terça-feira, 16 de agosto de 2011

RODEIO, UMA SAFADEZA DE MAU-CARATISMO

DIGNIDADE ANIMAL
Volto aqui no urbi-et-orbi para reafirmar meu asco pelas festas de rodeio que acontecem Brasil afora. É, de uns tempos para cá isto virou um coqueluche (viral!) nacional importada dos EUA. Importar coisas de países desenvolvidos não é nada raro aqui na ex-colônia portuguesa. Fazemos isto desde que nos descobriram lá no final do século XV. Primeiro a nos impingir modos, costumes e hábitos foram os lusos. Importamos muitas danças e pratos típicos de lá. Tirante o idioma, ora pois!
Depois veio a grande admiração pela França em meados do século XIX até a década de 1920. Expressões, roupas, e o estudo do idioma de Proust era obrigatório. A Inglaterra também influenciou as classes mais abastadas.
Aí, já nos 1930, a grande dominância veio dos EUA: cultural, econômica, no cinema, comida fast food, hábitos, admiração e muitos sentimentos outros. Isto persiste até hoje. Não que não possuamos cultura rica e diversificada; pelo contrário e a música é um bom exemplo de nossa - incipiente - independência sócio-cultural-econômica. 
O american way of life não me apraz em sua totalidade, apesar que nenhum modo de viver pode ser estabelecido por governo, mesmo os mais déspotas.
No meio deste bololô todo, veio um 'hábito' e um desejo incomensurável de imitá-los que são as festas de rodeio, ou festa de peão de boiadeiro.
Que nojo!
Mau-caratismo. Velhacaria e safadeza.
Imbecilidade ao levada ao extremo.
Corja de sádicos (o pior é que são licitamente aceitos).
Aqui não vou reiterar minha indignação com substantivos e/ou adjetivos/advérbios, tampouco usarei mais verbos que transmitam o que sinto desta gente toda. Fiz aí em cima.
Verborragia não ajuda em nada.
Então fica aqui o meu protesto a este bando faminto de piranhas por sangue e pela supremacia humana sobre o animal.
E sabe o que mais me enoja, porém não me surpreende, é o público que lá vai para ver o espetáculo de horror, de dor e de sadismo. Porque os outros idiotas que compõem esta amálgama com gosto de bílis são apenas idiotas tentando ganhar $. Os empresários estão um degrau acima na safadeza: têm bois, cavalos treinados e que lhes alegram porque rendem muitos reais (sempre o $).
Mas no topo da escada da safadeza rumo às trevas está o público. Ele se diverte vendo aquilo. E paga por isto! Ele adora ver a dominação humana, satisfazendo um desejo ancestral de submeter todos os seres viventes.
Eles acham lindo.
Eu acho desprezível (como diria o Patolino, lembram?).
Repito: safadeza, mal-caratismo. Nojo.
Se eu tivesse um pouco de poder, só um pouquinho, punha esta gente toda para ser montada, como eles fazem com os cavalos e touros.
Ah, e claro, um cinto para apertar os bagos.
Vamos ver quem corcoveia mais?

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