrimos são os que pior tratam suas minorias, sejam lá quais forem: vide o caso do casal gay de Malauí e a lei em trâmite no Congresso de Uganda para punir com a morte homossexuais. Pode-se citar também a infibulação que consiste em extirpar os órgaõs sexuais femininos em vários países africanos e alguns asiáticos com o intuito de que elas permaneçam virgens e que nunca traiam seus respectivos maridos; afinal, não havendo prazer a chance de uma cabeça masculina ser adornada por chifres é quase nula. Há as crianças vítimas de adultos canalhas saídos do inferno que sofrem, nas mãos dele, toda espécie de sevícia e exploração. E os pobres das grande cidades da Índia, de Bangladesh, da Nigéria, do Paquistão, do Brasil, do México e de tantos outros? Marginalizados e postos/tratados como párias da sociedade.
Enquanto isto, o mundo se senta para resolver a grave curse econômica que percorre os "cantos" do planeta redondo para que países, bancos e instituições financeiras não quebrem. 
Enquanto isto, o mundo vai parar para assistir a um campeonato de futebol que paralisa a percepção de muitos, especialmente nos países periféricos. Enquanto poucos ganham rios de $ muitos se veem vivendo com menos de US$ 2 dólares por dia.
Enquanto isto, o vazamento de petróleo no Golfo do México continua e os esforços parecem ser em vão.
Enquanto isto mais uma espécie de ave foi extinta do leste de Madagascar por conta da mão pesada humana.
Enquanto isto, os pobres, negros, mulheres, homossexuais, cristãos, muçulmanos, esfomeados, deficientes enfrentam preoconceito todo dia. Preconceito é uma palavra até que sutil para caracterizar o que sofrem.
Claro que o mundo vai resolver a grave crise econômica (feita por você? Por mim? Não) e tudo permanecerá como dantes no quartel de Abrantes.
Quanto aos bichos e plantas, pobres e minorias estes continuarão doentes sem qualquer tipo de internação para minorar os efeitos da enfermidade impingida pelos poderosos capitalistas (sejam dos EUA ou da China), pelos tiranetes de esquerda e direita que tanto prezam o poder.
Por sorte, Deus vê tudo. Ou melhor, pela providência divina Ele vê tudo assistindo tamanho avilte aos valores realmente sérios e importantes.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CONTO IX

