terça-feira, 6 de maio de 2014

VIAGEM CLXXXIV - DESMEDIDAS

Reprodução [endereço abaixo]
Urbanidade, aquisição ficante para toda a vida; urbanizou-se feito uma boca que sedenta beija com voracidade feroz a boca que tanto ama. Foi rápido e rasteiro.
Por estes dias, viagem a tantos lugares de dentro do Brasil e por aqui por perto da vizinhança um tanto atrasada de países sul-americanos. Adiantando-se o trabalho, voltou do Sul do continente para rápido desembarcar em Cumbica e seguir para casa.

O que mais deseja, depois de ansiar viajar sem medida, é desmedidamente voltar para sua casa e poder dormir em sua cama ainda sentindo a presença de quem faz pouco levantou-se para o árduo trabalho inferior financeiramente, o que traz à tona que nem mesmo isto pode separar o que já está unido desmedidamente.

Não importa o quão ganhe ou deixe de ganhar: acabam sempre ricos e livres e pornógrafos e amantes e mais ainda, amigos e amores um do outro.
Beijo desmedido.
Mão desmedida.
Respiração desmedida.
Toques incríveis desmedidos.
A gana é de abraçar e apertar a até quase sufocarem-se. 
Gozos desmedidos um para o outro.
Mostras desmedidas de amor.
E os beijos? Desmedidos!

E o cuidado, o respeito, a preocupação?
Um pelo o outro, o outro pelo um - este é o tipo de preocupação que tomou conta de ambos, vivendo em separados, mesmo que próximos. Pela manhã à noite.

Tudo desmedido tornou-se porque eles são de um tamanho imenso: grandes, descomplicados e leves.
O que é medido são as realidades de felicidade que se repetem - sem ser incessante -, apenas acontecem todos os dia que quase falecem amontoados um em cima do outro.

 http://www.biofilia.com/en/environmental-compliance/

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