sexta-feira, 29 de julho de 2011

MÚSICAS DE TEMPOS

Existem tantas músicas que marcam nossa vida; isto acontece desde a infância. Eu mesmo, por exemplo, me lembro de cantar "Eu quero ter 1 milhão de amigos" do RC. Também aquela da Elis: "...quando eu morrer, me enterrem na lapinha...". Anos 70. Há várias que quando escuto me transporto para aquela época. 
Wilson Simonal, Antonio Marcos, aquele outro que era gago mas quando cantava não gaguejava, não me recordo agora o nome, Dom e Ravel com "eu te amo meu Brasil", bem ao gosto dos patéticos militares tresloucados que nos governaram por tantos anos.
Depois veio a adolescência e conheci MPB: Chico, Caetano, Gal, Gil e companhia, Novos Baianos. Aí, logo após, tive a fase bg (bicho-grilo) e mais MPB ainda, Djavan e "pai e mãe...", e chegando junto veio o rock and roll. Primeiro veio a leva mais light, como Beatles e Queen. Fase hard:  Black Sabbath, Rush, Deep Purple e claro Led Zeppelin.
Mas quando eu conheci The Doors, aos 18, tive uma afinidade enorme com os escritos do Jim, as letras, a música e o teclado de "We get couldn't much higher". Ouço até hoje e acho que vou ouvir para sempre várias d'"Os (as?) Portas".
Hoje, acrescentei vários tendências e ritmos. Uns ficaram no passado, como o reggae, outros vieram à tona com a viola caipira - música de raiz.
Maria Callas eu vi uma vez um filme sobre sua vida e fiquei estupefato com a interpretação facial que ela detinha. Olhos perscrutadores, enormes, a boca dançante! Incrível! E nunca até então havia ouvido ópera do começo ao fim.
U2, Red Hot... São vários. Jamiroquai, Madonna e claro o George Michael, o melhor compositor de pop music. Elton John me lembro desde a puberdade com "don't go break my heart" e por aí vai.
Em português, o idioma mais pródigo e marrento de ser, o leque é imenso e creio que seja mais fácil falar de gêneros que não me aprazem (eita... verbo antigo), como funk carioca, sertanejo pop e axé; o forró, tão em voga, também entra neste rol.
Atenção, eu acho Luis Gonzaga o máximo "porque tamanha judiação" faz parte de uma das músicas clássicas da história da MPB.
Tom Jobim com "Águas de Março" compôs o que é um cântico de entoar loas ao idioma camoniano.
Rita Lee, a mais paulistana de todas as cantoras e grande letrista.
Paro por aqui; continuo depois porque têm tantos que não citei. As bandas, conjuntos etc...

06 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - INVASÃO I

Sábado fim de tarde. Solidão suprema. Auto-sabotagem.
Telefone toca tirando o torpor da tarde toda. Tomou mais um gole.
Quente, que gemeu antes de atender o celular.
A corrente, ou melhor, o acorrentado roto paracia ruminar virando o queixo para lá e para cá, como fazem os ruminantes. Regurgitação de rinocerontes?
Ruim tudo agora. Porque o acorrentado está próximo e robusto.
Sábado. Quase noite, o lusco-fusco está se preponderanto, renitente como remédio, que a garganta engole.
Deitou no lugar de sempre no apartamento. Ouvindo carros, aviões e um helicópetro voando por ali. Teto bem claro tratado em demãos várias. Cor.
Não era alto o apartamento; vertigem vinha voraz menos frequente agora. E de madrugada percorria as escadas de incêndio, subindo, descendo em noites algumas. Insônia. Acostumou-se acordar em horas díspares, desperto, dedicado.
Xícara na mão, das grandes. Acabara de fazer e o cheiro se fazia esplahar pelo vento de inverno do trópico Capricórnio. Gole. Amargor. Sensação de conserto de vida. Cafeína.
Recostou-se e pôde sentir o vento em seu abdômen e mamilos. Enrijecidos ficaram. Prazer.
Orelhas quase de abano flagaram o vento de uma aragem propiciando uma noite fria.
Defronte ao telefone, 11 05 8555-6065. Nunca vira e era de fora. Deixou tocar até quase parar. Não queria.
Virou os olhos para a persiana e preferiu recostar a cabeça
Crânio de tanto pensar no chão de carpete bem fino. Cinza.
Veio a chuva e o vento corria mais modificando as folhas da romãzeira da sacada; loucas, balançavam, galhos vergavam.
O velho truque. Começou a contar trovões na cabeça. Carece dizer que não chegou no terceiro, que foi o grande. Música.
Teve o cuidado de esticar o braço - sentir o vento em seu sovaco - e colocar a xícara o quanto longe pôde. E pôde o suficiente para o felino chegar a ele e deitar.
Última consciência... Pensou em dormir ali mais dias.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

EUROPA, QUAIS CRITÉRIOS?