ENREDANDO VALORES
Este aqui - da série de contos - é um pequeno trecho. Gosto muito deste conto porque é uma história que se passa em um período pré-carnaval, portanto bem brasileiro na gema, mas sem resvalar em uma história carnavalesca pura e simplesmente: um cara, que é pai, é presidente de uma escola de samba perdeu um dos filhos há pouco tempo.
Espero que gostem. Para quem quiser ler mais posso enviar o arquivo todo.
Sempre obrigado pela leitura.
"Lembra nesta hora que esqueceu de ligar para o principal destaque de chão do desfile; e ele tinha urgência porque o carnavalesco havia alertado-o de que aconteceu um acidente com a fantasia da ‘moça’. E bem de quem: a irmã mais velha, que por sinal, morava perto. Bem, pode ser fácil o trajeto só que o desvio devido à interdição da avenida da Aclimação que a CET realizava, vai complicar o trânsito. Lógico que São Paulo sempre tem os atalhos. Uma tautologia geográfico-urbana. Mesmo esfarelado como pó, o melhor é passar direto na irmã e quem sabe, comer alguma coisa por lá mesmo. Uma massa com molho vermelho, de preferência.
            Problemas se derramavam por sua mesa na sede. Seu computador todo em função do grande dia não existindo tempo de se falar no msn, checar seus perfis em sítios de relacionamento pessoal, nada de baixar música pela internet, nem pesquisar sobre culinária portuguesa; o que significa ir nunca ao Paraíso de Dante, na Rebouças, nem despachar no escritório de contabilidade herdado de seu pai. Este fica ali no bairro em uma casa com o pé direito alto, destacando-se das demais vizinhas.
          O escritório fica no caminho. Como ficam no caminho muitas construções que lhe são familiares, desde a Rua Pires da Mota até a Mesquita com Heitor Peixoto e também indo até o Largo do Cambuci. E se tocando no assunto, parentes em profusão se estabeleceram na região vindos de Leiria e do Algarves, no começo da década de 1920. Seu bisavô veio na segunda leva para escapar da ditadura salazarista que ensimesmou Portugal décadas. Pobre período da nação lusitana. Ficou mais na ponta da Europa. Foi bom para o dito cujo que veio para cá já viúvo, e moço, e se casou com uma mulata com samba no pé, neta de negro, espadaúdo, escravo vindo de Guiné Bissau com brasileira descendente de Domingos Jorge Velho, o bandeirante: a existência dele dependeu desta bisavó que conheceu no final da vida com os cabelos bem grisalhos sem perder o riso largo e a competência para fazer a melhor feijoada de toda São Paulo. A mistura não é nada original, ele sabe: português com africano. Daí o apego ao samba conquanto a cidade não precisasse tamanha paixão. Tecnologia, indústria e frio? Parece que não combinam. Mentira para ele. Combinam à perfeição. Tradição, carnaval e calor podem soar mais Brasil, mas é o lugar-comum.
           Hoje domingo, antepenúltimo ensaio geral faltando 20 dias para a apoteose, está completo. Quadra cheia com as máquinas de chopp trabalhando sem descanso e o padrinho arrancando cantadas das moças – e alguns beliscões em sua traseira bem fornida. Os homens em geral pelo visto torcem o nariz, enquanto outros desejam mesmo é beliscar. Do mezanino, ele e alguns convidados: o gerente do banco, o pessoal da contabilidade e alguns do conselho vêem a animação e o suor se derramando. A primeira porta-bandeira esbanja ritmo com sua fantasia quase completa. É uma negra rutilante, professora de ginásio que deve mexer com a libido dos meninos adolescentes. Suas curvas deixam qualquer homem maluco de tesão. O sorriso de um contentamento verdadeiro parece contaminá-lo, e já faz algum tempo. Mas ela, nem sequer lhe dá atenção a suas investidas tímidas. Enquanto fosse ele o diretor-presidente a Unida não mudará de mestre-sala e porta-bandeira, o que garante a ela reinado até o carnaval de 2011."

domingo, 23 de maio de 2010

MERCADO DE CARROS

MAIS VENDIDOS
Os 20 mais vendidos em unidades até 20 de maio no Brasil todo. Notem que o Gol segue firme na liderança, Palio em segundo com o Uno ameaçando logo atrás. E vende mais, de maneira geral, carros menores e de motorização 1.0, flex.
Gol 100.121
Palio 59.090
Uno 57.941
Celta 55.257
Fox 49.953
Siena 47.050
Corsa Sd 43.217
Strada 39.046
Ka 34.649
Fiesta 31.920
Voyage 28.291
Prisma 24.978
Sandero 23.186
Agile 22.474
Saveiro 20.573
Corolla 20.331
Ecosport 16.192
Fit 15.637
S10 15.512
Fiesta Sd 15.171
Endereço do link para quem quiser ver a lista completa de mais de 230 modelos; é possível também ter dados por Estados do Brasil, Regiões, motorização e classe.
http://www.fenabrave.org.br/principal/home/
(só clicar, à esquerda da página em "modelos mais vendidos" ou em "emplacamentos")

sábado, 15 de maio de 2010

TURQUIA NA UNIÃO EUROPÉIA

Reprodução, UE em azul, Turquia, vermelho
MUÇULMANO EM CLUBE CRISTÃO
(neste mapa, em vermelho a Turquia que tem cerca de 3% de sua área em continente europeu e o restante no asiático; Istambul, a maior cidade com quase 11 milhões de habitantes e maior motor econômico do país, está dividida entre os dois continentes. Em azul a União Europeia e em cinza os outros países)
[Istambul, primeiro Bizâncio  e depois a cristã Constantinopla até 1453]
Sem falar da crise econômica que passa a União Europeia com alguns de seus 27 membros em gravíssima situação financeira como a bola da vez a Grécia e podendo levar de roldão Portugal (não creio entratanto que os patrícios permitirão que a situação se deteriore porque Portugal tem uma tradição em ajustes fiscais, o contrário da Grécia) e talvez Espanha, quero aqui tratar sobre as negociações da entrada da Turquia de maioria muçulmana ao clube rico e cristão.

