quarta-feira, 1 de maio de 2013

VIAGEM CXVII - FAIXA DE PEDESTRE DERRETIDA

Reprodução [sítio abaixo]
Dirigindo na cidade que parece não ter fim àquele feriado de trabalhador maneta, perneta e outros "etas", as avenidas e ruas quedavam-se mais tranquilas sem o costumeiro trânsito carregado de milhões de veículos poluentes que contribuem para o ar ficar apenas regular em algumas regiões da urbe paulistana. Acordara cedo, vezo comum em dias como este, e alimentara-se até agora apenas de uma grande barra de chocolate ao leite com avelãs picadas dentro: um de seus preferidos. O semi-novo sedã de velho, para variar, recendia a cacau e açúcar. 

"Melhor que o cheiro de muito humano por aí. Os perfumados em demasia são então os piores!".

Sinais de trânsito demorados mas não irritantes: tudo porque é feriado. Motoqueiros irritantes e folgados acelerando prestes a ultrapassarem a faixa de segurança estavam ele não sabia onde. Lembrou de ontem à noite quando parou na faixa de pedestres meio derratida pelo calor do asfalto parecendo um quadro de Dali ao ver um casal de avançada idade tentando atravessar.

"Melhor assim também. Para eles, claro! Porque para mim, é um grupo eleito quase toda semana para eu realizar meu trabalho. Eles praticamente pedem que eu o faça. No cruzamento da avenida Lins de Vasconcelos com a praça Santa Margarida Maria eu vi isto acontecer; mês passado. Naõ tive dúvida, anotei a placa e o telefone do imbecil infeliz uniformizado de entregas a domicílio e, com calma, voltei para casa, entrei na página de busca do órgão que emplaca estas porras de veículos e descobri tudo. O filho da puta mora até que perto de mim. Só fiquei com 'dó' por que ele devia para o banco. Mas melhor agora, porque o banco nunca mais vai receber; que se foda o banco. 

Catei-o saindo do 'trampo', lá pelas 19h. Segui, forcei uma briga, desci do carro, entrei de novo e ele me seguindo. Direcionei-nos a um lugar meio ermo, com construção de reparos em uma via. Pronto. Joguei tudo lá embaixo: ele e a moto, não sem antes acertar um direto na boca. Quebrei os dentes da frente. Tonto, ele ainda perguntava "porque?" e eu, sem responder nada, peguei o cone de sinalização e enfiei goela abaixo, e tirava: fiz 3 vezes o 'experimento'. Para completar, pulei no peito dele com força; ele arfava. Aí eu disse: "Por que seu motoqueiro do inferno? Aprende a respeitar a faixa de pedestres! Que pena! Você não vai aprender mais nada.'. Peguei o capacete e bati forte no genital. Por fim, dei-lhe uma na cabeça. Morreu. Foi aí que joguei na vala".

Voltou para casa perto da hora do almoço e antes de almoçar a feiojoada congelada posta no micro-ondas, desceu à garagem, arrumou-a toda e prestou seu depoimento em frente à camera já posicionada. Não o fizera ontem, então, para que se lembrasse de tudo com detalhes inolvidáveis, esclareceu mais um trabalho bem realizado.
"Todos são bem realizados. Este foi apenas mais um", foi sua última frase antes de comer um prato de peão.

http://sfappeal.com/2012/02/woman-critically-injured-in-mission-street-hit-and-run/

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