Reprodução, Itália
Quantos são os países mais importantes da Europa, o berço - ainda bem - da civilização ocidental, a minha civilização? À qual, para citar, tenho seriíssimas objeções; entretanto devo confessar que gosto e tenho orgulho de a ela pertencer. Há um sentimento de pertença recíproca (se é que é possível uma civilização ser recíproca a mim... Será?) entre nós. E a Europa, lá trás com Grécia e Roma influenciaram toda uma parte do globo. Sim, houve depois da queda do Império Romano em 476 d.C. vários outros povos que percorreram o pequeno continente. A rigor, alguns dizem, uma península da Ásia. Tribos celtas, germânicas, túrquicas, magiares... Vikings. Até os hunos.
Voltando. Quais são os países mais importantes? Bem para mim, entre os 47 países (incluindo Chipre) que compõem o continente europeu podem-se estabelecer critérios variados, desde racionais a emocionais/sentimentais; culturais, históricos, ecônomicos, geográficos... (podem ser 50 países se acrescentarmos a Armênia, o Azerbaijão e a Geórgia; quanto a Kosovo eu ainda não tenho opinião formada).
Em relação à Turquia, a questão é complexa, porque menos de 4% de seu território está na Europa, portanto em termos geográficos nada... Errado né? Os turcos-otomanos formaram um poder considerável durante séculos. E quase consquistaram Viena, foi por pouco. E Istambul tem boa parte no Velho Continente.

Redirecionando.
Bom, se considerarmos em tamanho de território, não tem para ninguém!
Rússia, com 3.952.550 km² somente em sua porção delimitada dentro da Europa ganha com folga da segunda colocada:
2) Ucrânia ~604 mil km²
3) França ~550 mil km²
4) Espanha ~505 mil km²
5) Suécia ~450 mil km²
Vê-se que sob este critério, nações importantes ficaram de fora, dentro deles uma trinca essencial: Itália, Alemanha e Reino Unido, além de Polônia e Finlândia.
Reprodução, Espanha
É um critério razoável, apenas.

Em tamanho de economia, aí quem figura em primeiro é a Alemanha, com US$ 3,45 trilhões de PIB, depois:
2) França - US$ 2,65 trilhões
3) Reino Unido - US$ 2,17 trilhões
4) Itália - US$ 2,11 trilhões
5) Espanha - US$ 1,46 trilhão.
Faltando a Rússia, sem falar em Holanda, Suíça, Bélgica e Polônia.

Pode ser em milhões de falantes de uma língua: alemão, russo, francês, ucraniano, italiano, inglês, os maiores. Ficariam de fora o espanhol (porque têm os catalãos, galegos e bascos), o grego, o romeno. E são três os principais grupos linguísticos: latino, germânico e eslavo, além do húngaro, grego e finlandês. Agregam-se também os turcos.

Em importância histórica, eu creio que seja o mais difícil entre o critérios racionais (ao lado do critério de cunho emocional).
São tantos os países que tiveram importância durantes os mais de 5 mil anos de história humana no continente em termos de entendimento de princípios de civilização.
Reprodução, Grécia

Espanha, Itália, França, Inglaterra, Rússia, Alemanha formariam o sexteto maioral

Mas também como não mencionar Grécia, o sétimo neste rol? Afinal, os gregos pensaram sobre os homens, as relações, as artes. Filosoforam.
Escritores, historiadores, arquitetos e escultores.  Poetas. Pensadores, como os atenienses. Guerreiros, como os espartanos.
E Turquia, Dinamarca, Holanda, Polônia, Suécia, Áustria (que formou com a Hungria um poderoso império) são países barrados? E o Império Bizantino, e o Sacro Império Romano-Germânico? E a Prússia?

(nem vou falar do Império Romano, porque estarei sendo repetitivo aqui no urbi-et-orbi tantas as vezes que eu escrevi sobre, postei mapas etc, etc...)

Sem mencionar os povos celtas (e suas ramificações) que se espalharam por praticamente todo o território. Fenícios e árabes.
Reproduçao¹, Portugal
Mas voltando a citar países: Portugal, primeira nação que se jogou ao imenso Atlântico, Índico e Pacífico; ou seja, a nação lusitana foi o primeiro império colonial (como os outros, para o mal e para o bem); portugueses circum-navegaram o mundo, se espalhando por várias terras que se avistavam à época.  Foram os primeiros ocidentais a chegarem em muitas partes do então globo desconhecido. Começaram com Tânger em 1415, depois as ilhas Madeira e  dos Açores, Cabo Verde, Guiné... Desceram toda a África, Angola, transformaram as tormentas em esperanças. Continuaram.
Costa leste da África, Moçambique, Zanzibar, Quênia, península arábica em Omã, Goa, Damão e Diu na Índia, Sri Lanka (o antigo nome era Ceilão), Malásia, Molucas, Timor. Foram os lusos os primeiros a estabelecer um entreposto no Japão. Até então, os japoneses não haviam tido contacto com nenhum povo europeu.
E contornaram a América do Sul com Fernão de Magalhães, chegando ao Pacífico pelos "2 lados". Ele foi o primeiro a circum-navegar o mundo. Também se dirigiram ao norte, até o Canadá.
Importância fundamental.

