quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CALOR

TUDO VOLTOU À ‘NORMALIDADE’
Agora é verdade. Finalmente o calor chegou aqui em São Paulo. Estava sendo uma primavera – que mais parecia outono – torrencialmente chuvosa. Desde ontem os termômetros subiram e devem seguir assim até as noites de março e os dias de abril.
Reitero: já não era sem tempo!
A sensação de frio incomoda e torna alguns lugares frios. Por exemplo, onde moro durante estes longos meses de inverno ‘siberiano’, a área comum do prédio é um frízer natural. E dentro de casa o ar gelado alcança todos os cômodos.
Sendo verdade que o calor em São Paulo judia em seus dias de pico também é verossímil afirmar que a capital é mesmo a terceira mais fria do Brasil. Curitiba a primeira, claro. Situada a mais de 900 metros de altitude ali perto da Serra Geral e do Mar apresenta temperaturas que no inverno chegam a menos de 0°C. Porto Alegre, a segunda, se encontra já em terras que são consideradas de clima subtropical. Alguns geógrafos dizem temperado também por estar localizada no paralelo 30° O.
Chegamos então a São Paulo onde as noites de abril prenunciam o inverno que virá e onde o verão bate alto de janeiro a março.
Verdade que o calor aqui pode judiar e ouço direto de meus amigos paulistanos dizerem que a metrópole combina mais com o inverno. Quanta à judiação impingida aos 11 milhões digo que eu (e outros milhões talvez) considero certo exagero. Vejam bem: escrevi o advérbio certo porque pela pouca cobertura vegetal que a cidade tem, o asfalto e o concreto parecem sufocar. Quanto ao substantivo exagero: para quem foi criado no interior – grande parte em Piracicaba – considero o calor daqui ‘menos’.
Para quem cresceu no verão piracicabano em que dias seguidos marcando mais de 35° C são tidos como absolutamente previsíveis, o calor paulistano é mesmo um alento.
Há um senso comum lá em Pira para dizer se a noite foi de intenso calor quando se fala que “ontem eu vi as árvores. Todas as folhas quietinhas. Imóveis. Nenhum vento”
Fui forjado no calor. Houve uma mudança, tenho quer confessar. Antes eu não gostava do verão e preferia toda vida o inverno. Chegava maio... Eu e gostava.
Hoje o frio chega a me irritar tamanho desconforto que causa às terminações nervosas pelo corpo todo. Tem também aquele monte de roupa obrigatório. Acordar cedo. Entrar no banho. Sair do banho. Dormir de meia (esta é a pior).
E se chove junto? Foi o que aconteceu neste inverno. Desde 2000 os índices pluviométricos aqui na Grande São Paulo não batiam recordes. Uma das razões para que o frio tenha persistido até o fim de outubro.
Sinto frio. E não gosto.
São Paulo combina com todas as estações. No verão combina mais ainda.
Passa frio!
Voltamos à ‘normalidade’.

Nenhum comentário: