terça-feira, 5 de julho de 2011

RAZÃO E PODER

Homens, sobre a humanidade, sempre querem ter razão mesmo diante da contradição. Mas se fosse na contradição tão-somente, haveria de se arrumar um jeito e explicar a estes homens que o que é contraditório é passível de esclarecimento, de entendimento, de se conversar e (tentar) chegar a um acordo factível.
Acontece que o homem (aqui vale para a espécie homo homo sapiens), em seu deslumbre megalomaníaco de poder, quer sempre ter a razão, ou seja, finalizar, arrematar a questão e dar a última palavra.
Eu os nomeio tiranos despóticos que podem atingir qualquer pessoa. 
Arrogância é diretamente ligada ao querer sempre ter razão. E quando eu cito os déspotas - e arrogantes - refiro-me àqueles que têm muito poder, seja qual for ou onde for: em um país, em uma guerra, em sua cidade, em sua vizinhança e em sua casa. Resolvem pela intimidação afetanto até mesmo a auto-estima de seus convivas. 
E não é pela força bruta não que ocorre esta carnificina dos vulturinos "alados". Inteligência e persuasão entram na conta e com peso significativo; o que se pode depreender que o $ em nossa sociedade não entra na matemática (simples) que descrevi?
Piada não é mesmo. O $ está lado a lado aos que querem sempre ter razão: poder financeiro conta não é? a estética da riqueza é uma droga e é vendida, propalada licitamente aqui, ali, acolá e lá e em todo lugar.
Arrogância + poder + $ + determinados homo sapiens = os detentores absolutos da razão.
Então não tem jeito?
Eu (ainda) acho que tem; tenho a fé que os homens ouçam mais e principalmente reflitam: está aí a chave que pode abrir salas de boas discussões.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo da Denise,

De fato, discurso bem marxista materalista e demasiado necessário. Todavia, prefiro aquela concepção Nietzscheana de que o homem age de acordo com As Vontades de Poder. O ser despótico é mais um sintoma grave da sociedade.

Achei massa seu blog, com ótimo senso crítico. Visitarei mais vezes. Abraços.