segunda-feira, 15 de agosto de 2011

VIAGEM V

Remediar uma crise. Recorrer a redes que arrastam corpos ao longo de romarias
em busca de redenção; redes... Aprisionam? Recuperam?
Mesmo as sociais, de ritos de restos de mentira.
Carregar culpa por rotos anos de repetição infindável. Ruptura definitiva irrompeu no imenso rolo compressor que rasgo de lucidez lhe deu. Invadiu-se e conquistou o território porque sentia-se em desterro
Viciante.
Crise, caos, desgoverno. Rumo ao abismo e daqueles de que se enforcaram.
Ramos quebrados e secos, ensurdecem o martelo, o estribo e a bigorna.
Riscos e mais riscos durante a esfarrapada vida. Tentativa de tomar rumo.
Então, na crise, tudo
Reverberou no cérebro: os ratos que passaram por sua vida. Qual remédio? Veneno com prazo de validade marcado, dentro dele
Rapidez. Matou tudo aquilo, arrancou com as mãos raízes irremediáveis e as jogou na 
Rua, ao relento. Inspirou profundamente como um ato vindo das vísceras. Verteu o ranço para fora o 
Rancor ficou para trás, diante da nova vida. Estabeleceu a ele mesmo que não encotraria mais
Rival à altura que escalara. Sua rouquidão se derramava pelo ar, insistindo em se fazer ouvida. Grave, cada vez com mais esforço.
Rijeza no olhar. Quebrado o rastro de rotas ruas percorridas, na ribalta enganadora. As luzes apagar-se-ão.
E o ritmo frenético transcorrerá à revelia do que el quiser.
Virão outros à ribalta.
Passou, tudo isto passou. 
Revelou-se então o que havia embaixo das roupas: ele, nu em tudo, ruborizou-se ao olhar para trás e 
Retomar valores retos, cordatos, rotineiros à maioria.
Rutilante é o seu amor como um rugido de fera. Rústico e nada renitente.
Rogo a Deus, e rego todo dia o rústico amor. Em Roma havia gladiadores que poderiam viver ou morrer
sem serem amados, o polegar para baixo, a morte.
Escapara desta época porque ele estaria no Coliseu em uma luta
Renhida. Não há perderia, nem àquela época na qual... Fazia como os romanos.

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