E hoje o que vemos é o Velho Continente atolado em problemas econômicos e financeiros. Alguns afirmam que é mais um degrau abaixo na decadência que se avizinha. Não tenho tanta certeza que isto acontecerá mesmo e quando, mas há fundamentos na discussão sobre a incapacidade de gerenciar os problemas e gerir as soluções.
Mas para mim, sem ranço de ex-colonizado esquerdista tampouco de idiota baba-ovo direitista, na Europa há três países que são os mais importantes para mim, sem dúvida alguma: Itália/Espanha e Portugal.
Razões óbvias (são os tais critérios emocionais citados lá em cima).


¹No mapa de Portugal não figuram as Ilhas Açores nem a Ilha da Madeira

quarta-feira, 27 de julho de 2011

05 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - INVASÃO

Dormiu naquele castelo de mais de 1000 anos como há muito tempo não acontecia, ou melhor, só acontecia quando se medicava com o psiquiatra de paciência de Jó. Ressonando pensou, na última centelha de consciente, que poderia ter nascido em uma outra época, anterior mesmo à idade de sua hospedagem. Pertencer ao poder dominante. Espalhar-se derramando seu suor pelas investidas nas terras de ninguém... Ou de alguém que não valha o muro que constrói.
Queria ter sido um legionário romano de alta patente, um comandante de uma legião inteira. Como aquele general que avançando pelo norte da Britânia, construiu a primeira muralha nas ilhas, e seguiram os romanos até o sul da Escócia, perto de Glasgow. A muralha atravessa o país (que não é nação) de leste a oeste e encontra-se mais judiada que a outra em conservação.
Tudo isto porque havia subido da terra dos Beatles de carro às Terras Altas da Escócia, onde os Mac e Mc existem inúmeros e conhecido as duas muralhas erguidas; a outra era a de Antonino, 160 km ao norte da de Adriano. Pararam por aí. Não avançaram mais.
"Se fosse eu, teria continuado a subir mais e mais para conquistar toda a ilha. Ficaram por aqui mais de 300 anos, porque eu não ficaria uns dias a mais? Para avançar".
Este não resolvido problema, de agora, de pensar como conquistar, relacionava-se com o fantasma do passado, aquele que arrasta uma corrente metálica de 'pura mistura', aferrando-se ao tornozelo. Hematomas do roxo ao amarelo dava para contar uns 4. 
Antes de entrar no mundo inconsciente, determinou-se a invadir tudo o que pudesse e tudo o que mantivesse sob seu poder.

sábado, 23 de julho de 2011

04- ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - CORRENTES

Não precisa ser em um castelo no norte da Escócia, onde nem os romanos chegaram. Fizeram a muralha de Antonino Vento, frio, umidade e o passado. Ilhas também habitadas ao redor desde os jutos, pictos... antes dos saxões.
Nem precisava de tudo isto, porque de fantasma nada camarada eles possuía alguns há tempos. No dia que viajara para conhecer um autêntico castelo escocês ao noroeste dos Montes Grampiahm tudo acopnteceu como ele esperava e mesmo assim causou estupor diante e seu corpo todo. O ar gelado, 4°C, ele coberto de roupa sem medir esforços para tal, ficou imaginando a vida ali.
(depois do pássaro, isto lhe aconteceu de mais vibrante)
"Quem sabe no século XII. Este é um dos mais antigos das ilhas Britânicas. E repito, os romanos aqui não chegaram (e vejam que foram a muitos lugares). Podia até ser antes. Antes ainda do ano 1000. No ano de 800 e alguma coisa, ali século IX. À época dos conquistarodes vikings".
Remeteu aos fantasmas que os dali deveriam ser bem mais comportados e descansados, para sorte de alguns. Mas os dele. Bem, ultimamente tem havido um revezamento deçles. E o mais antigo deles voltou.
Sentiu mesmo um frio intenso ao avistar, da sacada do último cômodo do castelo, o mais alto, o mar. Longe. Pôde sentir um pouco do cheiro vindo de lá.
Veio dormir no quarto quente do hotel. Terminou por adormecer sem terminar o copo de um uísque artesanal feito pelo dono da maior casa do lugarejo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

