domingo, 30 de setembro de 2012

VIAGEM LXXVII - ELETRICIDADE DOS HOMENS

Reprodução [sítio abaixo]
Existem períodos mais difíceis nesta vida e eles se alternam como o dia que segue a noite e a noite segue o dia em todo os lugares deste pequeno pedaço de terra onde vivemos.
E é possível ser feliz depois de crescidos, quando adultos? Porque à época de sermos crianças, tudo é mais simples de se resolver quando nos pomos a pensar como será e como seremos no futuro que parece distante aos 18 e anos-luz quando aos 30... 40 e então, nem pensamos mais; é uma realidade longe e invisível pensar nos 50 aos 16.
Porque complicações parecem que ribombam e ricocheteiam por onde quer quer estejamos e para quem quer que dirijamos as palavras, traduzida em sentimentos que sufocam, anseios que premem e tudo o mais que advém da adulta fase de se viver.

Qual é o sério problema em falar toda a verdade? Exposição ao rodículo? É esta a medida para que não falemos nada a ninguém? E se falarmos, já que alguns falam e muito. Que danação atroz e sem tamanho e sem-fim e sem-nada aquela que nos fechamos.
Reagimos ao que acontece - enquanto estivermos em reação, é bom! - porque assim que tornar-nos-emos melhores; não somente para os outros, mas pricipalm e fundamentalmente para nós mesmos.
E durante a fase de crescimento, impigiram-nos verdades psicóticas, certezas absolutas, o que para alguns quase não os afeta dias de hoje, enquanto que para o restante, é como os raios de uma tempestade de janeiro, prenunciando o fechamento do verão. Intensidade unida à força elétrica da descarga descarrega volts incendiários, mesmo que sob o imenso oceino de um ser, da alma de um ser em tormentas em meio à tempestades monçônicas que, como os períodos, vem e vão.

Começa-se cedo a entronização das tais certezas que padronizam o comportamento estético e regular - no sentido de médio - que muito de nós manifestamos durante boas décadas. Alimenta-se então a corrente das certezas psicóticas para que a descarga neste imenso corpo de água que os homo sapiens sapiens são erigidos. E tal corrente nos prega cada choque inequívoco para que nos mantenhamos ligados a ela - a corrente, feito choque de 100v.
Lá trás, quando se olha, vê-se o tempo perdido - porque ganhou-se outras coisas - pelo caminho com algumas certezas mais parecidas que eram com os choques nazistas do que parecido com a eletricidade dos homens dentro do cérebro. Sabem? Aquelas coisas de sinapses, neurônios que se ligam, explosões elétricas. Argumenta-se que não seríamos o que somos hoje caso não tivéssemos feitos as escolhas do passado. Sim, tal argumentação soa provável.

Porém, se não houvéssemos nos atidos ferreamente às correntes de antes, que soem ser imutáveis e serenas na imutabilidade, caminhos outros poderiam ter surgido e pensamentos plenos esclarecidos?
Romper a tal corrente pode reduzir muito o caminho da infelicidade, embora agora, possa ser tarde.

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