sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VIAGEM CLXVII - UM MUNDO DE MAGROS

Reprodução [endereço abaixo]
De ruindade. Daquelas ruindades amargas, mais fortes que chocolate com 80% de cacau, preto, pronunciado e que quebra obturação das antigas.
Magro como um varapau afiado no coração - feito vampiro morto com estaca perto da hora do sol nascer em alguma montanha dos Cárpatos, na Transilvânia; magro como eram os filmes B da Hammer inglesa.

Macérrimo de coração, macérrimo para beijar e de coloração esverdeada tamanha era a aversão pela luz do dia, que ilumina, irradia e derrete as mais rotundas barras. Mas não para ele, magro de amar, magro de se permitir e descrente do outro. 

Acumulara mesmo, ao longo dos anos, muito $ e muita comida em sua pança já em formação adiantada para ele com idade de 35 anos. Com andar suarento e pesaroso, vivia à mercê dos minutos de ganhos fabulosos formidáveis de uma grande franquia de hambúrguer imitado do feito caso - que dera certo mais de 10 anos. Carne gorda, de primeira e temperada a gosto variado.

Ele magro de sentimento. Já passara da bulimia afetiva para a anorexia de afeto, porque qualquer que fosse um vislumbre contrário à magreza, jogava fora para permanecer um somali seco, árido e empoeirado.

Para firmar o mundo da magreza em sua vida, eliminara pelos anos passados, todo o resto, porquanto recorda-se dele mesmo desde os 4-5 anos: magro, quase invisível, um peso pena - na escola. Ruindade pela magreza é com ele. E querem saber? Seriamente ele está pensando em palestrar sobre chocolate amargo e a ruindade de ser magro: amargor, amar dor, desamar cor.

Já matara seu amor com um punhal talhado em prata de lei: um suicídio magro. Claro que a matança foi tudo dentro da lei dos homens.
(não pesa nada sua magreza, leva com facilidade dia e noite fora)

http://www.babyzone.com/getting-pregnant/male-obesity-and-fertility_229669

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito de bom... parabens..