domingo, 29 de agosto de 2010

ABOMINAÇÃO: O RODEIO

INFERNO
E aquela festa de rodeio de Barretos?
Ainda aquela festa. Até quando?
É uma abominação digna de um espetáculo horrendo, cheio de bestas-feras humanas que se 'deleitam' com 'tratamento' dado aos bichos que lá se 'apresentam'.
Toda aquela comoção catártica traduz bem o que o homem pode fazer enquanto espécie reinante. Deus nos deu o intelecto, o raciocínio, mas não o poder de manipular os animais ao bel-prazer. Não, por certo que Deus não nos atribuiu esta tarefa de - como superiores - torturar, judiar, derrubar, mutilar; e o que é ruim do ponto de vista humano em específico é como aquelas pessoas se divertem em ver o sofrimento de um bicho.  Entendo... Então é porque somos inteligentes podemos fazer os bichos de palhaços? De diversão?
São duas coisas:
a) o sofrimento do bicho
b) a 'diversão'(!) do homem/ a dignidade do bicho
Não é uma idiotia generalizada?
Uma feiura infernal?
Um espetáculo de cenas medonhas?
Uma canalhice?
Deve ser mesmo a canalhice o pior adjetivo que se pode aplicar em quem tem prazer de se sentir absoluto diante de outros seres que povoam este planeta.
Absoluto somente Deus.
E quando estivermos lá, cada um de nós, diante Dele, seja como você creia - eu creio -, é um alento saber que tudo vai ser posto em consideração. 
Então Deus vai começar a falar, que pode ser muito ou pouco.
--- "Vamos ver... vamos ver. Estou vendo aqui. Você é um daqueles que trabalham com animais."
--- "O senhor não me conhece?"
--- "Claro. Tudo. Estou rememorando aqui quando leio que você se divertia com animais, com os bichos"
Não sei como terminará. Só sei que Deus olha por suas outras criaturas e que Ele as trata bem e gosta delas; e que não deve pensar que dominações abomináveis aos bichos  seja boa coisa.
Para mim, parece que não vem de Deus judiar de bicho.
OS ANIMAIS TAMBÉM TÊM A MARCA DE DEUS.
FORA RODEIO. FORA TOURADA.

sábado, 21 de agosto de 2010

018 - APOLO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO

Duílio analisava como se dava o pensamento de seu amigo Simão; que via o mundo dividido em alguns segmentos opostos porém complementares como brancos e negros, homens e mulheres, gays e heteros, ricos e pobre, esquerdistas e direitistas. O que ele demorava realizar em sua cabeça é que entre o branco cor e o preto cor existe uma gama do cacete de variada. E estes? Nem brancos, nem negros... O que são? Mesma coisa com a beleza exacerbada que a sociedade em geral valoriza em detrimento de outros fatores não mais importantes, apenas igualemte importantes.
"Eu mesmo acho que... Não dá para separar em dois grupos distintos. Sobre a beleza é sempre difícil de falar. Motivos? Dois: 1) porque os "supostos" belos podem me considerar um despeitado; e 2) porque se eu fizer a análise franca e direta alguns poderão me taxar de 'feio'...
Hahahahaha. Mas também que se fodam o que vão achar não é?
Bom... eu tenho uma visão bem particular a respeito da beleza, aquela estética, do corpo... enfim, tudo o que se refere ao deus Apolo eu penso que é de uma esquisitice sem tamanho. 
Sei lá, parece que os belos e belas querem mesmo é ficar com eles em vários aspectos. Verdade, que muitos destes 'supostos' belos (as) precisam de algum outro não tão belo -claro - para alimentar o ego. E eu não estou aqui para dar de comer a nenhum ego. Já quis muito, hoje penso que muitos destes 'supostos' belos (as) se auto-satisfazem. E o que eu acho péssimo é a cara que fazem quando nos pegam (o 'nos pegam' são os 'normais'... aqueles que não foram aquinhoados com a 'suposta' beleza, segundo os lindos e lindas) olhando para eles! 
Como são chatas estas atitudes.
Fico pensando e os que estão no meio termo? Em minha opinião, opinião de duílio... um cara que se acha 'na média', sem ser espartano mas também sem ser ateniense.
O Simão diz que nao existe este meio termo. Então eu não existo.
E nem ele né? Porque se ele se acha Apolo ou o irmão Adônis... Longe, bem longe".
Ambos, mais uma vez e como sempre, ferraram na conversa em um destes bares da Vila Mariana sobre a estética/esteticismo em uma destas madrugadas de agosto. Uísque e etc.