051 - CONHECENDO O HIPOGEU II - REGRAS

Logo que adentraram em corredor bem ilunimado que cheirava a mofo. O lugar, por sinal, era de uma profusão de odores para vários gostos e cada passo que davam parecia que vinham mais e mais cheiros, como que dançando no ar, alguns convidativos, parecendo os desenhos da infãncia distante. Duílio lembrara de Pernalonga, Pluto e mais alguns...
"--- Chegamos. Bem, ainda não apresentei meus amigos, e que serão nossos, porque aqui é o melhor lugar. São verdadeiros titãs. O da cicatriz na boca é o Cronos e o outro ali, do tamanho de brucutu, é o Atlas. Os nomes eu mesmo escolhi em acordo, claro, com eles. fundamentados no aspecto físico e, eu diria, hã... Comportamental".
Duílio conhecia um pouco de mitologia, ao ouvir tais nomes, olhou fortemente para Simão.
"--- E eu, aqui, sou Zeus. Sabem que eu prefiro Júpiter, mas... Tudo bem. Sabe que estes nomes só podem ser ditos aqui e mais, e mais, aqui somos estes nomes. Vamos às regras".
Vendo o ambiente, os 'gregos', e eles ali, Simão sentia um frenesi que ardia em sua cabeça. Duílio, receoso, atento a tudo com sua visão periférica treinada. Reparou que Cronos ficava bem distante de Atlas na questão física: era magro, diferença básica. Não que fosse esquálido porque era alto e tinha ombros largos. A cicatriz que ia quase do lábio até o olho esquerdo percorrendo o zigoma, revelava-se um ímã. Já este Atlas poderia mesmo segurar o mundo, ou mehor, imobilizar Duílio e Simão ao mesmo tempo: grande, armário e sem sorrir uma vez sequer.
---"Regra número 1: nunca, mas nunca entenderam bem? Nunca falarem daqui, nunca ouviram falar daqui e na rua nos não nos conhecemos. Punição para quem fizer é uma noite aqui com Cronos e Atlas. Sim, eu vou ficar sabendo se isto acontecer. Tenho muito dinheiro e informantes. Tenho influência. Eu vou atrás".
Silêncio. Foi quando Cronos abriu a boca avisando do horário.
Seguiram por um corredor de mais de 10 metros, iluminado por luzes frias e que tinha um pequeno desnível que aumentava a cada passo dado. Os azulejos brancos estavam limpos e sem bolor como na sala anterior; o corredor parecia não acabar. Foram todos em silêncio em fila indiana, com o par Simão e Zeus na frente.
"--- Aproveitando este momento de calmaria, aparente, quero falar sobre a segunda regra: quando o acontecimento começar vocês não poderão desistir de ficar até o fim. Sem náusea, sem vômitos. Quero-os vendo como homens. Portanto, aqui é ainda a última chance de virarem as costas e seguirem pela estava que vieram fumando esta porcaria de cheiro que impregnou em vocês. O que me dizem? Só lembrando que a 1ª regra vale mesmo que não sigam adiante".
Entreolharam-se. duílio queria mesmo, àquela hora, desistir e voltar para nunca mais e esquecer o que ainda não tinha começado. simão, percebendo o olhar aflito e depois furtivo do amigo, assentiu por ambos.
No final do corredor, o barulho ia aumentando e o cheiro de água sanitária na mesma proporção. 
"Nossa! Este cheiro está grudando no céu da minha boca, na minha língua". Duílio cada vez mais tenso e atento teve um princípio de náusea tamanha a intensidade do odor. 
Zeus abre a porta. O cheiro vem e lhes dá um murro na cara. Simão franziu o nariz.
"--- Daqui para frente não tem mais volta. Vamos entrando. Terceira regra: Logo ali há um quase círculo em arena, como nas tragédias gregas, em que vocês devem sentar em lados opostos e, o mais importante, não devem desgrudar os olhos da arena. E como vou saber isto? Bem, há câmeras escondidas. Ficarei vendo aqui da sala ao lado, moniotorando-os; claro que Cronos e Atlas se posicionaram junto a cada um de vocês. Ah, e claro, devem escolher para qual "time" irão torcer e devem apostar por isto. Não é dinheiro, tão-somente por apostar".
Antes de a porta ser aberta Zeus relembrou as 3 regras: não contar nada a ninguém, assistir até o fim sem esboçar reações fisiológicas e prestar muita atenção no espetáculo e apostar por um time.
Pronto, agora entraram. O espaço quedava-se em silêncio absoluto, com luzes ainda mais fortes, com um cheiro de suor no ar.

domingo, 17 de julho de 2011

GRAMÁTICA, UM POUCO DE

VERBOS
Entre as várias classificações que o verbo - como classe de palavra - é dividido pelos gramáticos  existem estas:
1 - Regular - quando o radical não se altera e cujas terminações seguem o modelo da conjugação a que pertence. Ex.: cantar, vender, partir.

2- Irregular - é o verbo em que o radical se altera ou cujas terminações não seguem o modelo da conjugação a que pertence. Ex.: ouvir, medir.

3- Anômalo - (alguns difíceis! - é o verbo em que a conjugação inclui mais de um radical. Ex.: ir, ser.

4 - Defectivo (alguns mais difíceis!) - é aquele que carece de uma ou mais formas de conjugação. Ex.: abolir, colorir.

5- Abundante - é o verbo que apresenta mais de uma forma com um único valor. Ex.: haver ( vós haveis ou vós heis).
Esta abundância se revela principalmente no particípio ; havendo um particípio regular terminado em do (usa-se mais com os verbos ter e haver), e outro irregular (usada com os verbo ser e haver).
Ex.: verbos 
acender - acendido/aceso
entregar - entregado/entregue
incorrer - incorrido/incurso
Aqui é interessante notar que algumas formas de particípio desapareceram ao longo da evolução da língua portuguesa. Quer ver?
Ninguém diz eu tinha "fazido" (feito!) ou;
Ele havia "dizido" (dito!); "escrevido"/escrito

Há alguns verbos são bem difíceis de serem conjugados em várias formas, seja no presente, pretérito, subjuntivo, infinitivo e por aí vai. Exemplos temos aos montes, desde os já sabidos complicados, como ser, submergir, estar, haver, acontecer, doer, trovejar; e os 'desconhecidos' também complicados. Reaver é um deles, assim como parir, averiguar (que mudou depois da reforma com a extinção do trema), arguir, requerer, soer, resfolegar, remir. Têm também os pronominais, como queixar-se, arrepender-se.

