sexta-feira, 25 de junho de 2010

005 - DUÍLIO: DAS LUTAS INGLÓRIAS

"Um exemplo que eu sempre falo é o das filas de banco. Incrível, como parecem aumentar mesmo com toda a parafernália automatizada, informatizada e as quebradas que os bancos possuem para o auto atendimento. Outro dia ouvi que era pronto atendimento o que me lembrou de pronto-socorro.
Tudo mentira. Sabem quais são mentiras as mais canalhas/absurdas: aquelas propagandas de banco que para mim se repetem. E aqui vou usar uma expressão que eu gosto muito: o mais do mesmo. Gente linda que nem parece que fica na lida, que trabalha, sempre sorridente, bem vestida, com carrão, roupas bacanas e acima de tudo com muito $. Claro né?
Porque todos - os bancos - afirmam que o que importa mesmo é o cliente?
Huahuahuahuahuahuahua. Papagaiada das maiores estas. Eles até podem enganar a todos, ou a quase todos o tempo todo mas a mim... Nem fodendo... Ops, nem ferrando.
Outro dia fui ao banco com o Simão, o da viagem, porque eu estava sem fazer nada mesmo e ele me afirmou, reafirmou, reiterou e ratificou que seria tudo muito rápido.
Huahuahuahuahuahuahua. Foi demorada para cacete.
Argumentaram para  gente que é dia 10, do pagamento, que existem os velhinhos e que dois funcionários faltaram, um por doença e o outro pela morte da avó. Deve ser a quinta que ele mata.
Redarguimos (esta é foda!) que se é assim todo dia 10, e é assim e 'e vocês sabendo disto realoquem funcionários'.
Reclamamos por várias vezes. Ligamos para a ouvidoria (este órgão também merece a gargalhada de ironia porque "eu vou o dar o meu desprezo para você que me ensinou" sobre as coisas do banco) na frente de todo mundo.
O Simão está esperando até hoje o retorno".
Aquele dia, depois 2h30 dentro do inferno e tendo saído ambos já quase noite naquele fim de tarde escuro de inverno paramos no primeiro bar que passamos. Acho que não foram nem 50 metros do infernal banco. O lugar era meio seboso de um estilo sem estilo mas depois de tanto estresses para a glória da luta inglória beberam 2 doses de conhaque cada um. E não pensem que foi de marca boa não. Tá bom: foi das medianas.
E Simão concordou que a luta por um melhor atendimento em banco é perda de tempo. "Verdade Duílio. É uma luta inglória".
Saindo do bar a garoa bateu no rosto deles, um de barba feita o outro de dias.
"E a viagem? Você está resolvendo. Te falei: seu prazo está terminando".
Da resposta que não veio, Duílio emendou com a ideia de passarem no amigo da Vila Monumento.

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