sábado, 28 de maio de 2011

042 - RASANTE NA REPRESA

Acordar cedo era um vício que de muito tempo vinha. Gostava deste ar, da luminosidade de neônio do sol despertando a leste. Dormira sozinho como há muito acontecia. Sem novidades como dizia o amigo policial militar dentro do uniforme todo orgulhoso de si.
"Hoje as ruas amanheceram molhdas da chiva fina da madrugada; agora, um fina garoa - feitiço vindo da Serra do Mar - cobre a cidade. Nuvens carregadas que não se vê o firmamento azul celeste transparecendo uma aura de bucolismo. O frio gela meus pés.
De onde achei tanta isnperação para escrever o que está aí cima? Porque este não fui eu.
Será que porque sonhei com o Simão, de alguma formaq, isto me influenciou? Vindo pelo sonho? Estranho pra cacete. Lembro uma vez que vi um filme de vampiro em que este entrava no sonhos das pessoas que se tornavam pelsadelos. Dos piores, pelo previa o roteiro.
É que tão frio que parece um outono na Romênia... risos.
Acordei gritando desesperadamente como se ele fosse me atacar e nada me restava a não ser pôr a voz para fora expressando oo meu medo; atávico deve ter sido na hora. E por falar nestes medos... Na semana que passou sonhei que rente a água, uma imensa quantidade de água que se perdia pelo horizonte, iríamos todos morrer. Não havia jeito. Ondas - vagas como se diz em Portugal - de repente apareceram e inundaram tudo restanto para a gente que estava comigo uma área que parecia um píer. E a água logo ali, no alcande de um esticar de braços me provocando este atavismo. Tudo estava represado e sabíamos que não duraríamos muito tempo.
Gene, vindo de quando? Será meus ancestrais cro-magnon ou aquele tijolo queixudo brutamontes do neanderthal? Porque este atavismo de água aos montes... Deve havar uma coisa que explique. 
Vou ligar para o Simão; é cedo mas vou acordá-lo assim mesmo".
Caixa postal. Deixou recado de voz.
Levantou e os pés desnudos no chão eriçaram a perna cabeluda. Nunca achava os chinelos nesta hora.

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