Eu mesmo quando soube a conjugação correta do verbo reaver na 1ª pessoa do pretérito perfeito do Modo Indicativo (é o eu cantei, eu vendi, eu parti) é:
eu reouve e não "eu reavi", fiquei surpreso; mas o português é bastante profícuo em regras e destas suas exceções.
Não é fácil, mas nosso idioma é marrento mesmo e também rico em vocábulos, de difícil gramática. E é assim que tem que ser, eu acho.
(lembrando que temos três terminações/conjugações verbais: ar, e, ir; ¹ pôr e todos os derivados são da 2ª conjugação -, ex: do latim poere)

ENSAIO, MAIS UM

'DESCONTINUA-TE'
"Tudo o que tu quiseres, tu não terás...?
Tudo o que os outros quiserem de ti, eles terão.
$, amor, paixão, compreensão.
Sexo? Caso à parte porque não vem ao caso.
O mundo gosta do $.
Eles são do mundo, e gostam.
O que te sobra?
Digo que é uma migalha, acordada em desacordo com o que sempre quiseste.
Mas procuraste bem durante toda a vida?
Ela está no final e desandas a esperar assim?
Corre. Apressa-te.
Porque o mundo ali de cima não espera o tempo que desejas.
Tu és o que nunca sonhaste então?
Para mim, é certo como o sal do Atlântico... Tu és?
Com cara abortado talvez não...
Talvez isto não te ajude em nada.
Ser ou ter tal cara.
Porque de Nuuk a Rio Gallegos,
De Sagres a Jugo-Sacalinska,
Tu serás o que sempre fostes se continuares... Continuares...
Sê de maneira rebelde. Nada de passividade diante dos fatos. Levanta-te! Parte logo em busca do sal porque
Eles devorar-te-ão a continuar assim."

sábado, 16 de julho de 2011

METRÓPOLES DO BRASIL

AS MAIORES REGIÕES METROPOLITANAS E AFINS
O IBGE anda disponibilizando cada vez mais dados sobre o recenseamento feito em 2010. Para quem gosta de cruzar informações sobre população, área em km², economia, situação de domícilios, índice de masculinadade, rede coletora de esgoto e afins... Deve consultar o sítio: http://www.ibge.gov.br/home/. Repito que o sítio é um tanto confuso e atentem-se aos pequenos detalhes. Parece que os burocratas opinaram, e muito, na confecção da página (rsrsrsrs).
Quero aqui tratar da população das regiões metropolitanas e também acrescer à lista as tais "Regiões de Entorno", como são os casos de Brasília e Teresina porque, entre outros fatores, abrangem municípios agregados à sede de diferentes UFs; regiões Metropolitanas legais:
01- São Paulo - 19.683.975
02- Rio de Janeiro - 11.835.708
03- Belo Horizonte - 5.414.701
04- Porto Alegre - 3.958.985
05- Recife - 3.690.547
06- Fortaleza - 3.615.767
07- Salvador - 3.573.973
08- Curitiba - 3.174.201
09- Campinas - 2.797.137
10- Belém - 2.101.883
11- Vitória(ES) - 1.687.704
12- Santos*¹ - 1.664.136
*¹(o nome oficial é Baixada Santista)
Além destas, o IBGE classifica também áreas de entorno entre UFs e de municípios próximos pertencentes a apenas uma UF, como por exemplo é o caso de Brasília (DF, GO e MG), Teresina (PI e MA) no Petrolina(PE)-Juazeiro(BA) no primeiro caso, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Natal, São Luís, Cuiabá Maceió, João Pessoa, Londrina, Aracaju e outras. Manaus é um caso à parte, porque em meu entendimento a área total não permite classificá-la como RM: são mais de 100 mil km², > maior que o total Estado de Pernambuco, e população de 2,11 milhões.
Desta lista aí de cima, destaco Brasília com cerca de 3,72 milhões de habitantes; Goiânia, com 2,17 milhões não é oficialmente RM, mas devido à importância e ao tamanho da população, vale citar.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

