sexta-feira, 17 de abril de 2015

VIAGEM CCXXXII - UM PONTO DE PARAGEM

Reprodução [endereço abaixo]
"Veio a aragem, tempos depois, com ela, veio o outro,
vindo de longe, de uma amostragem que ele nem
imaginava
e lhe quedava a esperar tão-somente, esperar...

(aquela aragem, leve, foi um prenúncio da vinda da vida)
ele não sabia deste tempo "de depois"

e a barragem que edificara ao redor para proteção, 

quase entornando tamanho líquido acumulado de amor,
se segurava até não sabe quanto
(até ele não sabe quando o quanto vai chegar)

Vieram antes as ferramentas da vida
('como fazer a vida funcionar sem estas tais ferramentas?', perguntava-se)
aquelas que de mecânicas que são, necessárias são,
mas as ferragens pesam na caminhada
para chegar até...

até aquele ponto que em somente parar 
se faz resolver, resolução em definitiva
igual à mão do atirador, que paira no ar
firme e de rigidez tamanha:

como do cabo do revólver à mira que se anseia,

da gana que às vezes engana a mente
fazendo truque, troça, tramas enrodilhadas
perdera-se na quilometragem andada

e de olhos de uma vidragem já antiga,
ele sentiu então o vento,
a mornidão da paz,
e naquela paragem, encontrou-se,

ainda que perdido, placidez o envolveu,
em meio ao suor do andar absoluto,
junto ao corpo a esperar...
- fora resgatado."


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