quarta-feira, 11 de julho de 2012

VIAGEM LX - BOM SENSO

Reprodução, 'Juízo Final' - Michelangelo
Valores equivocados.
Dar valor a valores do senso comum?
Erro, um grande erro.
Mas porque?
Porque o senso comum nem sempre é um bom senso, apenas por isto.
Sim, o mundo está inundado destes valores.
Até mesmo por aqueles que se dizem avessos a estes valores.
Mentira? Só pode ser.

Reproduz-se com perfeição grega clássica o modus operandi da sociedade,
e os valores se perpetuam.
Por algum dia, que ele não sabe quando - se daqui a pouco ou daqui muito tempo -, 
virará tal página,
pela simples razão de viver um tanto melhor, 
sem cobranças e pensamentos de esquisitices
que só um reprodutor de valores do bom senso apresenta.
'Dentro de cada um deve haver mais'. 
Tenta se asseverar para tranpor este rio de largas corredeiras
do bom senso tão 'simpático e abrangente'.
Vive-se mais ou melhor quando cada um de nós encontrar, na miríade de esquisitices, 
o senso comum individual e instransferíveil.

Possível?
Claramente como o sol que nasce ali por detrás a leste de seu ser.
Voga então que há uma supressão do indivíduo pela coletividade
Nada comum dentro do tal senso comum.
Luta. Guerra sem bandeiras brancas, tampouco armistício vigiado.
Da vigília que ele vive várias horas, o que ele vê é o massacre.
Dele e dos outros não 'adequados'. Porque a guerra é suja.
'É mais: ela engana, distrai e apunhala. Fácil como extinguir uma espécie'.
(e extinguimos com maestria, para que não deixemos dúvidas quanto à nossa capacidade)

Para findar tal guerra, far-se-ia necessário um abandono.
Dos tais valores, porque só assim poderá se chancelar à felicidade.
(pelo menos é o que deixa transparecer quando, em meio a milhões, vê-se entranhando na trincheira da guerra com armas à mão, e cansado sonha com dias de mansidão e desprezo pelo que vive nos dias de hoje) 
No julgamento diário (e último de cada vez) contra a dominância, 
que se renova e se perpetua sem-fim,
ele vê o veredicto como forma de redenção deste senso nada bom.

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