quinta-feira, 14 de junho de 2012

VIAGEM LVI - GIRANDO POR AQUI, POR ALI...

Reprodução

Por aqueles que foram minados e consumidos,
meus respeitos.
Por aqueles mortos e moribundos,
minha reza.
Por aqueles enganados e perdidos,
meu dia de sol.
Porque tudo o que basta para os homo sapiens sapiens neste mundo é o desrespeito, 
as dificuldades e o desmando do dinheiro. 
Que tudo consome sem repor um nada sequer.
Somente os corações rejeitados - aqueles que sofreram e aqueles ludibriados - podem entender à perfeição
este que longe de se auto-caracterizar um lamento, é a verdade.

Lá em Timbuctu - comendo grãos de areia -, 
em Punta Arenas - queimando a pele com o vento gelado do Sul -,
no coração verde da Amazônia brasileira - se afogando em chuvas torrenciais de verão, pingos que parecem
pequenas lâminas -,
e voando raso entre as ondas do Pacífico - salgando o mar de lágrimas escorridas -,
o ar é sempre o mesmo. 
Melhor que tentássemos nos encontrar em alguns destes pontos 
para mostrar que somos mais fortes.

Esta mudança que não levanta o nariz, tampouco se ensoberbece
de mim porque somos mais diferentes que iguais e necessários um ao outro; 
por isto a diferença, por isto a necessidade que urge em viajar sem fim em cada parte do seu corpo
e  - tentar - desvendar alguns de seus mistérios impenetráveis da mente.
(fico girando ao entorno de você, por aqui e por ali) 
Quando estou longe, meus pensamentos se fixam em você sabendo que quando chegar lá em Svaalbard, em Nukualofa... Ou em uma esquina de São Paulo seus olhinhos infantis negros se encheram de esperança e delícias.
Quero fazer morada nestes olhos e girar por todo este mundo com você.

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