(claro, a motivação para entrada não é religiosa, mas esta questão está implícita e permeia todas as negociações à mesa)

Estão na fila, mas bem na frente dos turcos, a Islândia, a Croácia e a Macedônia. Há entraves, mas as negociações já começaram alguns anos atrás. Não me aterei muito aos números - só para citar o tamanho do PIB turco de quase US$ 800 bilhões, vê-se que a economia do país adquiriu importância ao longo da última década. Este valor alçaria a Turquia à sexta posição entre os maiores da UE, rivalizando com a Holanda. Sem contar que em termos de habitantes, os turcos só perdem para a Alemanha (71 mi a 82 mi). O que levaria em alguns anos, na divisão feita no parlamento europeu, os turcos a terem a maior bancada já que o crescimento demográfico é superior ao alemão. Bem, para ser maior que o alemão basta ser superior a 0,1% ao ano. Então, a maior bancada no Parlamento Europeu, sediado em Estrasburgo, seria a dos antigamente denominados turco-otamanos.
França, especialmente, e Alemanha não veem com tão bons olhos a entrada do país e tentam - e conseguem - levar as negociações a passos de formiga se escudando na questão cipriota e na legislação turca principalmente no que concerne às minorias étnicas, ao combate à corrupção e, claramente Chipre, uma ilha dividida em dois setores grego e turco na autoproclamada República Turca do Norte de Chipre, reconhecida apenas pela própria Turquia. O nó aí se dá porque a parte independente da ilha de pouco mais de 9 mil km² e de cerca de 1 milhão de habitantes no total é membro pleno da Europa dos 27 (~de 800 mil são cipriotas de ascendência grega), com a capital em Nicósia.
Lembrando que a Turquia faz parte da OTAN.
Sim, a questão populacional, a divisão de Chipre, a legislação turca, o genocídio dos armênios (negado pelos turcos) se configuram em problemas seriíssimos de resolver, entretanto em meu entendimento, há chances disto se desenrolar. Sem mencionar o fato que a Turquia faz fronteira com o Irã, do louco e bravateiro idiota Mahmoud Ahmadinejad; isto não é falado, mas por certo é lembrado. Este persa insano é sim um osso duro de roer.
A favor contam a possibilidade de tornar maiores as chances de pacificação no Oriente Próximo, o tamanho dos números turcos e também a concordância da Grécia em incrementar as relações com seu histórico vizinho de tantas guerras seculares.
Reprodução, apenas Europa-27 mais a Turquia em vermelho
Em minha desprentesiosa análise há uma outra questão tão premente quanto e que deve ser o nó górdio implícito: a Europa como um todo é um continente cristão. A União Europeia é um clube cristão. A Turquia tem + de 95% de sua população professando o islamismo. Certo é que, como se diz por aí, é a nação muçulmana mais ocidentalizada onde, por exemplo, as mulheres tem considerável liberdade de expressão e de trabalho.
Mas a UE é cristão. A Turquia é muçulmana.
Além de França e Alemanha, as duas maiores economias do bloco, a Itália em que pese uma posição dúbia, já expressou sua preocupação com a possível entrada do país no bloco. O Reino Unido antes favorável sob a liderança dos trabalhistas agora é uma incógnita. Espanha, a quinta maior economia, parece ser a única entre os grandes que vê com bons olhos (embora não saibamos como precisar isto). Para finalizar, a Polônia, para mim a nação mais católica da UE, torce o nariz para as tratativas.
Então, sem o apoio da França, da Alemanha e da Itália o negócio vai ficar osso para a Turquia. Os dois primeiros já expressaram que desejam, por hora, incrementar a vigente relação privilegiada no aspecto econômico e também na quase livre circulação de pessoas. Quem gostaria muito e explicitou o fato que Ancara fosse mais uma capital dentre as 27... Está do outro lado do Atlântico: os Estados Unidos, que não são membros mas que tem 'influência' considerável na região.

