segunda-feira, 27 de julho de 2009

O TESÃO DE SER PALMEIRENSE

PALMEIRAS 3 X 0 TIMINHO
É, bem que meu nonno tinha razão quando nosso Palestra Itália perdia lá na década de 1940 e na de 1950 quando já tinha o nome de Sociedade Esportiva Palmeiras: minha mãe recorda que ele ficava ao pé do ouvido no rádio ouvindo atentamente o jogo. E ficava possuído de um mau humor extremo quando o resultado nos era desfavorável.
O nonno Gino morreu no distante ano de 1959. Ontem, durante o jogo, me lembrei dele algumas vezes e senti falta de sua presença sem nunca tê-lo conhecido. Ele ficaria contente e por certo abriria uma garrafa de vinho para comemorar os 3 a 0 em cima daquele time. Sempre é bom ganhar do timinho, nem que seja de 0,01 a 0!
E que jogo! Destaco, em minha modestíssima opinião, o Souza que foi um leão ontem na defesa. Poderia falar de Diego Souza que está jogando mesmo um bolão, ou de Obina... Bem, este é um artilheiro nato, olha a bola, se movimenta e fez por ter vezes o salto alto corintiano se quebrar. Mas o Souza esteve presente em momentos importantes transmitindo segurança para nós torcedores. O moleque tem futuro. Tem o Marcos... Mas este merece um artigo só dele porque é com um orgulho sem tamanho que digo que o meu time tem o melhor goleiro do Brasil. O cara é foda! Espero que ele ainda jogue bastante pelo Palmeiras
Parabéns Palmeiras! Tô com um orgulho enorme de ser palestrino! Abraços e boa semana

domingo, 26 de julho de 2009

MACHADO, O MAIOR BRASILEIRO DAS LETRAS

JUNTOS: MACHADO, PESSOA E CAMÕES
Quando digo juntos significa que, em minha modestíssima opinião, são os três maiores escritores em língua portuguesa, a última flor do Lácio. Sim, posso estar cometendo, de forma reducionista, um grave erro ao elencar dois portugueses e um brasileiro. Existem tantos aqui na antiga Terra de Vera Cruz que merecem e estão em minha lista.
Salvaguardo que os três estarão em qualquer lista feita aqui e além-mar, por certo. Hoje, dentre os três, quero falar de Machado, o escritor mulato maior da literatura brasileira.

Discorrer sobre as obras e escritos dele pareceria lugar-comum tanto que foi falado do centenário de sua morte no ano passado. De toda forma, galera leitora, acho que posso ser redundante e citar “Memorial de Ayres”, último romance machadiano, publicado em 1908, no estertor de sua existência “perturbadora” e “perturbada”.
O embaixador, personagem que dá título ao livro, é um velho humano sem papas na língua, ou melhor, no cérebro. Machado o descreve à perfeição de muitos que conhecemos que vivem por aí. Vou transcrever um pequeno trecho para que vocês saibam – para quem nunca leu o supracitado livro – como funcionava a mente de Ayres. E atenção para a gramática do português pré-reforma de 1943: cheio de consoantes dobradas e outras diferenciações. Achei porreta a maneira como escrevíamos antes.

Vamos ao livro cuja história se passa logo após a abolição da escravatura:
"Vinte annos mais, não estarei aqui para repetir esta lembrança; outros vinte, e não haverá sobrevivente dos jornalistas nem dos diplomatas, ou raro, muito raro; ainda vinte e mais ninguém. E a terra continuará a gyrar em volta do sol com a mesma fidelidade ás leis que os regem, e a batalha de Tuyuty, como a das Termopylas, como a de Iena, bradará do fundo do abysmo aquella palavra da prece de Renan: 'Ó abysmo! Tu és o deus unico'" (atenção que a crase assinalava-se com acento agudo e não com o grave como é hoje).
Entendo que o tempo apaga tudo e que isto nos iguala a todos os outros 7 bilhões de habitantes: ninguém ganha do tempo. Talvez os escritos de Machado possam lutar...
Creio que “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (do cacete de bom!), “Dom Casmurro”, para citar dois, estão entre os mais lidos e populares do escritor mulato. Fica a sugestão de leitura do “Memorial de Ayres” que é uma ode aveludada de como funciona a mente humana, o cérebro de um diplomata aposentado que, no decorrer da vida observa as mentes de seus 'convivas' e analisa a própria com uma propriedade sarcástica por vezes, perceber-se-á que o velho embaixador tem muito mais em comum com qualquer um de nós do jamais haveríamos de supor.
É um deleite que adoça a vida.
(deveria escrever mais sobre ele – quem me dera ser um machadiano puro...)

