sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

VIAGEM CLVII - ESTIMATIVAS

Reprodução [endereço abaixo]

Público muito respeitável.
Estimado amor, estimada vida e congêneres.
Estimativas feitas por mim lá trás não se concretizaram. Estimei tanto amor que teria sido sufocado pelo vazio que se seguia à época.
Centímetros, litros e sei lá mais o quê... Perdi-me em tais números.
Evitei então, depois, estimar qualquer coisa que fosse. Apenas desejando boa convivência e boa aparência de mente e espírito.
Anos, meses e dias. Janeiros, dezembros. E a agosto com gosto de melhora.
Trabalhava e ia para casa. Todos os tempos que podia imaginar.
Tranquilo com sombra de verão de um dia tórrido... Embaixo de galhadas verdes.
Aí, como um fato não estimado, de longe de mim, inimaginável, surpreendi-me com tanto afeto vindo.
E vinha de alguém que antes nem notava minha presença e o imenso amor devotado.
Estimei então contas imaginárias para me recolher sem dar confiança para este amor...
Não confiei.
E não confio até agora.
Combinar amor com sexo fraco, com certa soberba não é bom, mesmo que as juras de pé-do-ouvido sejam sussurradas ao pé da cama, aos meus pés.
Estimadíssimo público, mais estimada vida:
Terá que ser esforço inestimado para me convencer.
Respeitosamente, eu sou mais minha carne hoje. 

http://restoration1.ca/estimates/

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