quarta-feira, 15 de maio de 2013

VIAGEM CXVIII - "NIMBUS", NIMBO

Reprodução [sítio abaixo]
Nefasto nome este que ele resolveu chamar de "meu"...
Nome, uma vez ele viu o que seria a inicial do nome em uma nuvem nimbus, por incrível mesmo que pareça. Naquela manhã de vento, de sol, de silêncio, o nome parecia inscrito no céu azul.

Depois, refeito daquele jeito, enumerou razões para parar com tudo aquilo: enxergar o nome daquele "meu" nas coisas mais diversas pelo mundo em seu dia a dia.
Vem então o breu, que danação sem tamanho: noite, lua nova, nuvens, nada é visto.

E ele ali, perdido no meio da escuridão depois do dia de sol e do nome na nuvem, indo para a direita, para a esquerda, em círculos, dois passos, volta... Três passos, volta. Mas teve um momento que ele foi e no meio do breu que se fazia, ele andou para sair dali.
Saiu e chegou mesmo cansado. Por que? 

Esfregou os olhos e o breu se desvanecia agora, naquele instante.
Virou-se e viu que o que ganhava dele, ele não poderia escolher: números de dinheiros variados.
Numerário vultoso e o nome ele quase esquecera. Porém estavam associados e a separação tornar-se-ia vã e inglória, tudo pela ganância do "meu" e amor dele.

Ele prostrou-se e chorou sem parar durante horas.
Depois, cansado e de vermelhos olhos, levantou-se e foi. Agora já era dia de novo e a nuvem nimbo quedou-se passageira e fugaz.

http://www.flickr.com/photos/john-brink-photographer/6977348100/

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