Para mim, creio que a Europa teria mais a ganhar do que perder. É certo que as minorias religiosas e sexuais, além das citadas, estariam melhor sob o "jugo" dos direitos humanos que vicejam pela UE. Se a Turquia cumprir os requisitos - isto é, se se dispuser a fazê-los e o fizerem -, porque não?
Não é fácil, e acontecendo a adesão, ainda haverá problemas, mas é uma chance.
Poderíamos então ver católicos, protestantes e ortodoxos pregando livremente sua religião em um país muçulmano, como estes fazem na Europa com sua fé islâmica? E os judeus? Construir igrejas e sinagogas...?
Bem, isto são outros 500. A ver.
Reprodução
(Este último mapa mostras as religiões dominantes na Europa, Norte da África, e Ásia Menor - Turquia, Síria, Líbano e Israel.)
1- Cristãos: Roxo - protestantes; Azul - católicos; Vermelho-terra - ortodoxos
2- Muçulmanos
Verde - sunitas; Verde-escuro - xiitas
3- Judeus - amarelo
4- Budistas - laranja

quinta-feira, 13 de maio de 2010

SOBRE ESTUDOS E COPA

AINDA SOBRE O BOQUIRROTO ARGENTINO
Fazendo uma retificação à postagem anterior, não deveria ter-me causado supresa a afirmação daquele idiota nascido na Argentina sobre as crianças serem dispensadas das aulas quando o país entrar em campo na Copa; nem que o Ministério da Educação, na voz do titular da pasta, também apoie a medida assim como o casal K. Também não é supresa alguma. Duro não resvalar no sentimento latino, ibérico, de todo à flor da pele.
Todos afirmam que elas poderão estudar geografia e história da África do Sul, ensejado pelo evento futebolístico.
Só pode ser uma grande piada.
E antes que suscitem preconceito contra a Argentina de minha parte afirmo e reafirmo que o país platino e o Brasil estão inexoravelmente unidos pela geografia e interesses comuns. O povo não faz guerra (a não ser os imbecis que a fazem se escudando no futebol), o que pode tornar possível, em um futuro, uma união política aos moldes europeus - de preferência sem a crise de agora que terá de ser controlada a todo e qualquer custo.
Então, Maradona dos infernos, se aquiete e pense bem no que você fala. Além, é claro, de tentar competir como Pelé para saber que é o maior jogador do mundo: é inútil. Basta ver o curriculum vitae de cada um dentro do esporte bretão. Com Pelé fomos tricampeões e com o Maradona os irmãos foram... Quanto mesmo? Uma vez né? E com gol de mão.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

MARADONA E OS ESTUDOS

COPA DO MUNDO E EDUCAÇÃO BÁSICA
Não é fim do mundo?
Ou uma grande piada o que aquele imbecil do Maradona falou quando da convocação dos jogadores que irão à Copa do Mundo na África do Sul?
Vejam só uma das pérolas do canastrão: "Não podemos dizer às crianças que venham às aulas, exatamente quando a Argentina está colocando a vida em jogo". Claro, isto tudo dito em uma dramaticidade que faria os "Alfredos Renatos e Priscilas Beatriz" das novelas mexicanas chorarem de inveja.
Então, a vida de um país de mais de 40 milhões de habitantes, o oitavo maior do mundo e com graves tendências populistas, com problemas sociais e econômicos joga vida dentro de quatro linhas? Ora, não me venham afirmar que a expressão é fruto do calor do momento porque não é. O idiota pensa assim mesmo com seguidores saindo pelo ladrão anuindo como vaquinhas de presépio.
Só pode ser piada.
O link está aí em embaixo para que confiram.
http://blogs.estadao.com.br/ariel-palacios/para-governo-kirchner-copa-do-mundo-e-%E2%80%98cultural%E2%80%99/ 
Será que na Inglaterra, nos Estados Unidos, ou no Japão o próprio governo também estimula o estudo da geografia da copa do Mundo para suas crianças. Olha, se sim, estão parecendo um verdadeiro reino platino/sul-americano do samba como existe por aqui em terras de colonização ibérica.

