quarta-feira, 23 de outubro de 2013

VIAGEM CXLV - HOMENAGEM AO REI

Reprodução [endereço abaixo]
Uma homenagem ao homem ao posto de rei, 
posto que é o grande imperador de si mesmo.
Minguado com a lua minguando em uma noite de inverno, 
ele se despia, porque o rei devia sempre estar nu diante daquele amor.

Qual amor era? Inteligência? Terra? Energia?
Violava os preceitos reais tentando ser feliz, 
fazendo uma homenagem a si próprio, 
uma humanização que lhe deixava hóspede de moradias impróprias.

Por que impróprias? Porque hóspede?
Imprópria porque ele se fazia único na gana de seguir o que sentia,
hóspede porque acabava por obter guarida em corações cansados,
fechados, e o dele, desabrido feito céu de inverno, fazia manietar-se

ao pé da cama, chorando baixinho. 
Corações de amargura do fel dado a Jesus Cristo
(quanto à coroa, ele dispensou os espinhos; 
seria de uma megalomania ariana)

Homogeneamente, desistira de entregar os pontos, 
mesmo quando as amarras ao pé da cama umedecessem
de sangue vertido de seus pulsos.
Em laboratório improvisado, a hemoscopia sempre dava fator RH positivo,

O, doando-se (doar à dor?), ao seu cargo de rei, 
de grande império, de territórios vastos, de um oceano a outro... 
De armas de alta tecnologia, de um poder de fogo
para derrubar qualquer que passasse.

Que era um cargo, o seu cargo de rei que lhe bastava suportar o peso,
o fardo de nunca conquistar o território mais inóspito, mais árido,
mais desabitado que há:
"Seu coração, dentro deste corpo que eu tanto amo,
a sua mente, dentro desta cabeça que pensa e não me convida para participar".

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