terça-feira, 5 de novembro de 2013

VIAGEM CLI - O VALENTE

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Valente, valoroso.
Este era o homem, uns 35-40 anos. Nem tão jovem que tivesse perdido a vontade de mudar. Nem tão velho para desconhecer as armadilhas que os outros homens fazem ao longo da vida.
Desde lá, muito tempo atrás: mudanças e armadilhas
"Mas quando é que estas armadilhas vingaram?", perguntava incessantemente a um interlocutor imaginário.
 Qualquer que fosse, o que importava é não haver ruído na conexão emissor-receptor, como os teóricos (e tétricos?) da comunicação inventaram lá pelos anos 1920, 1930... Ou que o ruído fosse bem baixo, de preferência grave por que de agudos já basta a pouca valentia. Agudiza-se a coragem até quase acabar, se assim for.

E basta também de poucos valorosos homens que existem nesta vida.
Este era o homem, formado em grau superior. Nem tão inteligente que pudesse se ensoberbecer e pelo conhecimento adquirido. Nem tão ignaro que pudesse ser logrado facilmente.
Robusto, o que mais tinha é seu desprendimento em matérias de coisas materiais, tão ricamente vívida em muitos dos seres humanos.
Valente, demais de valente. Até mesmo quando no meio da madrugada acordava de um daqueles sonhos sonhados como pesadelos: de querer correr para sobreviver e sobrevir o perigo imobilizando suas pernas.
Que, digamos, se parece com a maioria das pernas dos homens, seja daqui de São Paulo, ou de Timbuctu, ou ainda de Rovaniemi: com pelos, bem postadas, pouco arqueadas, tudo na medida. Destas vezes, acorda sobressaltado, ofegante e em sudorese plena no corpo todo. Empapando-se.

Mas enfrenta com valentia: levanta, acende a luz e bebe água. Aliás, à agua junta-se o movimento de andar e de pisar o chão frio, o que aclaravam a realidade em detrimento ao sonho sonhado em pesadelo.
Valoroso. Tem valor, como poucos podem afirmar, porque poucos possuem tal valor de homem. De carácter, com caracteres intrínsecos de lealdade, vibrante força e meritória estética mental.
Quem o procura?
--- Eu não sei quem me procura. Bem que quero saber.
Se ele quer saber, muito vai importar a valentia e o valor. Que não dependem da aprovação de outros, porque indelével mesmo é a própria aprovação prévia, preto no branco que ele mesmo auto impingiu. 

http://oddstuffmagazine.com/a-brave-man-that-photographs-danger-volcano.html

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