terça-feira, 22 de abril de 2014

01 - CADERNOS DO ESCRITOR - NASCIMENTO

(Esta é uma nova série, uma nova tentativa, de iniciar outro processo de escrever - uma retomada. Diferente que misturará realidade e ficção, talvez em proporções iguais, talvez não...Quando estiver na dúvida, carregarei na ficção)

Nasci em 1965. Portanto, mais para os 70 do que para os 50; explicando: a década de 1960 foi a mais foda do século passado, principalmente em sua última metade, porque a primeira foi um tanto parecida com a década de 1950 que de inovador mesmo, ali na dura, foi o nascimento do rock e do rei Elvis. Depois de 1965 nasceram tantos conceitos, libertariamente, movimentos de autoafirmação.

Poderia me chamar psicodelia, flower power, black is beautiful, Stonewall, women lib, make love not war e tantos outros slogans representativos de movimentos que aconteceram de 1965 em diante.

Mas pode ser Jim, Jimmy ou qualquer outro; pode ser guitarra e/ou teclado que escalam os batentes das portas como aqueles acordes de Manzarek. Cores lisérgicas que vieram com os anos 1960. Nasci bem no meio, como eu disse. Não que seja uma vantagem tampouco desvantagem, mas que é histórico, ah, isto é.

Bem, eu sou histórico sem dúvida, aos 48 anos, mais do que qualquer ditadura no Brasil, mais do que qualquer periodo democrático ao longo deste século. Quase metade de um século - o que ja configura em ser chamado de tio por aí, ou ainda, coroa - quando adjetivado de "tesudo", confesso, fica bem mais sonoro. 

Pode me chamar pelo nome de vietecongue, ou de Biafra, ou de reformas de base. Não, eu não sou comunista - não gosto de ditaduras à esquerda e tenho asco aquelas alinhadas à direita.Gosto mesmo é de poder decidir o que eu quero e posso fazer e isto já é bastante difícil de resolver e de sair do marasmo que me encontro em determinadas fases de 1965 para cá. Complicado ser congruente; e ser incongruente pode até me tirar o sono.

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