domingo, 19 de julho de 2009

ACIMA DE TUDO E DE TODOS?

PORQUE O SENADOR NÃO PODE SER JULGADO COMO QUALQUER OUTRO MORTAL?
O que o presidente boquirroto diz do velho senador do Maranhão – ops, agora ele tem domicílio eleitoral no Amapá; pobres amapaenses! – é que ele não pode ser julgado como uma pessoa comum. Ele, o Nosso Guia como afirma um jornalista da Folha de São Paulo, julga que os méritos do senador José Sarney (mas quais?) são altamente louváveis e que por isto não se aplica a ele, o senador, o que se aplica a nós, os pobres mortais pagadores de impostos: a lei. Que arranca o couro dos relés 130 milhões de eleitores.
Há um antigo ditado romano que cabe à perfeição neste caso: “Aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.
Lula parece estar desarvorado por completo. Surfando em altos índices de popularidade (dois em cada três brasileiros aprovam sua ‘pessoa’), ele se arvorou no direito de dizer impropriedades desapropriadas de qualquer fundamento lógico e ético. Ora, porque Sarney não pode ser julgado como uma pessoa comum? Repito a pergunta... Por quê?
No que ele é melhor que eu? Que você? Porque ele é melhor?
Um político que promoveu o regime militar até 1984, que usufruiu da benesse de ser nomeado governador biônico, depois governador eleito, senador por outro estado e não nos esqueçamos do período por ele governado de 1985 a 1990, cujo cargo foi o mais alto da República: a presidência. E ele gostou de sentar o traseiro na cadeira de primeiro mandatário: conseguiu a prorrogação de seu mandato em mais 365 dias. Político é tudo igual mesmo: se deleitam com o poder; atingem o êxtase.
Lembram-se da hiperinflação de fins de 1989 até 1990? Bem, eu lembro com exatidão: tínhamos que comprar gêneros de primeira necessidade na primeira oportunidade, caso contrário, o preço X de uma mercadoria Y de manhã, transformava-se tal um passe de mágica presidencial, em preço XX da mesma mercadoria Y no vespertina. No outro dia o preço era XXX... E assim ia...
E agora, pulando para o século XXI, 2009, existem os atos secretos do Senado. Porque secretos? Eu como eleitor, contribuinte e que, portanto, pago o salário do nobilíssimo senador e outros afins, exijo saber destes atos todos!
Que acordos são estes dos velhos senadores?
E porque Lula, um democrata forjado nas lutas sindicais, fala que Sarney não pode ser julgado como as outras pessoas? Onde ele aprendeu isto? Nas greves de 1978 e 1979 é que não foi. Terá sido no poder?
Presidente: o senhor está completamente equivocado.
Em contraponto “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”, lanço o “dura é a lei, mas é a lei”. Serve para mim, para o meu vizinho, para a minha família, para você, para os senadores, deputados, serve para a classe política e serve para o presidente.
Ninguém esta acima da lei, assim reza a Constituição da República Federativa do Brasil (será que o senador pelo Amapá – pobre Amapá – pensa que ele e sua simpática trupe estão acima da lei?).

