terça-feira, 26 de junho de 2018

VIAGEM CCCXXXVI - MARTES E ANTARES

Foto de arq. pes./Ed. Altino Arantes, Centro SP
em lares ou em bares?

mares, quiçá? 


Como o tonitroante Tritão e seu tridente, comandando as marés?


antes de matares a tríade formada por nós e pelo amor


primeiro o vazio, rotundo, 


redondo e revolto a entranhar e


a consumir a periférica saúde deste cérebro


coalhado de baciadas de tristezas...


restringia-se às noites mal dormidas...


ruminava, ruminava e por vezes desejava estar feito féretro dentro de um rabecão.


em escassos momentos de sussurros de sono,


imaginou onde estaria


em quais bares a comemorar?


em quais mares a sobrevoar?


atlânticos, índicos, porém serão pacíficos?


em glaciares da Groenlândia?


quebrando a robustez de pedra de gelo que sobrara em sua mãos


em quais terra perseverar a procurar?


no ramerrame de Rangum? 


em costumeiros porres homéricos de blue Curaçao.


onde mais procurar?


em tragédias como Treblinka, onde toda a gente foi trocada por nada?


Em bilhares do Baixo Augusta?


Encaçapando bolas aleatórias pela São Paulo de Piratininga?


cansaço irreparável ele sentiu depois de tudo...


pela rede, desistiu de achar, 


procrastinou para não parar de procurar


mas tanto cansou em uma hora, que se estabacou ao chão permeando


em meandros de insondáveis Minotauro, em miríades de  


rastros irremovíveis, rumores de rouquidão e a prostração geral


primeiro, como vetores anti Marte e ante Antares, desabriu pelo céu


caindo em uma briga que parecera Mercúrio em frenesi de calores,


e enfim, derreteu-se...

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