sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

GENTE DE MENOS NOS 7 BILHÕES

Reprodução - Kedainiai, Lituânia (gente de menos)
UNS GANHAM, MAS OUTROS PERDEM
Falou-se tanto nos 7 bilhões de homo homo sapiens que habitam o planeta Terra alcançados em fins de outubro, segundo estatísticas da ONU. Um verdadeiro e enorme formigueiro que demanda cada vez mais comida, tecnologia e o que mais lhe interessar. Tudo sempre mais: o consumo, o gasto, a guerra e a agora a crise, a miséria que ainda grassa pelos cantos deste mundo. E as pessoas.

China país mais populoso: 1,34 bilhões de habitantes
Divisão administritativa mais populosa: Uttar Pradesh (Índia), 199,5 milhões (mais que o Brasil todo)
Região metropolitana mais populosa: Tóquio (Japão) tem 35,6 milhões
Cidade com mais gente: Xangai, mas pode ser Istambul, ou ainda Karachi...
Dezenas de milhões. Por exemplo, na África a população, embora tenha havido certo arrefecimento, segue apresentando as mais altas taxas de crescimento populacional (txcp), superior a 2% a.a.; certo países atingem mais de 3,6% a.a.

Já na Europa, nascedouro de nossa civilização com gregos e depois com os maiorais de todos os tempos - romanos -, alguns países apresentam decréscimo acentuado da população; muitos destes são integrantes do Leste europeu. 
E falar desta subdivisão geográfica sem mencionar a Rússia seria inócuo, seria desafiançar qualquer escrito sobre o assunto.
O maior país do mundo, o gigante eslavo, vê descrecer sua população há mais de de 20 anos. É gente de menos.
Para comparar com o Brasil:


1979
1989
2002
2011
Rússia
137.550.949
147.400.537
145.166.731
142.905.208


1980
1991
2000
2010
Brasil
119.922.344
146.730.810
169.690.567
190.755.799

Pelo quadro, vê-se que até o início dos anos 1990, o Brasil era menos populoso que a Rússia que só fez perder população desde então: 4,5 milhões em 22 anos. Com a txcp em declínio, o Brasil terá o início de perda de gente por volta de 2030-2035, segundo o IBGE; hoje a txcp é de 1,18% a.a. Já na Federação Russa, é -0,47% a.a.

Em outras nações menores, o problema é agudizado em razão de esta população que já é pequena... Estar em queda livre!
A Bulgária é um caso clássico e merece destaque; mas Estônia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Montenegro, Croácia, Sérviasão outros exemplos; até mesmo a Ucrânia com 46 milhões e Romênia com 21 mi também tem gente morrendo mais que nascendo/tem gente saindo mais que chegando.
Bulgária (txcp: -0,77).
1985
1992
2001
2011
8.948.388
8.487.315
7.932.984
7.364.570
Em 26 anos a população decresceu 1,6 milhão! É gente de menos.

Lituânia (txcp: -0,28%)
1989
2001
2011
3.674.802
3.483.972
3.053.804
Em 22 anos, o pequeno páis Báltico, dos mais ricos da extinta URSS, perdeu mais de 600 mil habitantes; quase 20%! É gente de menos

Ucrânia, maior país da Europa (excluindo a Rússia), (txcp: -0,62) 
1979
1989
2002
2011
49.754.642
51.706.742
48.457.102
45.778.554
 Ainda na antiga União Soviética, a população aumentou para depois, já independente, cair quase 6 milhões! É gente de menos.

Das antigas repúblicas que compunham a Iugoslávia, a Sérvia (de 7,49 milhões em 2002 para 7,21 em 2011) a Croácia (4,44 mi em 2001 para 4,29 mi em 2011), as maiores e mais importantes viram sua população diminuir. Montenegro estagnou. Macedônia, Eslovenia e Bósnia-Herzegóvina tiveram ligeiro aumento.
Único país latino "do lado de lá" do rio Danúbio, a Romênia perdeu ~1,3 milhão em 18 anos; é gente de menos.
Isto tudo no lado menos 'glamuroso' da "península" asiática.

No lado rico, há a Alemanha, > PIB do continente, 4º > do mundo, motor (ao lado da França) da União Europeia não realiza um censo oficial desde 1987. Verdade! Também achei surpreendente e estranho. No começo de 2012 será realizado o recenseamento e muitos pensam: comprovar-se-á a tendência de queda na txcp e por conseguinte no total de habitantes. No último levantamento feito, foram contados 77,8 milhões de germânicos. As estimativas indicaram que até meados da última década a população aumentou exclusivamente em razão do fluxo de imigrantes.
(a Grécia teve ligeiro declínio segundo dados preliminares do censo 2011)

Países com crescimento acentuado na população apresentam, de forma genérica, problemas inerentes a este fato: ocupação desordenada do espaço urbano, migração em massa às cidades, sistema de saúde e transporte urbano precários, maior índice de criminalidade, falta de campanhas educativas de prevenção de gravidez e na raiz do problema: crescimento econômico inferior à txcp e com geração acentuada de desemprego. São nações da África e Ásia e outras espalhadas por América Latina e Oceania.
Do outro lado, países com txcp próximas de 0 ou ainda, menores que 0, terão problemas em um futuro não muito distante: previdência social e mercado de trabalho. Talvez não tenha tanta gente trasbalhando para pagar as pensões e aposentadorias, sem falar no esvaziamento econômico que certamente causará.

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