sábado, 14 de agosto de 2010

SÃO PAULO É O AVESSO DO BAIRRISMO

AQUI CABE TODO MUNDO
"Porque é o avesso, do avesso, do avesso, do avesso...". Nem sei se gosto exatamente desta música porque parece que a cidade foi visto com certo ar carioca e/ou baiano. Opa, nada contra as duas cidades e muito menos nada contra os habitantes das mesmas; apenas ao estereótipo com que somos vistos por vezes.
Mas é que minha São Paulo é tão, idiossincraticamente, única, 'o avesso' de tudo que cheira a bairrismo e preconceito que aqui nos mais de 11 milhões que habitam de Parelheiros/Marsilac a Cantareira, do Itaim Paulista ao Jaguaré cabem todos brasileiros, todos os latinos e de outras distantes plagas. 
Todos - alguns mais outros menos - se adaptam e se moldam ao "paulistano way of life" não sem antes de contribuir para o grande amálgama que é esta (grande) metrópole, acrescentando novos costumes/hábitos, linguajares etc. Uma dialética marxista  resume bem. 
Então, o que faz de São Paulo a mais brasileira de todas as cidades espalhadas por este país-continente?
Ora, para mim, é o não-bairrismo. E é a oportunidade que a cidade oferece para quem estiver disposto a ralar muito para conseguir uma vida mais digna. Ainda que possa parecer que alguns brasileiros insistam em dizer que os paulistanos (por vezes se estendem aos paulistas) são apressados, mal humorados, estressados e mais ainda, que são arrogantes/orgulhosos, a verdade é que estas características não definem o que o paulistanos são de verdade.

Quando vim morar em definitivo aqui na São Paulo de Piratininga, vindo de Piracicaba, havia em mim uma certa preocupação com o estereótipo do paulistano: o ser antipático. 
O que é, ao mesmo tempo, uma grande mentira e uma pequena verdade. Quanto a ser verdade... Bem antipatia não é relacionada com geografia: São Paulo não deve ser menos simpática que Nova York, Moscou, Tóquio, Roma ou Jacarta.
Quanto a ser uma grande mentira pude eu mesmo comprovar: o paulistano conversa sim com as pessoas nas ruas, fornece informações, e há uma grande disposição com o turista seja de negócios ou de passeio. Pelas ruas ouço gente assobiando, cantando e alguns como eu, falando sozinho. O costume de dar bom dia onde quer que se chegue se assemelha muito ao jeito interiorano de ser. Há uma vontade de se fazer chegar, de trocar informações e portanto, de estar junto de pessoas. O paulistano é assim sim, o legítimo.
Nascidos aqui ainda são maioria, são milhões e fizeram desta megalópole o que ela é hoje: para mal e para o bem.
Brasileiros de outros estados, todos bem-vindos, fazem também o que São Paulo é hoje: o município produz 12% do PIB do Brasil. Mineiros, acreanos, paraenses, tocantinenses, gaúchos, catarinenses, capixabas, goianos, sul-matogrossenses, fluminenses, paranenses e o grande grupo formado por baianos, pernambucanos, cearenses, maranhenses, paraibanos, piauienses, alagoanos, potiguares e sergipanos moldam a cidade mesclando o que já havia ao que de novo trazem, para não mencionar os italianos, espanhóis,  libaneses, sírios, coreanos, armênios, gregos, judeus, japoneses, bolivianos, chineses, alemães e claro, os portugueses, os africanos e a grande massa do interior do Estado de São Paulo. Isto sim é abarcar todo mundo sem a arrogância que outros lugares aqui mesmo no Brasil têm, ensimesmando-se no próprio umbigo.

