Arquivo pessoal - Prefeitura de São Paulo |
casas, prédios, gigantes edifícios,
a mancha de urbanidade adensada
gente, muita gente, mais de 12 milhões
indo e voltando, parando e continuando
centro, norte, sul, oeste e leste
se cruzam, se medem, se fincam em divisas,
ele mesmo vai e volta para o seu "castelo"
(ora, e não é assim aqui em São Paulo: onde se mora é o seu castelo)
mas sem conotação de inatingível
o que é intangível é conhecer os milhões que aqui habitam
e ele, sedento de gente, tenta ao máximo alargar os números
pelo metrô que cavoca o subterrâneo
pelas faixas onde ciclistas rodam
pelos cafés a imaginar um café em dupla
(ou em trio, porque assim quer mais vezes experimentar)
em uma fria manhã de julho
em conexão wi-fi em algum lugar, sempre pedida,
aplicativos "convenientemente" tresloucados
e exageradamente baixados
para quê?
para ver a gente da metrópole
para poder travar conhecimento
para poder tratar de sua vida tão ocupada com ele mesmo
porque aqui há tantos e ele não quer,
não deve e não pode se trancafiar no alto de seu castelo
encarapitar-se por lá e ver o mundo de cima
ele quer o mundo que cabe na desproporcional
cidade mundial olhando-o de frente
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