sábado, 15 de março de 2014

VIAGEM CLXXVII - SÓ AS PODREIRAS DOS SAPIENS

Reprodução [endereço abaixo]
"Ingratidão?
Truculência?
Inveja?
Amargor?
Canalhice?
Especismo?
Homofobia?
Racismo?
Ganância?
Vilania?
Soberba?
Sexismo?"
(ele recebeu a lista de um email desconhecido - tudo escrito na 1ª pessoa - nada usual)

"Quais destes vocês se encaixam? Porque, por certo, há de se encaixarem em alguns deles, ou mesmo em mais de um, em mais de dois e assim por diante.
Sequer carecemos de ajuda para sermos podres - nem da visita do diabo para perpetrarmos nossas características mais carcomidas.

Eu, como pequeno burguês de uma grande cidade de um grande país de um certo 3º mundo (?) situado aqui nos confins da Novo Mundo, todo colonizado para o bem e para o mal, pergunto a nós - os convivas para as festas pobres e ricas que se empreendem por aí - qual é o mais caro, o mais comum, a sua marca impregnada na pele? 
Aguardo manifestações.

Porque os burgueses grandes e os pequenos, que se espalharam por esta terra que já foi de bandeirantes a alargar o território do Brasil em tempos que já se foram séculos atrás, espremem-se e disputam qual é o mais podre de todos os sentimentos humanos.

Tenho para mim que a ingratidão grassa pelo mundo e de tão querida e praticada por todas as classes sociais tornou-se lugar-comum nos corações dos viventes do século XXI. Verdade: ela é a podridão maior.
Desfavorecidos, medianos e os do topo - economicamente - se igualam em vários quesitos descritos acima, mesmo que não gostem de ser equiparados nas podreiras humanas. Mas somos sim, basicamente, todos iguais.

Claro, há o afeto, o amor. Fico com estes; as nossas podreiras humanas deveriam sucumbir quando defrontadas com eles do período anterior. E diante da luta atroz, que adiante trará um cansaço hercúleo, prefiro ainda crer que o amor, o afeto - e a gratidão - se salvam e devem salvar a vocês e a mim. 
Qual certeza disto? 
Alguma certeza é melhor do que nenhuma".

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