São Paulo não tem tempo para ensimesmar-se. Tampouco para deitar em berço esplêndido para admirar a suposta beleza que possui. De fato, a cidade, aos olhos viciados de X, Y ou Z, pode parecer pouco bela, o que é uma mentira: aqui a beleza está disfarçada, nos pregando peças e se mostrando para quem tem olhos atentos e perscrutadores.
E a beleza por si só não possibilita vida. Eu prefiro a carne e o osso.
O que se escancara aqui é o trabalho, a vontade de vencer, e mais: é a gente... A gente que faz desta cidade a mais brasileira de todas. 
Repito: aqui cabem todos - paulistanos e não paulistanos como este que redige sem distinção alguma e sem arrogância.

domingo, 8 de agosto de 2010

CENSO 2010

FALTA MUITO PARA OS 200 MILHÕES?
Em 1º de agosto começaram os trabalhos do recenseamento realizado pelo IBGE com o intuito, dentre váriso, de contabilizar quantos brasileiros e brasileiras (e estrangeiros) vivem nas plagas do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS) e de Fernando de Noronha (PE) à Serra de Contamana (AC).
Todo ano o órgão federal (será que também foi aparelhado pelo esquema bolchevique imposto pelos  os que agora estão no governo? ops, calma... senão vão falar que é uma conspiração ou ainda que quero derrubar o governo 'democrático') publica estimativas em seu site da população brasileira em todo dia 01/08. Checando os números vemos que somos 191.446.848 a habitar os mais de 8,5 milhões de km², o que dá uma densidade demográfica de quase 23 hab/km². Índice baixo se compararmos com Bangladesh (quase 1.000), Bélgica e Índia (ambas com cerca de 350), Holanda (400), Alemanha (260), Itália (200), Espanha (90) e mesmo com o México (50); entretanto se comparamos com nossos vizinhos não é assim tão 'mal': Peru com 24 hab/km², Estados Unidos com 31 e Chile com 23 são bons exemplos. Outros como Argentina (15) e Bolívia (9) estão distantes da média brasileira, o que vale mais ainda em se tratando do Canadá (3) e Guiana (4).
A pergunta que costumo ouvir pelas ruas da maior cidade brasileira e que eu tanto amo, São Paulo, é se findados os trabalhos chegaremos à marca dos 200 milhões. Nem sempre as estatísticas do IBGE se validam quando apresentados os números. Em 2000 éramos 169,8 milhões e para mim, pobre leitor e zerado em estudos de cálculos estatísticos, penso que estaremos entre 190-195 milhões.
É aguardar para ver.
(para destacar, São Paulo tem 11.037.593 habitantes e Piracicaba atinge os 368.843 - 59º maior entre 5.564, segundo estimativas para 2009. Brasília ou o Distrito Federal como desejarem com 2.606.885 já figura entre as 4 maiores do país, atrás apenas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Salvador)
ps- link postado para quem quiser saber quantos habitantes tem sua cidade

sábado, 7 de agosto de 2010

PARA VARIAR...

vi a
vida
variando
voltas
vilas de 
vime e
ventanias
vi a 
verdade
voar num 
voo vasto da
voragem 
viva,
vermelha,
vestida em em
vales verde-vítreo
vagarosamente pelas 
vísceras minhas;
vezes inúmeras
vendi a 
vontade de 
viver para 
vadiar com
vendados olhos; 
vocalizei
você
vertendo a
vida ;
vislumbrei então
você e eu
vagando pela
vazão de nossos gozos a
velejar pelo céu;
volatizei, 
vindo do início, nosso amor, depois qual 2
vulcanizados montes sem
vacilarem
viris na
vaga de amor e companheirismo.
vejo você 
versando sobre 
vibrações na
vastidão minha que é sua