terça-feira, 14 de julho de 2009

GUERRAS LÁ, ALI E ACOLÁ

TUDO POR DINHEIRO
Desde os tempos imemoriais – as priscas era como meu pai sempre fala – o ser humano tem esta ganância de guerrear, conquistar, subjugar e em muitos casos escravizar. É a guerra, que consome vidas de soldados nem tão inocentes, mas que são os menos responsáveis por um eventual conflito bélico e de civis: crianças, mulheres e minorias são os mais afetados. Não nos esqueçamos dos velhinhos...
Poderíamos fazer um longo arrazoado histórico das guerras que aconteceram e dos crimes perpetrados pelos ideólogos aficionados por poder. Nossa... Ficaríamos horas e horas e mais horas apenas para descrever um conflito em meio a tantos que houve e há por aí. Definitivamente não é o meu propósito.
A sede de conquistar e subjugar parece uma vontade incontrolável como os adictos de quais vícios forem sentem: álcool, cigarro, drogas “naturebas” e sintéticas. É um vício que tem uma alimentação própria: o poder, a detenção dos meios de produção e o controle vigiado da mídia. Uma liberdade de imprensa para inglês ver.
Em geral, os piores conflitos atuais se dão onde? Ah, mas você tem dúvida? Em países periféricos tanto tempo colonizados e espoliados e que agora sofrem uma dominação “subliminar” (seria a indústria cultural profetizada pela Escola de Frankfurt?), o que é bem pior.
Senão, vejamos: África, Ásia e em menor grau na América Latina. Que não são exatamente os nacos mais ricos do mundo... Afeganistão, Somália (e os novos piratas do século XXI), Haiti, Bolívia, Iraque, Kosovo, Sri Lanka, Honduras, Líbano só para citar alguns exemplos.
Estes países estão em conflitos com vizinhos ou em uma quase guerra civil com movimentos separatistas/independentistas ou ainda por grupos que julgando relegados a um segundo plano tentam virar o jogo, mesmo que para isto incorram no mesmo erro daquele cujo qual querem retirar do poder.
O poder... Que sedução frenética!
Pode-se argüir que as guerras são para afirmar soberania e o nacionalismo (que coisa mais idiota) de uma determinada nação. Que nada! É tudo em razão do dinheiro e da enorme cifra auferida pela indústria bélica no mundo todo. O Brasil é um expoente na exportação de armamentos. Estados Unidos lideram.
Então, para viver é preciso guerrear e matar, em última instância seguindo esta lógica patética. Realmente o ser humano não me surpreende quando comete crimes bárbaros; parece que pertence à natureza do próprio.
O que o ser humano não faz por dinheiro, não é mesmo?

sábado, 11 de julho de 2009

O PODER FAZ APODRECER

INTOLERÂNCIA
Ditaduras sejam de direita ou de esquerda são incompreensíveis para mim. Porque querer ter este controle sobre a vida das pessoas? Mantê-las sob jugo faz o “responsável” ser mais feliz, mais “mandão”?
Não me refiro apenas às ditaduras com viés político apesar de que estas são as piores e todo o controle advém dela, mas... E aquela ditadura sub-reptícia, aquela que é velada? Refiro-me ao pensamento dominante de uma determinada classe (bem marxista o termo...) que dita as regras do que pode, do que não pode, do que é legal, do que não é legal.
É um modo duro de se viver. Se você não possui determinadas características, bens você não serve e deve, portanto, se adequar.
Pode-se então amarrar a idéia de ditadura àquela que faz de você mais um - apenas mais um - ou ainda, o que é pior, reduz você a nada.
A moral na sociedade humana serve para privilegiar os fodões. A justiça serve a quem tem mais poder monetário, o mercado de trabalho pertence aos mais jovens, ganhar dinheiro está ligado a trabalhos nem sempre honestos.
Vi uma notícia que o ainda arremedo de ditador na Venezuela quer patrulhar também os canais fechados de televisão. A razão é que estão tentando desestabilizar o “status quo”. Incrível como o ser humano apresenta uma dificuldade sem tamanho de conviver com opiniões deferentes, modos de viver outros...
Porque não podemos discordar? Ou melhor, a gente até pode, mas não deve não é mesmo.
Este Hugo Chaves ainda vai afundar a Venezuela e de roldão pode levar outros países menores para o fundo.
Sejamos mais tolerantes com os despossuídos de capital, com os negros, com os pobres, com os gays, com os deficientes, com as mulheres, com os velhos.
Tolerância não é leniência. É saber conviver com aquilo que é diferente de nós.
Políticos e detentores do poder costumam ser intolerantes. O que é bem típico deles. O poder apodrece o coração e as idéias.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CANTINA DE BRASÍLIA

