segunda-feira, 18 de junho de 2012

SÃO PAULO, A RENDA

300 mil habitantes, renda per capita
Retomando a postagem anterior, escrevo desta vez acerca a renda no estado de São Paulo acrescentando alguns dados compilados de maneira a obedecer uma região geográfica. Fazer isto no escrito logo ali atrás tornar-se-ia tarefa inglória como as glórias entoadas muito timidamente (...) sabe se lá por quem pode.
Pelo fato de deter a maior população, 2x maior que Minas Gerais - o 2º -, a mais populosa região metropolitana do Brasil e maior malha urbana de cidades com mais de 300 mil habitantes no interior entre todas as UFs: são razões mais que pertinentes para destrinchar o assunto de maneira desprentesiosa.

Diferente de antes, não farei a comparação entre o município de maior renda com o de menor renda, porque a discrepância seria (e é) maior. Preferi então, elencar as urbes com mais de 300 mil em regiões geográficas: Grande São Paulo e Interior; mas em se tratando de São Paulo, fiz outras comparações, como verão a seguir.

São Paulo, estado, tem renda per capita de R$ 26.202, superior à nacional de 16.918.
São Paulo, município, tem renda per capita de R$ 35.272, superior à estadual.

A-] Região Metropolitana
1) ABCD

01º    São Bernardo do Campo 35.680
02º    Diadema 25.066
03º    Santo André 21.844
Considerações: Desta trinca (na 'clássica' falta o "C", de São Caetano do Sul) apenas São Bernardo tem nível elevado para os padrões paulistas; os outros se situam pouco abaixo da média estadual, ainda assim, bem acima da brasileira. Todos fortemente industrializados.

2) Metropolitana

01º    Osasco 43.994
02º    Guarulhos 24.994
Considerações: Segundo maior PIB municipal e superior a muitas capitais (em população também), Guarulhos não logra sucesso no quesito renda individual; Osasco tem uma das maiores entre os grandes de SP.

3) Outros da RM Grande São Paulo

01º    Mogi das Cruzes 20.552
02º    Mauá 15.750
03º    Itaquaquecetuba 07.964
04º    Carapicuíba 07.813
Considerações: o que se nota é o fato de que esta subdivisão apresentar os menores índices de renda (e de qualidade de vida como um todo) entre os grandes e também com níveis abaixo de alguns estados menos desenvolvidos do Brasil.

B-] Interior
1) Litoral e Vale do Paraíba

01º    Santos 54.055
02º    São José dos Campos 35.751
03º    São Vicente 08.762
Considerações: Santos é o município de maior renda entre os que têm mais de 300 mil habitantes, em razão do porto (mais movimentado do país) e por ser cidade turística, ao contrário de sua vizinha São Vicente, com renda pouco superior à metade da do Estado; a capital do Vale é fortemente industrializada, além de ser polo tecnológico.

2) Médio Tietê
01º    Jundiaí 47.396
02º    Campinas 29.732
03º    Piracicaba 26.031
04º    Sorocaba 24.272
Considerações: Destaque para Jundiaí, centro industrial com localização previlegiada entre duas regiões metropolitanas: São Paulo e de Campinas; esta tem o maior PIB do interior do Brasil (superior a grandes capitais como Recife, Goiânia e Belém), e agrega um polo educacional e tecnológico. Piracicaba (centro metalúrgico e sucroalcooleiro) e Sorocaba (indústria em geral e serviços) com valores ligeiramente inferiores à média estadual. Todos localizados na região mais desenvolvida do interior de SP e do Brasil.
3) Oeste e Norte
01º    Ribeirão Preto 26.084
02º    Bauru 18.906
03º    S. José do Rio Preto 18.776
04º    Franca 12.753
Considerações: região de intensa atividade agropecuária e em menor grau, no setor de comércio e serviços; o destaque fica por conta de Ribeirão Preto. Demais possuem valores bem abaixo da renda apurada em São Paulo (Franca alcança 65% da renda estadual).

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