quarta-feira, 3 de outubro de 2012

52 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - ESCREVER PARA QUÊ?

Reprodução [sítio abaixo]

Diante de sua estante que vai do chão ao teto, tantos livros de todos os tamanhos - novos e velhos, com todos as ortografias do português do século passado, e também dvds, cds, atlas, pesos e alguns porta-retratos; cinzeiros e uma ou outra planta por ali. Tem também uma vidro trincado na última divisão, onde ele guarda revistas antigas e também apontamentos de anos atrás feitos em blocos todos com orelhas.
Sobre a mesa de madeira e metal, quatro pés bojudos que sustentam todo o peso do objeto, mais os computadores, telefones, papéis, canetas, lápis, um doce, as pastas... E os seus cotovelos muitas vezes. Sob ela, o chão branco fosco xadrezado e um cesto de lixo metalizado.
Uma imensidão de letras e palavras impressas que não se sabe onde caberia em uma coleção particular. Perde para aquele que ele possui em casa, no quarto dee estudo, novo e reformado há menos de um ano o qual oferece um bom refúgio às noites de insônia.

Mas para que tanta coisa escrita? E porque se escreve tanto assim? O homo sapiens sapiens dedicou e dedica tanto tempo para o ato. Para que? Para melhorar tudo nesta vida?
Ganhar montes de dinheiro deve ser um razoável motivo; e decerto não é o primeiro a impulsionar o escritor - amador ou profissional - a fazer de suas experiências reais ou imaginárias fatos conhecidos e discutido por pessoas de todo e qualquer "canto do redondo" planeta Terra.

"Porque escrever para se tornar rico não é. Leva-se o que quando estamos no ato solitário de escrever? Mesmo ainda que as pessoas não curtam ler tanto assim como eu gosto - claro, isto é só uma diferenciação e não uma qualidade -, é por demais cansativo ver tanto esforço ser incompreendido, ou o que é pior, e bem pior... É o esforço para nada. Poprque ler um livro não é como ver uma foto ou uma escultura, ouvir uma música, sair cantando pelo dia. Não, totalmente diferente".

Bem pouco tempo atrás, lutava ferozmente para incluir a tal leitura de livros no mesmo patamar de quando se ve uma foto e tudo o mais citado aí em cima por ele. Porque ver uma foto é na hora, instântaneo prazer; escutar uma música - igual! É de um imediatismo que deve invejar os hedonistas. Ler demanda tempo e atenção. Demanda experiência e desejos de ser mais experimentado pela vida. 

"Vivo me perguntando aqui editora, sem que ninguém saiba, evidente, 'escrever para quê mesmo'? Conhecimento? Reconhecimento? Fama? Holofotes? Tornar-se objeto de desejo sexual-intelectual? Não creio..."

Entre os projetos postos à mesa, o livro do amigo (?) veterinário sobre a amizade cães e gatos, tornou-se de dias para cá seu mais querido estudo. Desconfiado de tal ideia no começo, percebeu hoje pela manhã ao ver o conselheiro-mor e o príncipe herdeiro grudados como poucos são vistos por aí, atentou-se que dá parta ganhar.
Terminará de ler o manuscrito entregue em folhas soltas e numeradas à mão tão logo acabe a tarde de quarta-feira, lá pelas 21h... Porque, para escrever e ler o que foi escrito, o tempo conta pouco, pelo menos como o conhecemos, ele é café pequeno. 

http://www.ehow.com/how_4464906_write-book-28-days.html

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