ATENÇÃO! SAINDO UMA PIZZA
Atençao internautas do Brasil e adjacências: preparem-se porque aí vem mais uma pizza quentinha do forno do Senado Federal. E alguém tem dúvida?
Montaram para inglês ver mais uma CPI para apurar (conta aquela do papagaio!) os atos secretos perpetrados Deus sabe lá desde quando. Ontem mesmo inocentaram aquele monarquista mineiro, o dono do castelo, e nem poderia ser diferente afinal o corporativismo reina como um déspota esclarecido lá no Planalto Central. Pobre Brasília! Patrimônio único da humanidade e acossada por escroques vindos dos 4 cantos do Brasil para ali exercerem sua meléfica influência.
E o povo que se lixe, só para parodiar aquele deputado federal gaúcho. Que ontem, só para adir, disse que tem certeza que voltará a ser eleito na próxima eleição legislativa. Riograndenses: olho no deputado!
Sempre tive em mente que para o Brasil funcionar deveria manter de fato duas casas no Confgresso: Senado e Câmara. Mas tenho ouvido a voz rouca das ruas - cuja qual os políticos fazem orelhas de mercador - a pergunta: "Para que serve o Senado?"
A resposta clássica é que a casa é fundamental para manter a igualdade entre os Estados da União para que os mais populosos não passem como um trator por cima dos menores. Eu concordo mas também concordo que é preciso fazer uma limpa geral naquela casa de velhos senhores no sentido "político" da coisa e que a carne deve ser cortada sem medo e sem dó. Caso contrário não sei o que os senadores ficam a fazer por lá.
Atenção: a pizza já foi montada, esta sendo fornada agora... Vamos ver o que vai nos aparecer quando ela for servida aos mais de 130 milhões de eleiores que votam do Oiapoque ao Chui.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

NÃO PARE ATÉ CONSEGUIR O SUFICIENTE

O REI ESTÁ MORTO
É inevitável, é clichê. É também indefectível que eu comente a morte do rei do pop. Não que eu não goste de comentar mortes de pessoas; a questão não é esta. Faço a ressalva que MJ desde o final dos anos 90 já não me atraía mais. Para mim, ele se perdeu em razão de sua perturbação psíquica. Cuja qual eu tenho, você tem, todo mundo tem: homens, mulheres, adultos, crianças, jovens, velhos, negros, brancos, heterossexuais, homossexuais, ricos, pobres, americanos, nepaleses. Todos nós temos. E é bom porque nos redime da tal grande desigualdade que imputamos uns aos outros em razão de diferenças “supostamente” intransponíveis. Nivelemo-nos por baixo então. Grande sacada esta do cara lá de cima.
Perturbação, dinheiro, poder e fama. Quarteto perigoso e nada leniente com a consciência do rei do pop. Juntando tudo isto – sem mencionar os verdadeiros problemas de saúde que o afligiam – em um mesmo balaio deu no que deu: que figura era aquela? O nariz? Os lábios, e o cabelo então? A pele! Sim, a pele. De uma cor que não sei precisar: talvez cinza?
Mas e daí? Só friso a questão da perturbação porque, reitero, todos nós apresentamos algum tipo desta não é mesmo? Alguns mais, outros mais ainda... Alguns menos... Todos perturbados. Nossa: são quase 7 bilhões de perturbados.
Do final dos profícuos anos 70 até o início dos 90, MJ emplacou hits em um número sem-fim.
Parecia quebrado pelo corpo todo; tamanha eram sua mobilidade e sua elasticidade que o faziam praticamente suspender no ar ao som de acordes “de pista” – dançantes!
Que gana era esta de dançar e cantar? Que perpassou por várias faixas etárias, gerações e décadas?
Pode parecer precipitado ou um vaticínio que não se confirmará. Duvido que não.
Ao lado de Elvis, Marilyn, e James Dean, MJ se postará como ícone de uma época que se manterá sempre na mente das pessoas.
Sugiro que ouçam – ou ouçam de novo – “Rock with you” e “Don’t stop ´til get enough”. Estão entre as melhores do pop de todos os tempos. “Thriller” não é minha música favorita. Sei que muita gente não concorda, mas o rei do pop tem muitas melhores. “Billie Jean” por exemplo.
MJ não parou até conseguir o que ele queria o que julgava suficiente. Mas o que era suficiente para ele? E para mim, o que é? E para você?
Estou ouvindo "Rock with you" agora.