03 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - ANTES DO SONO

Pelas maiores cidades do mundo e para as nem tão maiores ele poderia viajar dali, onde adormeceu no chão perto da porta sentindo o vento suave de outono; bastava quedar-se onde estava e onde sempre esteve: vasculhando sua mente, hemisfério esquerdo, direito, corpo caloso, cerebelo, córtex e afins. Antes de dormir, ou ali, quase, no último suspiro da consciência em que os problemas se vão para algum lugar. Dormia desde às 20h, logo depois de chegar do trabalho, sem se preocupar onde e por quanto tempo.
Risco o mundo, alguns pontos esquadrinho.
São Paulo, partida; e São Paulo chegada.
Daqui para Montevidéu, rasante pelos pampas e atravesso o rio da Prata e agora é Buenos Aires. Posso virar à esquerda ou direita. Por esta, Cidade do Cabo, atravessando o Atlântico. Depois, todos os bichos de lá passar pelo Índico, chegando em Perth. Se eu subir um pouco, posso ir para Díli e falando português.
Honolulu e claro o eixo São Francisco-Los Angeles. Calor um pouco e poderia ver os carros antigos em Havana. Seguindo no castelhano, Cidade do México e dali para... Madri passear na Praça do Sol, Barcelona, Sevilha, Saragoça, Ibiza, Málaga e Granada.
Ali perto está Faro e Lisboa, Coimbra e o Porto, tudo de Fernando Pessoa.
Paris, Cannes e Mônaco para ver a cor do mar.
Roma e o Coliseu, a via Ápia e o Império Romano; mas tem Nápoles, quente, bagunçada e estimulante. Milão para passear. 
Moscou e São Petersburgo no verão, não sem antes Atenas, e tudo aquilo que Atenas é, e Istambul, tomar café turco.
Claro, posso ver o Cairo também e Jerusalém e o mar Morto e dali para Bucareste, descendo para Alexandria e subo para Londres, desço para Casablanca.
Aproveitando as águas do Atlântico, ver Nova York a menos americana de todas as cidades americanas, andar e ver o mundo. Descendo na transversal 'aportaria' em Luanda. Risco o Atlântico e para em Nuuk (eu prefiro o antigo Gotdhaab, sem colonialismo) e ver o que vikings fizeram por lá. Então, rumo para Copenhagem, passeio pelo Báltico: Estocolmo e Helsinque.
Posso acabar? Não, ainda falta um pouco. Ver a ilha de Trindade e Martim Vaz, ponto mais oriental do Brasil, quase no meio do caminho à África; em ziguezague o verde da Amazônia, e o topo do Pico da Neblina. 
E voltando aos aglomerados de gente, uma parada nos Açores chego a Berlim, sem esquecer de bater o olho (o que significa isto nesta viagem?) em Amsterdã. E dali percorrer junto à ferrovia Transiberiana até chegarm em Vladivostok. Verdade, sempre esqueço de percorrer a ilha Sacalina, mas hoje não. Desço como um fio torto pelo Japão e vislumbro a gigantesca Tóquio. Fazendo uma linha sigo até Sidney e Tasmânia ver o diabo de lá. E já que estou aqui e o vento parece que quer se misturar à "ficção", atravesso o Pacífico inteiro e chego em Santiago; para o norte, Galápagos. 
Dentro do Brasil agora, quero passar pelos tipos de vegetação - cerrado, floresta equatorial de novo, mangues, costa, mata Atlântica, pampas, as serras do Sudeste. Em São Paulo o vento da madrugada refrescou um tantinho a mais...
Os dígitos azuis marcam 4h48. A avenida está meio quieta e a chuva fininha soa como bálsamo ao acordar. Não foi ruim, afinal... Levanta estralando os joelhos. O gato o chama, um afago, um ronronar, e segue para o quarto, logo atrás felinamente pelo companheiro silencioso e atento. 
A luz do computador no outro quarto exibia um esquálido tom de azul dando ao pequeno corredor um aspecto de calmaria perene. O cheiro ainda de pão torrado flanava pelo apartamento. Pronto, o quarto, grande e agora aconchegante. Arrebatou-se à cama puxando o edredon sob a pele fria dos ombros e braços; seu gato pulou para o outro travesseiro.
Ouviu um trovão ao longe, depois outro. Mais um e tentou contar 1, 2, 3... Entre um trovão e outro, porém não foi necessário.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PIBs MUNICIPAIS, SOBRE PIRACICABA

