terça-feira, 9 de abril de 2013

VIAGEM CXIV - PARA OS PACIENTES? NADA!

Reprodução [sítio abaixo]
A paciência dele está no esgoto, começa a feder. Esgotara-se dos outros e dele por insistir em ser paciente com os outros, uma velha mania, ou hábito, ou cacoete, ou distúrbio... Ultimamente, caracterizar-se-ia como distúrbio (ser paciente)  porque não poderia ser possível crer e ser enganado uma vez, crer e ser engando duas vezes, crer se ser enganado... Em "N" vezes. Deveria mesmo ter estado doente àquele época. Hoje, ele não se caracteriza assim.
Bem, isto foi antes, bem antes. Muito antes que já perdera a noção de quanto tempo acontecera. Talvez uns 20 anos e desde então, tornara-se um ser melhor: nada paciente e impaciente apenas com quem era alvo. E nesta faixa, os pacientes eram os primeiros a serem capturados.
Tudo preparado para mais um da série "Depoimentos".

"Por que? Porque são burros e nunca aprendem! Os pacientes extremados têm que levar ferro mesmo, sem medo e sem dó. O único benefício é fazer o que tenho que realizar com rapidez, sem muita criatividade - o que é uma bênção para os tais pacientes.
Idiotas! A melhor definição para eles.
Muito estranho para mim as pessoas que não aprendem a perceber que as testam para que estes saibam até onde vai o limite da corda esticada da peciência. Pior ainda aqueles que sabem disto, apredenram que as pessoas mentem e inventam e ainda continuam a ser pacientes coms as tais. Por que é pior? Porque quem aprende e não pratica é de uma estupidez sem tamanho; parecem-se como portas burras que batem, batem e não aprendem. Deve ser um masoquismo aliado à 'bondade' incutida em suas cabeças. Bondade? Desconheço. Maldade? Desconheço. Apenas me regrei pelas lições de vida e executo meu trabalho. Então, pacientes humanos bonzinhos: cuidem-se, mesmo que não adiante muito.

Hã? Ah, claro que sim, claro que os pego também. Os que ficam testando - e são vis por fazerem - os pacientes vêm logo a seguir: e com eles o negócio todo muda, para mim, claro porque o fim de todos é o mesmo. mas com estes que testam sou, todas as vezes, lento e preciso; faço com vagar e deboche. precisam ver a cara de impacientes deles pedindo, quase no fim, para que eu acabe logo com a 'operação'. Eu não acabo não... Ainda mais se pedirem.
Se eu me divirto? Nunca encaro como uma diversão, menos ainda com os pacientes. Passa longe de ser uma ato divertido. Melhor dizer que é uma obrigação: gente estúpida a menos no mundo é um mundo menos idiota. 
Eles se merecem, o pessoal da paciência e o grupo dos que os testam, combinam durante toda a vida, interagem, se bastam. Mas aí, existe este aqui que fala mais uma vez diante da câmera para reafiormar que eles todos não tiveram, não têm, nem terão vez".

A bateria da câmera deu sinais que estava chegado ao fim, no osso. Ele resolve dar um tempo no depoimento feito com muita paciência e vagar e recarregar a outra bateria que jazia morta em uma das prateleiras da imensa garagem. Ele possuía 2 e pretendia comprar mais uma. Tinha o vezo de esquecer de carregá-las, o que gerava vontade de adquirir várias delas e, cada uma delas, ligar à tomada. Esquecia, mas paciente que tornara-se consigo, recarregar o quer que fosse fazia parte de seus planos.
Subindo as escadas que ligava a garagem à casa, murmura "bem feito!" para o grupo da vez: os constantemente pacientes com tudo e com os outros. Eles são cartas viradas deste jogo da paciência.

http://patience.softonic.com.br/

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