terça-feira, 7 de julho de 2009

PORTUGUÊS NA AMÉRICA LATINA

DUAS CENTENAS DE MILHÕES
Reprodução, mapa da AL

Única nação a falar a última flor do Lácio, o imenso Brasil se destaca entre os congêneres latino-americanos por razões conflitantes a estes por um lado, mas também comum a todos. Do México – que teve mais de 40% do território perdido na guerra contra os 'ianques' – até a Terra do Fogo pulula um jeito ibérico de ser e, portanto, latino com algumas merrecas de territórios que falam línguas germânicas: inglês na Guiana, Belize, Jamaica e ilhas menores; o holandês no Suriname e nas poucas e pequenas ilhas. E outra latina, o francês conta, de fato, no Haiti e em poucos pequenos pedaços de terra do mar das Antilhas. Ah, tem também a Guiana Francesa, elevada a departamento ultramarino da terra de Sartre (não lhes parece uma colônia travestida de moderninha em seu status quo?). Existe ainda um naco grande na parte oriental do Canadá colonizada pela França, mas aí já não é mais América Luso-hispânica.
Voltando... O espanhol e o português são as línguas dominantes aqui ao sul do Equador, onde ao contrário do que se pensa, tem porrada de pecado e os piores não são o da carne. Mais de 450 milhões neste chão todo.

O espanhol – ou castelhano como preferem alguns linguistas puristas – se fragmentou em vários países soberanos e por razões desta fragmentação configuraram-se em países menores que o Brasil, tanto economicamente quanto demograficamente. O Brasil tem  Sem falar nos aspectos financeiros.
Tudo isto sendo falado para que? Já li que no futuro os brasileiros falarão o idioma de Cervantes. Não teríamos como “resistir” a um mar de vizinhos hispânicos mantendo nossa identidade luso-africana ainda mais em uma época de globalização. Junta-se a este fator que o espanhol e o português são as línguas latinas mais parecidas entre si; o galego, grosso modo, é uma boa ponte entre ambos.
Parece certa precipitação nesta argumentação. Não vai acontecer. Somos quase 2 centenas de milhões: é muita gente falando o português brasileiro. Estas fronteiras foram estabelecidas ao longo da história.
Reprodução
O português é um idioma com uma riqueza gramatical que poucos se igualam. Sonoridade, vocalização, tempos verbais precisos (e os imprecisos) e muitos mais fatores fazem de nossa língua, para mim, a mais bonita e preciosa. Eu como brasileiro tenho orgulho de me expressar no idioma de Camões, Machado, e Pessoa. De cantares largos e saudosos. De escreveres à pena, ao dígito, ao longa desta história.

