quarta-feira, 8 de julho de 2009

NÃO PARE ATÉ CONSEGUIR O SUFICIENTE

O REI ESTÁ MORTO
É inevitável, é clichê. É também indefectível que eu comente a morte do rei do pop. Não que eu não goste de comentar mortes de pessoas; a questão não é esta. Faço a ressalva que MJ desde o final dos anos 90 já não me atraía mais. Para mim, ele se perdeu em razão de sua perturbação psíquica. Cuja qual eu tenho, você tem, todo mundo tem: homens, mulheres, adultos, crianças, jovens, velhos, negros, brancos, heterossexuais, homossexuais, ricos, pobres, americanos, nepaleses. Todos nós temos. E é bom porque nos redime da tal grande desigualdade que imputamos uns aos outros em razão de diferenças “supostamente” intransponíveis. Nivelemo-nos por baixo então. Grande sacada esta do cara lá de cima.
Perturbação, dinheiro, poder e fama. Quarteto perigoso e nada leniente com a consciência do rei do pop. Juntando tudo isto – sem mencionar os verdadeiros problemas de saúde que o afligiam – em um mesmo balaio deu no que deu: que figura era aquela? O nariz? Os lábios, e o cabelo então? A pele! Sim, a pele. De uma cor que não sei precisar: talvez cinza?
Mas e daí? Só friso a questão da perturbação porque, reitero, todos nós apresentamos algum tipo desta não é mesmo? Alguns mais, outros mais ainda... Alguns menos... Todos perturbados. Nossa: são quase 7 bilhões de perturbados.
Do final dos profícuos anos 70 até o início dos 90, MJ emplacou hits em um número sem-fim.
Parecia quebrado pelo corpo todo; tamanha eram sua mobilidade e sua elasticidade que o faziam praticamente suspender no ar ao som de acordes “de pista” – dançantes!
Que gana era esta de dançar e cantar? Que perpassou por várias faixas etárias, gerações e décadas?
Pode parecer precipitado ou um vaticínio que não se confirmará. Duvido que não.
Ao lado de Elvis, Marilyn, e James Dean, MJ se postará como ícone de uma época que se manterá sempre na mente das pessoas.
Sugiro que ouçam – ou ouçam de novo – “Rock with you” e “Don’t stop ´til get enough”. Estão entre as melhores do pop de todos os tempos. “Thriller” não é minha música favorita. Sei que muita gente não concorda, mas o rei do pop tem muitas melhores. “Billie Jean” por exemplo.
MJ não parou até conseguir o que ele queria o que julgava suficiente. Mas o que era suficiente para ele? E para mim, o que é? E para você?
Estou ouvindo "Rock with you" agora.

Um comentário:

Unknown disse...

du caraca...mermão
Legal memu