domingo, 27 de março de 2011

036 - DAS CORES AGORA DO OUTONO

"O Simão sempre diz que esta coisa de cor não vale de nada... Quer dizer, ele disse, que somente pintores daqueles impressionistas, ou expressionistas, ou cubistas... o cacete a 4 é que se preocupam com isto. Verdade que aqui no Brasil, aqui em São Paulo quase não há diferença do sol de fim de tarde de outono, de verão; mas no inverno eu vejo a diferença. Outro dia mesmo o céu estava todo amarelado, um amarelo à vera!
Mas olha, nas minha entranhas existe tanto cor que fico me perguntando se alguma prevalece. Deve ser o vermelho do coração... do sangue? 
Só sei que ainda sinto o gosto da bílis de onte, amarelo-esverdado. Ninguém para me segurar a cabeça aqui em casa. 
Moro só, aqui na Vila Mariana, colado ao metrô onde milhares, milhares passam todo dia! E eu passei mal só mesmo, só que antes a companhia foi das maiores. Um bolo de gente dançando naquele lugar meio ermo, iluminado. Cheio de narcísicos corpos, cheio de drogas extasiantes que extenuaram meu fígado.
E eu aqui, ao lado do metrô, ainda sentindo o gosto do fel. Escovei os dentes mas não passa. Acho que é uma bílis moral. Podem ter certeza.
Sem proteção alguma, eu fiz o que fazia tempão eu não fazia. O Simão até me avisou e colocou no meu bolso. Que nada, nem lembrei.
--- Duílio, seu idiota! Duílio. Não é assim não cara! Amanhã tudo vai estar exatamente igual e você vai estar... estar... Ah, que se foda. Eu não vou encapar ninguém não. Você que se vire.
--- Do que você está falando? Eu não faço sexo, porra, faz meses. Não vai ser agora.
Foi.
--- Depois você vai dizer que eu sou pequeno-burguês, e eu sou mesmo, porque vocação para ser comuna nada feito. De vermelho só meu pau quando tá bem duro. Para com esta mania de querer fazer ao mesmo tempo, isto é coisa para quem tem 18 anos. E você, classe média remediada já passou desta fase".
Àquela hora a garoa envolveu o lugar ermo iluminado. Duílio sentiu suas sobrancelhas inundadas, a garoa caindo em sua pele oleosa da noite de horas e horas; e sem camisa sentia um frio gostoso. Olhando para Simão, viu-o acompanhado com mais 3 caras rodeando uma mesa ao abrigo da garoa.
"Depois penso nisto tudo. Simão está me chamando".
Ele foi e o amigo lhe emprestou o moleton de zíper para que não se resfriasse. Pelo visto, não adiantou muito.

sexta-feira, 18 de março de 2011

FIM DE VERÃO

Tépido
Agora vai começar, em dias, o outono. Os dias começam a ficar mais curtos, anoitece mais cedo e o frio aumenta. Será que no inverno que se avizinha repetir-se-á os invernos anteriores, sem mudança alguma. Eu espero que não, porque aquela fase do "não adianta", também não adianta. Eu ainda vou lutar um pouco e tentar rearranjar a caixa-forte daqui de dentro; só não mergulho como o quaquilionário Tio Patinha.
Com sabor de fruta mordida. Que é muito mais gostoso!
(o verão está nos estertores, é verdade, e hoje o dia esta lindo!)

quarta-feira, 16 de março de 2011

PREPOTÊNCIA, SEMPRE O RETORNO

CHEFETES
É assim mesmo, os chefetes que se espraiam como tsunamis e se espalham como chuchu na cerca buscando sempre em quem posso alagar e trepar (seguindo os verbos anteriores). E encontram claro. Porque intimidam e gostam de fazê-lo.
Tamanha pobreza de espírito nunca vi. E me surpreendo sim! Porque um dia em que eu parar de me surpreender com a torpeza dos déspotas 'sapiens' estarei me igualando a esta corja desprovida de benignidade. Malignidade como um câncer que chega, derruba e mata.
Aqui, no caso, é uma morte na auto-estima, no humor do dia e tudo o que eles - os chefetes - sabem bem fazer. E o fazem porque têm uma característica primiera para exewrcitar o poder: a prepotência.
Chegam e mandam. Não pedem. Humilham.
São canalhas, tanto homens como mulheres; pobres e ricos; brancos e negros e amarelos; gays e heteros; belos e feios... Todo ser humano pode pôr em prática sua esquálida e pior faceta: a prepotência.
Voltarei ao assunto e prometo que retomarei as escritas no blog.
Abraços a todos e aos prepotentes... Quero desconhecê-los e distanciaá-los de mim.