domingo, 21 de março de 2010

MEGACIDADES: RICOS 5 X 18 POBRES


10 MILHÕES ACIMA: FORMIGUEIROS
O processo de urbanização no planeta Terra – tão maltratado pelos terráqueos – recrudesceu muito neste último século de grandes descobertas tecnológicas na área da medicina e na área bélica. Claro, nem poderia ser diferente: o homem sempre quer ganhar, mandar, esmagar, humilhar, explorar seus convivas de espaço nas vizinhanças.

Em razão destas melhoras tecnológicas, ainda que não disponível para todos, houve um ganho na expectativa de vida em vários países, Brasil incluso, um deslocamento em massa do campo para as cidades causando um intumescimento (inchaço) dos centros urbanos. Esta migração campo/cidade apresentou outras razões: desenvolvimento industrial primeiro, e agora de bens e serviços. E não podemos nos olvidar que muitos camponeses foram massacrados por ditadores de esquerda e de direita, além de coletivizações forçadas, latifúndio, expropriação, desastre naturais – alguns induzidos pelo homem –, enfim, os motivos para o aumento dos centros urbanos foram acentuados de 1950 para cá.
Os países mais pobres são ainda os que apresentam maior crescimento nas taxas de fertilidade, assim como na migração citada supra. Estamos chegando já a 50% da população estimada em 6,8 bilhões morando nas cidades; cifra que não é maior em razão de China e Índia serão os mais habitados, com 1,34 e 1,12 bilhão, possuírem ainda mais gente vivendo no campo. No Brasil, o índice de “urbanidade” já ultrapassou a casa dos 80%.
Analisando dados sobre as megacidades – que em meu critério significa aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes – vemos que até 1950, no mundo Ocidental, apenas a cidade de Nova York se aproximava da marca. Pode até ser que na China houvesse alguma perto da cifra também, mas as estatísticas disponíveis não são confiáveis.

Prestem atenção que neste seletíssimo rol de mega cidades pequena parte está entrincheirada no chamado mundo desenvolvido que é formado por Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Japão, mais Austrália e Nova Zelândia. A outra parte fincou chão no que se costumava chamar desde os anos 1960 de mundo subdesenvolvido; depois alcunharam para alguns destes o termo “em desenvolvimento”.
Na lista aparecem, do lado dos ricos, Nova York e Los Angeles nos Estados Unidos, Paris na França e já do outro lado do mundo da riqueza e da opulência, Tóquio no Japão e Seul na Coréia do Sul. Esta última é a caçula da lista: obteve vaga no clube burguês há pouco tempo. Cinco apenas! Alguém pode se recordar de Chicago que ficou de fora porque segundo o IBGE local, a cidade quase chega nos 10 milhões e de Londres que se situa em torno de 8 a 9.
Quanto ao lado pobre (tudo bem, há os que moram em favelas, os que moram em cortiços e os que moram em um apartamento de até dois dormitórios, como o Brasil) a lista é bitela. Começando por aqui temos São Paulo e Rio de Janeiro, mais Buenos Aires e Cidade do México. Lima e Bogotá sem demora adentrarão ao clube.
Vale ressaltar que Moscou (Rússia) poderia e em um passado próximo estar no primeiro time. Não é o caso agora devido a razões econômicas que a puseram no segundo time (sim, há uma diferença à capital russa), ainda que o ‘apartamento’ onde more seja mais cuidado. Istambul (Turquia) cresceu com vigor e caminha para se tornar a maior cidade europeia, mesmo que uma parte dela esteja situada na Ásia.
Na África temos Lagos (Nigéria) e o Cairo (Egito) com números que as permitiram recentemente figurar na lista.

E vem pesado agora, por fim, as megacidades na Ásia. Xangai, Pequim e as duas Guangzhou/Foshan na China, Nova Délhi, Mumbai (ex Bombaim) e Calcutá na Índia, Daca em Bangladesh, Jacarta na Indonésia, Karachi no Paquistão, e por fim Manila, na única nação católica e ponto mais “ocidental da América Latina”, nas Filipinas.
Para checar os números exatos passo links logo abaixo.
Eu até ia explicitá-los, mas aí pensei que o texto ficaria cheio deles o que o tornaria possivelmente um porre para ler. Para ciência de todos Tóquio e Yokohama formam a maior megalópole do mundo: mais de 35 milhões de habitantes
O placar ficou então em Ricos 5 x 18 Pobres.
(há estatísticas que colocam Osaca no Japão e Londres como megacidades)

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