quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

62] CENÁRIO SP - OS PERSONAGENS

Arquivo pessoal, Vila Olímpia/São Paulo
Personagens caricatos, personas reais, performances mil, pirações em todos os lugares.
São tantos os que por aqui andam pela cidade, pela metrópole-alfa do hemisfério sul deste planeta fadado a... Sabe-se lá o quê.

Gente da noite que só vive depois das 18h. Danças, ritmos, composições de roupas aleatórias, inversões. Drogados adictos, drogados sociais, performáticos, homens e mulheres dos 15 aos... Impossível saber.

Gente que levanta às 4h para trabalhar e conseguir vier um pouco.
Pessoas que passeiam pela vida, desfrutando de rendimentos, rendas, explorações a afins.
Pessoas que deram - e dão - duro pela vida e ganham muito dinheiro.

Aqueles que vêm de longe, dos extremos da zona leste pelos rápidos porém espremidos trens e que lutam dia após dia - são incansáveis. A Leste é uma das caras paulistanas.
Outros que vêm da zona sul, quase no Oceano Atlântico: ar puríssimo, temperatura menor e de muito longe; lá onde tem onça-pintada, monos-carvoeiros, tribos e a natureza escancarada.

Todos andam por São Paulo.
Na grande avenida financeira, nos seus 2,5 km de extensão, ziguezagueiam engravatados, mulheres de tailler, executivas, boys, secretárias, bancários, skatistas, donas de casa, neo-hippies. Todos ao mesmo tempo no mesmo lugar naquela que é a avenida mais rica e mais poderosa - cheia de fausto - do país.

Em cantinas e restaurantes, em cadeias de fast-food, bares escuros e claros, pizzarias aos montes por aqui há que se comer bem independente do preço cobrado, do serviço prestado: vale a companhia de mais um, de mais vários, vale apenas a sua companhia; seja qual hora for: uma feijoada ou pizza às 3h da madrugada se encontra.

Os negros europeizados, os brancos africanizados, orientais com jeito de brasileiro, nordestinos já paulistanos, quatrocentões bandeirantes; europeus e asiáticos vindos do Mediterrâneo, africanos de língua portuguesa e também de fala inglesa e francesa; e o que escrever sobre os dialetos ouvidos pela avenida São João? 

Todos se amalgamam neste chão fazendo da mancha urbana paulistana uma miríade de gente incomum e rara, mas ao mesmo tempo que pode ser igual a você. Nem melhor, nem pior, mas parecido e diferenciado.

Aqui os estereótipos aparecem e povoam a cidade, só que os personagens vão além e rompem com estes tais clichês. Mulheres e homens vão além do que lhes foi "imputado; bem como heteros e homos fazem a disfunção do "socialmente aceito e pré-determinado.

Personagens autênticos dentro do que eles querem e desejam. 

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