"COMPARANDO" NÚMEROS DE $ E NÚMEROS DE PESSOAS
O Estado de São Paulo concentra 1/3 de tudo o que o Brasil produziu em 2008; os últimos dados disponíveis fornecidos pelo IBGE. Com exatidão, São Paulo detém 33,08% do PIB de R$ 3,03 trilhões, ou seja, a riqueza aqui supera o trilhão de reais. É razoável supor então que os municípios paulistas situam-se muito bem colocados entre os 5.564 + Brasília. Só a capital de todos os bandeirantes - a verdadeira capital do Brasil, em que pesem os bairrismos 'de umbigo' - somou um PIB de R$ 357,1 bilhões, maior que de qualquer UF, o que corresponde a 11,8% do total brasileiro (para efeito de comparação, todo o estado do Rio de Janeiro tem PIB total de R$ 343,2 bi).
Claro que olhando a lista divulgada pelo órgão, percebemos que vários municípios paulistas estão bem colocados entre os 30 maiores PIBs de todo o Brasil. Além de São Paulo, temos a trinca Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo em 9º, 10º e 11º; Campinas (13º), maior cidade do interior do Brasil, Barueri (16º), Santos (18º), maior porto brasileiro, São José dos Campos (21º), Jundiaí (24º), Ribeirão Preto (28º) e Santo André (29º). termina aí, mas a 31ª colocação é Sorocaba!
E lá de onde eu vim, Piracicaba, está bem situada e subindo: temos o 46º maior PIB municipal do Brasil - traduzindo em valores algo como R$ 8,85 bilhões de reais (lembrando que em população, Pira é o 60º maior), à frente de muitas capitais estaduais ; e subimos uma posição no ranking anual.
Piracicaba tem PIB > que 10 capitais de Estados:
Natal (47º) 
Florianópolis (50º)
João Pessoa (54º)
Teresina (55º)
Aracaju (60º)
Porto Velho (88º)
Macapá (105º)
Boa Vista (119º)
Rio Branco (122º)
e Palmas (167º);
Assim como também tem PIB > que de outros municípios que possuem população maior. Segundo o IBGE, Piracicaba tem ~ 365 mil habitantes:
Natal - ~800 mil habitantes
Nova Iguaçu (48º) - que tem população de quase 800 mi
São Gonçalo (49º) - com quase 1 milhão de habitantes, mais de 2,7x >
Florianópolis - 420 mil
Londrina (51º) - ~500 mil habitantes
João Pessoa - ~720 mil
Teresina - ~810 mil
Juiz de Fora (57º) - ~520 mil
São José do Rio Preto (59º) - ~410 mil
Aracaju - 570 mil
Mogi das Cruzes (64º) - ~390 mil (mesmo 'nível')
Jaboatão dos Guararapes (68º) - + de 640 mil
Mauá (77º) - ~420 mil
Feira de Santana (87º) - ~550 mil
Porto Velho - 430 mil
Vila Velha (85º) - + de 410 mil
Macapá - ~400 mil
Aparecida de Goiânia (111º) - + de 450 mil
Belford Roxo (123º) - 470 mil
São João do Meriti (125º) - ~460 mil
Campina Grande (127º) - ~380 mil (mesmo 'nível') 
Ananindeua (142º) - + de 470 mil
Olinda (182º) - ~380 mil
Carapicuíba (165º) - logo acima, ~370 mil
Fazendo a conta toda, Piracicaba tem um PIB > que de 10 capitais brasileiras sendo superior também ao de 17 PIBs de municípios que possuem, segundo o censo 2010, são maiores em população. Total de 27.
Não quis aqui discutir a distribuição da riqueza, nem comentei sobre IDH. Estes números são apenas para efeito de comparação.

terça-feira, 12 de julho de 2011

02- ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - CRIANDO OUTRO PERSONAGEM

(Porque ocorreu-me continuar a elaboração de outra história, outro personagem... Agora nesta trégua que o Pólo Sul nos deu.Está ainda sem nome, ainda sem características físicas, mas algumas emocionais estão a seguir)
Tudo caminha para o mais breve abismo, daqueles abissais ali perto das Ilhas Marianas, no oceano Pacífico. E porque ele está aqui, estacado, diante do tal abismo que só de olhar para baixo lhe causa uma vertigem de Hitchcock, sem ao menos nenhuma das loiras preferidas do diretor. Uma ave de rapina acaba de sobrevoar aquilo em que ele deve cair. Garras curvas para dentro podem esmagar a espinha de algum roedor (e ratos temos aos montes), de alguma cobra (e serpentes peçonhentas também temos saindo pelo ladrão) e assim saciar sua fome.
Ele, um dia insaciável, cansou de saciar-se por aqui e em outras plagas nem tão distantes do precipício abissal; antes tudo era prazer e agora (como disse Renato Russo) tudo é dor - crônica, sem cura.
Agora a águia de olhos perscrutadores dá 3 voltas um tanto perto dele; próximo que pôde sentir o flanar de suas longas asas. E de repente ela pousa em seu ombro causando espécie em nosso 'enforcado' por ele mesmo. Ali ela fica, se ajeita sobre seu ombro e se aquieta.
Porque tal bicho teria feito isto? Apropriar-se de um 'poleiro' que ainda vivo não lhe pertencia até então. Ficou satisfeito em saber que ainda podia ser necessário para um ser que vive e pulsa neste mundo; e de insatisfação ele estava pelas tampas.
Acariciou-lhe a cabeça e ela tal um papagaio manso abaixou a cabeça e deliciou-se com o cafuné.
Jogar-se pelo abismo... Ele adiou para amanhã.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

SOBRE O TEMPO

UM TEMPINHO SÓ
E nas longas horas que nunca passam? E nos curtos minutos que acabam rápido?
Vendo assim, ele mesmo teria motivos para se armar e sair por aí com sua metralhadora giratória e exterminar aquelas longas horas providas tão-somente de dor e desespero, de tristeza e desolação. Desesperança.
Quantos são assim, agora, neste horário na metrópole paulistana, 9h14, que sofre com o inverno mandão?
Aqui e em outro qualquer lugar as horas podem também passar como o fantasma passa diante de nossos olhos: um piscar; e podem ser arrastadas como a dor de alguém quer pederu tudo nesta vida.
Tudo é mesmo um (sem) tempo que nos manipula, que nos enlouqUece de alegria ou de tristeza. A nossa revelia, ele passa. Às vezes até brinca, às vezes derruba.
Não o controlamos; tampouco, eu, quero controlá-lo, porque de que adiantaria?
Tempo, 'um dos deuses mais lindos', chega e passa; leva consigo as memórias e depois vai embora. E as memórias?
Ficam lá, naquele espaço que reservamos (?) às lembranças das coisas, das pessoas, dos toques, de nós.
Depois veremos no que vai dar, no remelexo das sinapses.

