quarta-feira, 9 de setembro de 2009

CHUVAS DE SETEMBRO

ASFALTO CONTRA ÁGUA
São Paulo, a minha metrópole amada e maltratada por alguns, sofreu ontem com as águas que caíram do céu durante o dia todo. Eram 9h e o dia vira noite... Ou melhor, para ser mais realista, parecia que o relógio marcava 18h e tanto. O céu se pintou de um gris que há um tempo eu não via.
Claro que então ocorreram transtornos para os paulistanos e afins e outro: o trânsito piorou e a marginal do Tietê transbordou após alguns anos sem acontecer tal fato (e quem ainda aumentar a cobertura asfáltica da pista...). Para quem vê as matérias sobre os engarrafamentos (esta palavra está um tanto em desuso não é?) e as inundações ocorridas pensa que a cidade queda-se toda debaixo de muitas moléculas de H2O. Bem, em parte – pequena – pode ser de fato. Quilômetros e mais quilômetros de vias entupidas... Mas ora, a cidade tem aproximadamente 5 milhões de veículos automotores emplacados/registrados. Para uma cidade com 11 milhões a média é preocupante aos engenheiros de trânsito (e a muitos) e ostenta índice de nação desenvolvida
Retornando às águas afirmo aqui que o desenvolvimento da década de 1950 até os dias de hoje do Brasil e especialmente do Estado de são Paulo se deu em muito pela indústria automotiva: a República de Santa Cruz figura entre os maiores produtores mundiais. Então... Desmatam, asfaltam, produzem cada vez mais veículos e quando chove mais do que o “esperado” pelo homem e seus cálculos pluviométricos culpam São Pedro.
Parece de um cinismo atroz!
Solução mesmo só a médio prazo e incluo a expansão do metrô como uma resposta ao grave problema. Nossa malha metroviária alcança 62 quilômetros, o que é pouco. A verdadeira capital econômica do país precisa que este número se multiplicasse por três.
Isto a médio prazo. Enquanto não acontece tal ampliação as autoridades governamentais e os oposicionistas com olhos na eleição de 2010 culpam as águas de setembro que fecham o inverno ao contrário das de março... Estas sim nada travestidas de promessas de vida nos corações dos habitantes aqui deste pedaço de chão.

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