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

017 - SOBRE O SUICÍDIO V

Nestes dias de frio antártico aqui em São Paulo, cidade que ele adotara para si a despeito de alguns detratores conhecidos e de outros estados, Duílio se via como um encorujado dentro de casa abarrotado de roupas por sobre sobre o corpo. 
"É assim mesmo! Parece que quanto mais roupa eu ponho, mais parece que o inverno bate à porta querendo tomar conta de tudo e invadir meu espaço. Que aliás, é um iglu digno de esquimós groenlandeses".
A sensação de tudo estar frio à superfície, feito lâmina afiada, o atormentava. Nunca gostara do inverno mas de alguns anos para cá passou a quase a odiar... Tudo que fosse relacionado ao inverno. Ele associava inclusive uma melancolia intrínseca a este período do ano: tudo quedava-se mais quieto, menos colorido; tudo fechado, a luz do sol impedida por massas polares de se mostrar rei em sua plenitude.
"Como é viver na Groenlândia? Deve ser uma tristeza sem tamanho, as pessoas interditadas de alegria. Sibéria, Alasca, Canadá, Islândia...! Socorro".
O que ele arquitetara na sua cabeça um tanto vazia - mais de coração um tanto bom - se reproduzia nesta época do ano com relação ao inverno: uma 'morte' hibernada, sem condições de movimentação, de atração de uns pelos outros.
"Sim, porque o inverno, se diz por aí, aproxima as pessoas, mas é uma mentira bem deslavada. O inverno as pessoas ficam mais em casa, usam menos cores, o sol é mais fraco, há menos vida. E isto não é uma maneira sutil de morte?".
Em longas discussões com Simão,  ele afirmara que leu um estudo o qual demonstra que o índice de suicídio é, "relativamente, estou frisando", em países gelados é maior que nos 'tristes trópicos' e que este tal índice aumenta no inverno e neste inverno as horas das noites cortantes e geladas são as 'preferidas' pelos desvalidos que se matam.
"Cacete! Fico imaginando um cara suicida, só, no frio, desnorteado. Se ele olhar a neve, a monocórdica colaração... Certeza que isto não ajuda em anda. O inverno é preto e cinza. O calor de tão bom que é, abarca até o branco e o preto. Mas as cores dominam e são quentes. Pulsam, as cores suam".
Para Simão junho, julho e agosto relacionavam-se a ganhar mais $ e poder exibi-lo a quem quisesse ou não ver. Os ternos impecáveis comprados nos arredores da Oscar Freire compravam. 
Para Duílio...Inverno para ele significava um tipo de morrer por algum tempo

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

016 - DECIDINDO SOBRE VIVER E MORRER I

O frio que fazia na metróple paulistana, alfa do Brasil, emudecia muitos carinhos que poderiam vir das entranhas vocais de qualquer um que fosse. Mais ou menos como "...a tua voz dizendo amor, foi tão bonito...". Duílio, humanista desde sempre sem muito praticar, não engendrava planos de aplicar a pena de morte em suas opiniões acerca dos desmandos dos homens pelo mundo afora. Queria mesmo amor para dentro do peito e por mais "tatibitati" que isto soe, sói para ele ser música para emablar seu sono na cama fria de inverno.
"As pessoas tergiversam, parece que elas possuem dois pesos e duas medidas porque para uns pode ser aplicado, mas para outros ela não vale. E para falar bem a verdade mesmo, para muitos é a vida que não vale nada, os desvalidos são abandonados à própria sorte; que é de um azar sem tamanho depender só da sorte. E mais uma vez a opinião dos novos amigos divergia frontalmente.
---Simão, o que você acha, o que pensa seriamente, sobre a pena de morte? 
--- Você já conhece, ou deveria, minha opinião. Não difere muito dos fracotes que se matam - aqueles que se jogam na linha do trem, do metrô, prédio abaixo, o cacete a quatro atrapalham mais ainda - e causam transtornos e dor de cabeça nos francamente pragmáticos, naqueles que levam a vida da maneira que podem. São uns idiotas aqueles que pensam poder reverter assassinos, pedófilos, sequestradores, estupradores e o cacete a quatro para o convívio social. E a mim, quem ajuda? Só eu mesmo. 
--- A favor não é? Previsível...
--- Sou mesmo. E é o que eu penso: morte para estes crimes que eu te falei. 
--- Nivelar por baixo. Isto que você faz.
--- Por baixo? Por baixo é o que a sociedade me obriga a fazer...
--- Como assim?
--- Coviver com estes canalhas e ainda 'pagar pensão' para que cada um deles tenha moradia e comida gratuita. Sem falar em progressão da pena, visitas íntimas, bom comportamento. Se nós queimarmos nossos colchões como eles fazem, me responde, o Governo vai nos providenciar outro para descansarmos o esqueleto todo dia depois de trabalhar honestamente?
--- Resposta negativa, claro.
Verdade, não foi novidade ele ser a favor da pena de morte. Só fiquei meio surpreso foi com a enfátiva defesa deste tipo de pena. Ainda mais aqui no Brasil, onde a Justiça é falha e lenta como uma lesma".
Duílio orgulhara-se várias vezes em ser humanista e apresentar argumentos que o assim colocassem. Sempre a favor da vida, mesmo da vida daqueles que não se importam nada com a vida dos outros.