sábado, 12 de março de 2016

45] CENÁRIO SP - CADA UM TEM O SEU INTERIOR

Arquivo pessoal - Vista da passarela do Terminal Bandeira
Uma cidade como esta, que ele resolvera viver até o fim dos dias, podia deixar alguns desavisados sem o aviso prévio da força, dos desmedidos limites e do tamanho exteriorizados que acompanhavam o interior de cada um dos habitantes da grande, da imensa metrópole do hemisfério sul. 
---- Uma cidade como esta é única!

Encarapitados no COPAN enquanto dormem, ou encarapitados no Edifício Itália enquanto trabalham, ou nos sobrados do Cambuci, ou ainda nas mansões do Jardim Europa... Nas casas térreas de Paraisópolis e Heliópolis, às margens da Guarapiranga e por todos outros.
São milhões, não é correto?

E cada um tem a sua idiossincrasia crescida e moldada ao longo da vida.
---- Quem tem? Todos que vivemos aqui em São Paulo. Pode ter vindo de longe, do outro lado do mundo e também poder ter vindo do interior, do Médio Tietê (de Piracicaba), aqui tão perto... 
Das dimensões paulistanas o que ele mais gostava era poder caminhar e examinar as construções de variados formatos e de variadas décadas. 

Vários desvarios cometeram-se pela mancha urbana paulistana. E não é de pouco tempo atrás não, como alguns podem pensar: acontecem perdições e achados . A Desvairada Pauliceia abrigou (e abriga) as mentes (algumas destas mentem descaradamente - como em qualquer outro lugar do vasto mundo) que mexem com o dia a dia da cidade. Mexem com o que cada um pode trocar com o outro.

E ele era um destes insanos, incorrigível andante pelas sinuosidades idiossincráticas da urbe alfa do Brasil. E então, ao olhar e observar todos sem distinção, em geral quando ia/voltava do trabalho, podia imaginar os interiores contidos que se desabriam à cidade.
---- Mesmo! É assim mesmo! Mentira tacanha dizer que por aqui não se trocam as experiências sobre os desejos e anseios. Sobre o cada um tem em seu interior. A verdade é que isto ocorre sem parar.

Olhando para fora de si, para a cidade de São Paulo, parecia que a "chave pensante" ligava-se no automático (absolutamente!) e vertia abrindo o seu interior para o exterior dos milhões da cidade. 
---- São tantos! Não me canso de observar, de tentar saber, de participar. De entrincheirar-se nos caminhos a serem percorridos.

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