terça-feira, 5 de julho de 2011

RAZÃO E PODER

Homens, sobre a humanidade, sempre querem ter razão mesmo diante da contradição. Mas se fosse na contradição tão-somente, haveria de se arrumar um jeito e explicar a estes homens que o que é contraditório é passível de esclarecimento, de entendimento, de se conversar e (tentar) chegar a um acordo factível.
Acontece que o homem (aqui vale para a espécie homo homo sapiens), em seu deslumbre megalomaníaco de poder, quer sempre ter a razão, ou seja, finalizar, arrematar a questão e dar a última palavra.
Eu os nomeio tiranos despóticos que podem atingir qualquer pessoa. 
Arrogância é diretamente ligada ao querer sempre ter razão. E quando eu cito os déspotas - e arrogantes - refiro-me àqueles que têm muito poder, seja qual for ou onde for: em um país, em uma guerra, em sua cidade, em sua vizinhança e em sua casa. Resolvem pela intimidação afetanto até mesmo a auto-estima de seus convivas. 
E não é pela força bruta não que ocorre esta carnificina dos vulturinos "alados". Inteligência e persuasão entram na conta e com peso significativo; o que se pode depreender que o $ em nossa sociedade não entra na matemática (simples) que descrevi?
Piada não é mesmo. O $ está lado a lado aos que querem sempre ter razão: poder financeiro conta não é? a estética da riqueza é uma droga e é vendida, propalada licitamente aqui, ali, acolá e lá e em todo lugar.
Arrogância + poder + $ + determinados homo sapiens = os detentores absolutos da razão.
Então não tem jeito?
Eu (ainda) acho que tem; tenho a fé que os homens ouçam mais e principalmente reflitam: está aí a chave que pode abrir salas de boas discussões.

050 - CONHECENDO O HIPOGEU I

Saíram do carro pisando em um chão de cascalho fino; muitas árvores margeando o pequeno trecho da porteira até ao teatro quase de arena. Aquele cheiro se tornou mais pronunciado e em uma rápida olhada para a construção de madeira e vidro bem iluminada, Duílio viu meio embaçado preparativos de dois homens que pareciam vestir algo como um uniforme de gladiador romano, pelo menos foi o que ele concluiu.
Tomaram uma forte dose de conhaque espanhol oferecida sem cerimônias avisados que muito bom seria se tomassem de uma talagada só. Forte, que desceu queimando como o inferno que parecia aquele lugar. O dono daquilo que Duílio supôs ser uma fazenda, um haras... Ou um sítio, fez um sinal para que todos acompanhassem-no até um gazebo montado perto da casa principal que a eles não se permitia a entrada, como soube depois.Alguns copos, uma garrafa de uísque americano sem balde com gelo.
Copos de boteco, de pinga, até a boca lhes foram servidos; três doses seguidas sem tempo de piscar.
Simão teve menos desenvoltura nesta hora porque quando se preaparava para a terceira regurgitou desabridamente. Duílio mandou goela abaixo sem fazer careta er por ele comntinuaria ali, naquele gazebo, com homens que nunca tinha visto, para beber a garrafa toda.
"Afinal, ainda tenho um baseado lá no carro. E com este bourbon no sangue vou ficar bem louco!".
Todos os acompanhantes olhavam, direto para o chefe quando este se dirigia para ambos amigos observando a reação de cada um deles.
Passou pela cabeça de simãpo manter-se o mais frio possível, sem perder a fleugma inglesa, depois do vexame do uísque minutos atrás.
"Tinha que começar assim já?! Errei! Errei! Impassível agora, sem esboçar reação alguma e veja o que eu vir não vou mexer um músculo do meu rosto, nada!"
Havia então chegada a hora da regras que sem elas, Duílio e Simão, caso não a seguissem, inexoravelmente, teriam que sair dali não se sabe de que jeito. A coisa era toda muito regrada.
O homem pediu atenção aumentando o tom de voz e o mantendo assim durante a pequena explanação das 3 regras básicas.
"--- Você Simão. Foi quem fez o contacto aqui com o meu braço direito. Achei estranho porque vocês dois não me parecem o tipo de homem que gosta de participar... Bem... Participar não é a palavra. Assistir e sentir com alguns sentidos um espetáculo digno de mim. As regras, e são apenas 3. Simples, diretas e absolutos. Não transijo quanto a elas e uma depende da outra. Vamos à ante-sala, assim já vão se acostumando ao primeiro sentido. Para dar uma prévia"