segunda-feira, 31 de maio de 2010

OS HUMANOS, COMO ELES SÃO

DE UM JEITO OU DE OUTRO, TODOS NÓS TEMOS RESSALVAS UNS CONTRA OS OUTROS

Duro admitir, pelo menos para mim, que todo e qualquer ser humano entre os quase 7 bilhões que povoam o planeta possui algum tipo de ranço intelectual contra outro. Ranço que pode ser traduzido de diferentes formas desde as mais suaves e enganadoramente doces até aquelas que causam o aniquilamento físico e emocional. No Brasil, como não poderia deixar de ser citado, porque é aqui que vivo, com seus 193 milhões de habitantes, vemos que o ranço do preconceito enraizou-se e ramificou-se em todas as esferas - estratos - sociais, econômicas, físicas, religiosas, estéticas etc etc etc...

Não sou melhor que nenhum dos 193 mi, tampouco sou pior. Penso que, entretanto, uma vez detectado por mim um destes ranços eivados de intolerância é de muito bom tom tentar ao menos trabalhar a questão não somente por compaixão ou algo assim, mas porque penso também que manter vivo tais preconceitos faz de mim uma pessoa cada vez mais distante da luz. Pior, cada vez mais avesso à mudanças que a vida tão inesperadamente promove pelos trilhos que ela corre.
Neste sistema capitalista selvagem (pode soar panfletário o termo), existem outros seres iguaizinhos a nós (da mesma espécie) que estão desprovidos de chances e oportunidades e que em decorrência destas não chances a mobilidade social e a dita ascensão tornam-se trabalhosas e por vezes improváveis. E esta ausência de ascensão não é relacionada somente com $ e o consequente poder econômico, mas também com a mobilidade de respeito e consideração às diferenças.

Tema recorrente neste blog quando falo dos homo sapiens, o ser humano tende a trilhar o caminho já aberto, a ideia já imposta, relegando a segundo plano a metamorfose ambulante pela qual passamos todos os dias. Ficamos insensíveis. E exigimos comportamento padrão de outros segundo os nossos padrões. 
São ditaduras que nos envolvem tal o vórtice de um furacão daqueles tropicais no Caribe. Repetimos o modelo e exigimos que todos repitam.

Ledo e inequívoco engano. 
Sorte que nem todos repetem o ranço autoritário que estigmatiza vários homens e mulheres e que estes estão dispostos a ouvir argumentos opostos e a respeitar as diferenças sem que haja uma 'adesão' a elas. Ora, basta respeitar a individualidade una que cada um de nós é e seguir a vida sem medo.
Lista extensa de preconceitos mas nunca é demais enumerar alguns:
- racismo
- xenofobia
- homofobia
- obesidade
- "feiura" (entre aspas porque a ditadura da beleza encara como feia a face/corpo dos que não se encaixam)
- pobreza
- misoginia
- "drogados" (nem todos querem manter-se farrapos) 
Paro aqui caso contrário ficarei o resto dia a escrever... A escrever... E parar Deus sabe quando.

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