segunda-feira, 19 de março de 2012

VIAGEM XLI - PARA ALGUNS POUCOS

Reprodução
Víveres para sobreviver devem 'ser', devem existir para todo e qualquer ser que habita
este planeta de 7 bilhões, de litorais recortados
de montanhas geladas
de ares desérticos
de inundações, de variações provocadas pelo homem;
de homens de paz e de homens de guerra.
Entorta-se o pepino porque os tais víveres não são em abundância para todos; 
não são de fato (para alguns nem deveriam ser)
Para uns bem mais - estes 'uns' são poucos - e para outros bem menos - estes outros são muitos.
Batendo-se uns com os outros cada um quer ter o seu naco que se julga detentor, 
por um motivo qualquer. A força entra como fator que determina; a temperança de cada um - para ela morrer é questão de bater a marreta de força até... Acabar.
(a falta de força joga você no limbo da vida, mais estarrecedor que a morte).

E os predicados para a temperança?
$, poder, autoridade, prepotência, esteticismo e caracteres duvidosos moldam bem a temperança: mais fácil quando se tem os tais predicados.
E aos que não valorizarem os citados,
Ah... A estes, coitados... Sobram os cumes gelados, inabitados, inóspitos de nossa alma que tanto anseia (ainda anseia?) ter uma pertença de proximidade.
Mas isto é para alguns tão-somente. Os predicados para alguns são mais predicados complexos, dominantes, matadores que acertam no alvo;
e os sujeitos do resto que sobra... Ficaram sem nenhum.
Na depressão do grande Pacífico, turvam-se a luz e os sentidos. É o abissal desconforto dos inadequados, das minorias, dos destituídos. E dos desvalidos.
Quem se importa com eles? 
(àqueles detentores da corrente do 'metal' tão em voga, a escuridão da dependência em enfrentar as vagas que norteiam o sistema, cai com precisão milimétrica: eles adoram concentrar poder, mais poder e mais poder ainda)
Quem então se importa? E deveriam se importar? Há tal merecimento?
Silêncio absoluto. Sabem quando a praia fica quieta antes da grande onda? 
Assim, deste jeito... Inabitada, quieta e sem poder correr..
Para alguns existem rotas variadas de fuga; para outros é só esperar e sublimar o limbo.

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