Há espaço neste chão latino americano para as duas línguas latinas mais faladas no mundo e o futuro de todos os países passa pela identidade linguística estrita o que não impede de haver um maior agrupamento/entendimento/compreensão entre o Brasil e o México, a Argentina, o Uruguai, a Guatemala e todos os outros. Devemos sim nos esforçar mutuamente: inexorável é a inserção cada vez maior dos países latinos aqui no Brasil, com a reciprocidade valendo na mesma medida.
"Minha língua é minha pátria".

segunda-feira, 6 de julho de 2009

HUMANO CIRCENSE II

A HUMILHAÇÃO E A VERGONHA
É possível que creiamos que um espetáculo dantesco como de aprisionar animais em circo para serem aviltados de forma ignorante em sua dignidade seja um fato aceitável? Ir lá e ver animais – sejam selvagens ou domesticados pelo bicho homem – fazendo gracejos ou perpetrando uma “luta combinada” ou obedecendo a ordens por comida traz o que? Uma antiga saudade da dominância ancestral, na qual os homens lutavam mesmo pela sobrevivência com espécies outras? Ou mesmo um circo de horrores? Sim, porque é um horror o que se faz com as pobres criaturas. Reitero aqui: dinheiro compra tudo e para estes boçais compra a dignidade do bicho.
Que feio para nós homens, não é? Vergonha. Que cultura é esta que expõem os animais a um mero passatempo para humano ver?
Circos são feitos – em meu entendimento – de artes humanas. Artistas compõem o universo circense tão caro para as crianças e grupos de adultos: acrobatas, malabaristas – fantásticos!, – palhaços, o globo da morte – eletrizante! –, mágicos – sem coelhos/pombos –, e todos os outros que não me ocorrem agora.
Respeitável público é aquele que não pode compactuar com a presença de bichos no circo. É um cerco ilegal, imoral e medonho. Este mesmo circo de animais que é mais uma forma de imputar a eles sofrimento e humilhação.
Quanta humilhação. E quanta vergonha eu tenho.

sábado, 4 de julho de 2009

HUMANO CIRCENSE I

DA SÉRIE HUMANOS CONTRA ANIMAIS
Revela uma podridão disfarçada de alegria. Motivo bem simples que faz os defensores desta prática sem nome vociferarem a favor dos animais em circo. O que difere tal prática dos costumes antigos dos humanos em realizarem espetáculos de crueldade? Ora, sem meias palavras para aqueles que defendem que os animais “criados” em circo são “felizes”. Quanta papagaiada. Podridão porque expõem os bichos à fanfarronice daquele que lá, muito macho, domina o leão, o tigre, o elefante, a lontra e todos eles. Quando o tigre abocanha o treinador alguns vêm dizer que “animal selvagem” mata o treinador. Mas queriam que fosse diferente? Alegria porque as pessoas se divertem, as crianças sorriem, o circo proporciona felicidade, mesmo que tênue. Crianças devem saber que os bichos devem ficar onde nasceram, ou seja, devem viver onde... Vivem.
Porque este espetáculo um dia tem que ser proibido de forma definitiva. Já é mais do que tempo de resolver a questão e assim, se possível, educar as pessoas a tratarem os outros convivas do planeta Terra de forma mais responsável e com um olhar não viciado, por que destes vícios quem amargura sofrimento são as outras espécies.
O que me lembra especismo. A única espécie - a nossa, homo homo sapiens - a praticar, ou melhor, inventar e consumar esta exploração tem uma visão que, em última instância, se refere ao dinheiro. Ou vão querer nos enganar que os animais estão lá no circo porque... porque... porque? Não há um porquê. Razão de tudo é o dinheiro.
Um passo adiante foi dado nesta prática ignominiosa: um projeto de lei no Senado, em trâmite na Comissão de Educação e Cultura, proíbe que circos mantenham animais em seus "quadros".
Para quem quiser se informar a respeito, dá uma olhada no: http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/noticias/index.phtml?id_conteudo=198967
Continua...