sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

VIAGEM XXXIII - DANTE E DELEITES

Reprodução
Divisões,
dobraduras e desencanto.
Desancar, de repente, o febril
dramalhão deseperado de todos nós.
(dá-se jeito para tanto?)
dúvida? Deixe para depois
porque não há tempo.
demência? Deixe para a hora, bem devagar
dano? aos montes são deixados
doce? só no tempo de criança
deleites? são para os outros
dilema? palavra dos antigos gregos que,
diletantemente, inventaram com prazer dionisíaco e 
duradouro até o fim disto tudo. 
Este dirigível de ideias 
parece estar à deriva em
domínios muito distantes daqui (minhas conexões cerebrais)

Devaneios ditam as regras dos dementes
que de tão doentes, dividem-se em muitos;
domar os seres deste oceano de neurônios, fazer um mar interno igual dentro de mim,
desmanchando dogmas e paradigmas.
Um mar interno bem ao gosto dos
duúnviros que comandam você e a mim; aos outros comandam também,
mas não me importa;
dois dentro de cada mente estabelecendo os
dutos de meu sentimentos que não são apenas os dos epidídimos.
Dante bem escreveu sobre o inferno, ele pode ser o daqui 
de dentro de mim; no 
dorso as marcas dantescas deixadas por tudo o passou.
Disseram: drene toda dor para algo que traga delícias.
delícias? só para os tempos de menino; os 
dígitos de agora são de adulto e 
dão trabalho para uns e para outros, não para todos.
Nudez castigada diante daquilo tudo que vi: repreendi a vocês todos e recordo 
de pedir, querer, rogar, outras palavras mais doces.
doces? só para os tempos da infância.
disfarces? para todos os tempos desde que Dante desenhou em sua mente o 'divino' mundo sem riso (desde antes, muito antes...).

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