sexta-feira, 11 de abril de 2014

VIAGEM CLXXXII - A LEI E UM CAFÉ LOGO CEDO

Reprodução [endereço abaixo]
A lei, a melhor, aquela da felicidade com você que supriria as tristezas - que tentássemos juntos e que às vezes um faria sozinho pelo outro.
Uma obrigação cumprida de felicidade - ao menos que a mentira não existisse ao seu lado...

Porque mentir é sempre um começo de tristeza não sabida que, quando descoberta, é ainda maior que qualquer fossa oceânica. Pensando bem, fossa é um conceito bem apropriado para as mentiras sinceras que nunca, nunca, me interessaram - sejam as esmigalhadas ou aquelas de contêiner de docas, cheirando a peixe podre.

Lei de estar ao seu lado e de fazer café forte antes mesmo do sol nascer para você trabalhar disposto; beijar sua boca com aquele gosto de leve amargo antes de fechar a porta e eu voltar a dormir na cama quente envolto aos edredons sentindo seu calor (porque quando levantamos, cuido para cobrir a cama para mantê-la aquecida). Voltando a me deitar, por mais uma hora no máximo, sou presentado com um sonho bom - aquele sonho que traz paz e trespassa minha mente e coração.

Esta é minha felicidade.
De poder fazer algumas coisas para você: levantar cedo mesmo não precisando, levar seu café no quarto quando ainda está se vestindo...
De receber seu sorriso escancarado de volta.
De ouvir me chamar de "cabeçudo" pelas minhas teimosias ibéricas; de dizer que me ama deste jeito.
Quando você liga dizendo que vai me pegar, mesmo que a distância em São Paulo seja sempre um fator de contratempos.
De você mandar mensagem irritadiço com o trânsito porque foi me pegar. E finalizar "To chegando, meu primeiro".

Lei de felicidade obrigatória é mentira e existe como crer que os homens vivem em paz pelos rincões do planeta. Que a vida é sempre açucarada. Não é nada disto.
E que você me fala verdades e eu acredito; só pode ser felicidade. 

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