segunda-feira, 8 de agosto de 2011

09 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - MOVEDIÇO

Vertical. Não se cansara ainda do longo dia de trabalho.
Podia ser que os pés e tornozelos reclamassem um pouco, ainda mais o direito. Torção anos atrás.
Matar um mastodonte de segunda a sexta lhe fazia um certo bem, de desprendimento em importar-se. Horas e horas.
Vertigem por trabalhar lá em cima. Como um corpo que cai acompanhado por olhar algum, não atrevia-se a recostar no parepeito. Poça.
Nos dias que a noite começa ganha do dia, subir lá. Vento. Vastidão.
Sempre que podia, ele ia. Fumar um cigarro com rapidez. Um só.
Café logo por cima e pronto ficava para reiniciar o que quer que fosse.
E o qualquer que fosse era tanto. Dinheiro para tudo isto, se não como compensar as horas?
De dormir sem relógio?
Pensou em viajar para algum lugar quando viessem as férias. "O sonho de outro dia. De outros e outros dias".
De veraneio? Para algum casstelo no extremo norte da Escócia? Quisera mesmo ir. Para valer
As longas conversas com o Felino, entre português e miados, havia comentado que pesquisara sobre o lugar.
Conversou longamente inerte a tudo o que fosse lá fora, confortável pelo dia. Nublado, friozinho. O ronronar. Sensação de paz.
Deitados, quase na varanda.
Terminado mais um dia. Daqueles uns...
Verteu uma lata de suco. Caminhava rápido para reencontrar, todo dia mesmo que fosse, seu permanente castelo, tão bem escolhido por ele que não poderia sequer imaginar morar em algum outro lugar.
Viagens por ali. Sem medo.
Territórios que não eram de ninguém podiam ser experimentados. Mesmo que movediço sejam.

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