terça-feira, 13 de maio de 2014

06 - CADERNOS DO ESCRITOR - O FRIO É PASSADO; O CALOR É AGORA

Calor e mais calor. Sempre foi, em geral em 8 meses do ano calor onde nasci, nas cidades onde morei e na cidade onde moro... Bem, aqui em São Paulo este número pode ser 7; talvez 6 em anos atípicos (e 2013 foi um destes). E o frio sempre foi um aliado poderoso para um corpo magro quase desprovido de atributos que mesmo as crianças notam e que os adolescentes vicejam a todo vapor: educação física - que era futebol - e o clube aos finas de semana e nas férias.

Gostava mesmo do frio, sentia-me bem e ficava todo feliz quando, pelas manhãs, ao falar, saía aquele vapor da boca, parecido com os filmes feitos no hemisfério norte. 
Os dias nublados de inverno: como eu os achava bonitos e atraentes, com aquela luminosidade diferenciada, os dias mais curtos, sem mencionar que a fome aumentava na mesmo proporção da queda de temperatura. 

Neve, queria morar em algum país que nevasse muito tempo no ano como o Canadá ou Noruega para desfrutar do conforto de usar muitas roupas, de poder se vestir melhor e toda aquela baboseira usual que eu proferia. Mais: eu julgava que quanto mais frio, mais gelado, mais civilizado tornar-se-ia um determinado lugar (hoje temperatura é um critério que está nos estertores de uma eventual lista)

Passado frio! Você é um equívoco se os termômetros caem abaixo dos 15°C! Vai te embora para as profundezas da Antártida!
Calor presente! Agora! Para sempre. Reflito e percebo que até mesmo um pouco de frio pode ser agradável, mas algo que fique ali por volta dos 18°C. Porque hoje usar muita roupa é um desconforto só.

Calor vale agora, vale pela minha vida. A alegria de ver corpos quase desnudos passeando pelas vias terrestres é o critério mais usado, sentir o suor, beber água. Sem mais.

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