quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

CARROS DO BRASIL - ANOS 50/60 Nº2

Reprodução, Fissore 1964
Continuando o assunto da postagem anterior sobre os automóveis fabricados pela indústria automobilística durante as décadas de 1950/60/70. O mercado ainda continuava restrito e o acesso aos veículos esbarrava em fatores como a recente industrialização, o nível de renda do brasileiro e as condições ruins de nossas estradas, dentre outros.
Reprodução, JK 2000 1961
Única fábrica não instalada no Estado de São Paulo, a Fábrica Nacional de Motores No Rio de Janeiro, produzia caminhões e o automóvel de passeio como era chamado à época, JK 2000.
Durante este decênio, o Fusca reinou absoluto: o mais barato - junto com o Gordini -, motor mais resistente fizeram dele o mais vendido. Depois, o Aero e Rural da Willys, Belcar (sedã DKW), Jeep, Chambord, Vemaguet... Mas todos bem atrás do besouro alemão.


DÉCADAS DE 1950/1960
Willys Overland
Grande rival da VW, dispunha da mais completa linha de produtos ofertados até então ao mercado consumidpor brasileiro. Ao longo de sua existência fabricou automóveis pequenos como o Dauphine, o Gordini, o Teimoso e o Renault 1093; grandes como o Aero Willys, o Itamaraty, todos "de passeio", esportivo Interlagos com 3 opções de motorização, perua Rural, picape Rural e um utilitário, como o Jeep. Comprada pela Ford no fim de 1967, produziu quase 500 mil veículos; marca não igualada por nenhuma outra comprada na virada dos anos 1960.

Jeep (1958-1983)
Chegou ao Brasil ainda na década de 1940, durante a II Guerra Mundial para uso no exército, como faziam os norte-americanos. No Brasil, conquistou uma classe média de pequenos comerciantes, seja no campo ou na cidade. "Pau para toda a obra", o veículo é hoje objeto de adoração pelos colecionadores de raridades automotivas. Vendeu cerca de 150 mil unidades em seus 27 anos ano de produção pela Willys e Ford.
Reprodução, Jeep Willys 1960

à esq:
Veículo de grande aceitação popular em um tempo que o Brasil começava a ter sua segunda industrialização, o utlitário andava muito bem nas estradas de terra. Fabricado de 1957 a 1968 pela Willys e deste ano até 1983 pela Ford, vendeu mais de 150 mil unidades. Em 1975 recebu o moderno motor 2300cc que equipava o Maverick.
Dispunha de assistência técnica em todo território nacional. 
Não era pode-se dizer que era um transporte exatamente confortável, mas seu apelo de vendas ia em direção contrária: forte, robusto, para o campo e cidade, que passava por onde nenhum outro poderia.
Reprodução, Jeep Willys 1967
à esq:
Era também fabricado em outras versões para atingir um público jovem que queria um carro estradeiro com certo charme para se andar nas ruas de São Paulo e outras cidades. Praia ou campo, lá estava ele acompanhando um período de grande transformaçõa sócio-política e econômica.
Como dizia a origem do nome "general purpose" (em tradução livre do inglês "uso geral), era um veículo de multiuso.
Havia ainda uma versão 4 portas, de acabamento menos espartano, destinada ao uso comercial.


Aero Willys (1960-1971)
Foi o carro de maior sucesso de vendas da Willys, quase 100 mil unidades vendidas em seus 11 anos de produção. Inicialmente era uma cópia do Aero Ace americano, datado do começo dos anos 1950. Querendo dar uma imagem mais brasileira ao carro, os engenheiros projetaram o primeiro carro inteiramente concebido no Brasil: em 1962, como modelo 1963, era lançado o Aero Willys 2600. De linhas retas, vigente à época, tornou-se o carro da famíla média brasileira: era mais barato que o Chambord e o JK, concorrentes diretos.

Reprodução, Aero Willlys 1963
à esq:
Totalmente diferente do moldelo lançado em 1960, o carro teve seu lançamento no salão do automóvel em 1962. Mais moderno e confortável, o grande carro da Willys rapidamente ocuparia o segundo posto no ranking de  vendas no Brasil, atrás somente Fusca.



Reprodução, Aero Willys 1960 'saia-e-blusa
à esq: 
Aero ano 1960, "saia-e-blusa" (o carro em 2 cores). O veículo atendia às exigências de uma classe média de maior poder aquisitivo: ter em sua garagem um veículo tamanho família.

embaixo: um modelo 1968, já sob a batuta da Ford. Nota-se a diferença que salta aos olhos com relação ao modelo 1960. Neste ano de 68, as vendas caíram, mas o "pior" veio no ano seguinte: com o lançamento do Opala pela GM, o Aero viu suas vendas despencarem. Das linhas, saíram 99.621 Aero.
Reprodução, Aero Willys 1968 (fabricação Ford

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