TUDO É INDIVIDUAL

NADA PESSOAL
E aos desesperados? E aos solitários? E aqueles que já perderam tudo?
O que fica para eles? Não sobra muito e por vezes não sobra nada. 
Claro que nesta sociedade desprovida de valores humanistas -e que por certo quem vale são aqueles provêm lucro - fala-se que deve-se lutar e criar sua próprias oportunidades; que cada um deve lutar por si próprio e não esperar nada de ninguém porque não vem mesmo.
Fácil dizer que cada um procura para si aquilo que quer e por conta própria, faz aquilo por que quer. Afinal, somos indivíduos "únicos" e portanto é cada um por si e Deus para todos (ufa, Ele pelo menos vê desespero, a solidão, a luta, a perda, o choro...). 
Individualidade é palavra chave um sistema que valoriza tanta coisa em detrimento daquilo que nos torna mais verdadeiros e mais próximos dEle: solidariedade.
Hahahahaha. Parece piada daquelas bem idiotas sobre loiras, gays, judeus, negros e "afins". Porque a solidariedade passa ao largo da maioria dos seres humanos já que assim foi ensinado (disfarçadamente, mas foi) e assim deve ser mantido o sistema em que cada um vive e luta com as armas que tem.
"Se você não fizer, ninguém fará por você". Sim, isto é uma verdade única; o que não exclui a compaixão, o entendimento e mais, não exclui ser um bom interlocutor/ouvinte. Cada vez mais as pessoas estão mais apressadas e ensimesmadas com seus próprios problemas relegando e delegando aos outros o que não lhes é, supostamente, devido.
Então o sofrimento e a dor do outro não me são devidos?
O outro que se ferre de verde e amarelo?
"Não é comigo mesmo. Então, ele que arque com as consequências".
E não é que este pensamento é o mais posto em prática pelos habitantes da Terra?
E aos desesperados? E aos que sentem dor seja física ou emocional? E aos desvalidos? Aqueles com frio, com fome, sem dinheiro, sem emprego; aqueles com empregos indignos? E aos assassinados em guerras injustificadas (e há alguma que se justifique?)? E às mulheres estupradas? E às crianças de infância perdida?
Bem, a estes joga-se a mão pesada do sistema. Não dão lucro, ou o que é pior, às vezes dão lucro para algumas pessoas.
"Ora, eles que resolvam por si próprios".
Soa como dizer nada pessoal.

terça-feira, 11 de maio de 2010

OVERDOSE

PAÍS VAI PARAR?
Copa do Mundo e eleições gerais? Qual evento mais importante? Qual a mídia dá mais cobertura? Os internautas que acompanham o blog devem saber que Copa do Mundo mexe com dezenas de milhões de brasileiros espalhados do Oiapoque ao Chuí fazendo-os crer que se trata de uma questão de vida ou morte.
Outro dia ouvi falar (assistia) um destes comentaristas esportivos (de futebol claro, porque no país do futebol comentarista esportivo é sinônimo de comentarista de futebol) que o Brasil aguarda ansiosamente a convocação que será feita hoje na sede da CBF no Rio (ainda não entendo porque é no Rio... Deveria ser, em meu entendimento, em Brasília) pelo técnico Dunga dos 22 convocados para a Copa do Mundo da África do Sul. E claro que açodados pelo evento, muitos se coçam de vontade de saber logo quem serão os "heróis" (huahuahuahuahuah).
Como já disse, para mim, herói é um outro tipo de gente, um outro tipo de trabalhador; que claro, as dezenas de milhões de técnicos discordam.
Eu não sou técnico de nada, nem almejo ser.
O que almejo é que o Brasil faça uma boa campanha na Áfrida do Sul e se possível traga a taça com o hexacampeonato, mas sem babação de ovos, sem considerar heróico o fato. Ora, nada mais que a obrigação não é?
Ou por acaso, você, quando cumpre sua obrigação no trabalho, o seu chefe vem dar-lhe parabéns? Você desfila em carro aberto? O país pára para ver você trabalhar? Você é considerado herói por cumprir sua obrigação diária?
Enquanto isto, na sala de justiça, a eleição geral que ocorrerá em outubro cairá quase no obscurantismo.
Claro, afinal, o que vale mesmo é o Brasil parar quase que por inteiro para ver os heróis jogarem bola (que aliás, são regiamente pagos para tanto. E você, também é?).
Tirante o fato que a mídia massacrar-nos-á com futebol à exaustão. Eu tenho preguiça. Uma overdose de "virá os zóio".