quinta-feira, 22 de setembro de 2016

58] CENÁRIO SP - LÁ PELOS LADOS DE SANTO AMARO

Agora que havia (re)descoberto a avenida Santo Amaro, o bairro do Brooklin ("por influência americana?"), Itaim Bibi ("por influência tupi-guarani?"), o Borba Gato ("sei lá qual influência na construção sessentista deste 'monumento'"?), a avenida João Dias e adjacências. E olhem estas são muitas, quilômetros e quilômetros. Se aqui não é Nova York, é São Paulo mesmo e a velha mania de nomear pedaços de terra que homenageiam terras distantes e... Ricas, por certo!

Bem, voltado a Santo Amaro, desde a Brigadeiro, e seus quase 8 mil metros, por estes dias mesmo ele aprendeu um caminho X que encurtava o trajeto de 50 minutos entre a Vila Mariana e o Brooklin ("Rsrsr", porque ria quase sempre pensando se no bairro nova-iorquino). 

E hoje, chegando ao local de seu novo trabalho - uma imponente construção datada dos anos 1990, portanto com já com a febre arquitetônica das vidraças azuladas - logo na entrada ao avistar um novo carro velho no estacionamento da firma, ele julgou horas atrás que poderia ser alguém oferecendo novos materiais. Verdade que deveria haver outros carros estacionados no pátio; e verdade também que ele acabou chegando mais quase meia hora mais cedo. 

E não que não era. Assim que ele passou pela porta giratória, já guardando os óculos escuros, ele para por uns segundos tentando identificar o que pareciam ser suspiros vindos da sala ao fundo do corredor principal. Tudo apagado e a porta semicerrada, o ar-condicionado no último grau tornou o ambiente gelado, em pleno verão paulistano de temperaturas fritar ovo em asfalto. Os pelos se arrepiaram se eriçando.

---- Acho que deixaram o ar ligado a noite toda.

Antes que pudesse ir pro fundo da sala de reunião, ele vê sobre a mesa o porteiro da noite em cima da faxineira: a bunda peluda indo e voltando é interrompida, bem como os tais gemidos há pouco indecifráveis. A cara de ambos é igual de uma criança que é descoberta olhando pelo buraco da fechadura a prima tomando banho.

---- Nossa, desculpa... 

Ambos tentam se recompor de tão atrapalhados que estão. Porém tem mais: tudo não acaba por aí. Sob a mesa de madeira maciça, embaixo mesmo, levanta-se o dono da empresa, nu, literalmente com o 'brinquedo' na mão, a camisa toda amarfanhada; e claro, a calças do terno 'o defunto era maior' arriada.

(continua...)

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