domingo, 17 de outubro de 2010

BICHOS DO BRASIL

ESPECIAIS BICHOS
Reprodução, onça-pintada
Deixando os personagens da nada usual série um pouco de lado, quero aqui escrever sobre os bichos do Brasil, aqueles que a gente conhece (mal, acrescento) desde criança, mas que poucos viram cara a cara. E alguns dos que viram, os viram em zoos. Que é outro 'órgão' inventado pelo ser humano meio às avessas do bem; claro que em alguns casos em que a mão do homem foi lá e matou, arrancou o couro, mutilou e judiou, a opção pelo confinamento pode ser a única chance para não serem aniquilados em sua sua forma mais vil.

Voltando aos bichos do Brasil de norte a sul e de leste a oeste, passando pelo imenso centro.
Reprodução, lobo-guará
O lobo-guará é um possível campeão na minha preferência. Alto, pernas longas, esguio, a língua a pender tão caninamente característica e a triste história: claro, o homem chegou e começou a matar, e agora as fronteiras agrícolas no Cerrado estão empurrando o lobo-guará cada vez mais não sei para onde. Chega aos 30 kg.

Tem a onça-pintada (panthera onca), 3º maior felino do mundo, + de 90 quilos; e em alguns espécimes o peso chega a 130 kg. Há registros de machos que pesaram 160. Não tem para ninguém: senhor absoluto em terra, consegue matar jacaré e jiboia (o páreo é duro!) porque é um felino que se dá muito bem dentro d'água, ao contrário da maioria. Sem falar que o bicho é de uma beleza incrível e muito astuto. É o grande predador do continente.

Reprodução, anta
E a anta - erroneamente associada à burrice - é um herbívoro meio pré-histórico. É bonito também e aparentado lá trás com o elefante. Pode pesar mais de 250 kg e é o maior mamífero endêmico da América do Sul.
Tem o jacaré, a arara-azul, que parece estar se recuperando em seu habitat natural, e muitos outros; uma lista febril de animais que vagam por nosso território, como as espécies de serpentes recém-descobertas em ilhas do litoral de São Paulo À ema, magnífico bípede, sobram atrativos exóticos.

Reprodução, tamanduá-bandeira
Ia me esquecendo de um que acho simpático para cacete, o maior de todos de sua ordem: o tamanduá-bandeira. Peludo, com aquela língua viscosa e com suas garras curvas para trás; pesa ~40kg e tem 1,80 de comprimento. Recordo de ouvir lá no passado a expressão "abraço de tamanduá", significando um "abraço de urso". O bicho é quase inofensivo e tem uma beleza idiossincrática.

Aqui mesmo na maior cidade do Brasil, uma das maiores do mundo e a 19ª mais rica - São Paulo - existem lugarem que já foram relatados em que onças lá estiveram. Vejam que coisa: cerca de 11 milhões espremidos e onças a vagar.

A Amazônia é o bioma que concentra o maior números de primatas de todo o planeta. Tem de todos os tamanhos, cores, hábitos.

E tem o boto-cor-de-rosa (tucuxi, em língua tupi) nadando pelos rios - lamacentos e escuros sazonalmente - no qual o sentido da visão é menos desenvolvido com relação aos seus parentes marinhos. Para quê afinal? Ele tem o sonar (comum à família) e uma característica no pescoço que o difere do "primo" golfinho: as vértebras são menos "juntas" o que possibilita a ele virar com facilidade por entre os meandros de árvores alagadas quase até as copas durante as cheias. O boto faz manobras de dentro da água como um contorcionista. Vira quase 180º para ambos os lados!
Escrever sobre a fauna e respectivos representantes do seis biomas brasileiros tornar-se-iam tarefa para especialista, o que não sou. Sou tão-somente um super admirador destes bichos.Incrível que, com este modo de pensar de colonizados que fomos pelos lusos, ingleses e depois pelos americanos, deixamos de lado os nossos daqui para admirar, saber mais, sobre bichos mais distantes.

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