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A vagar pelas águas azuis ou verdes dos imensos mares - de oceanos - das regiões tropicais e subtropicais do redondo planeta (que dizem ter, por aí, quatro cantos), subindo e descendo tudo na vertical, adquirindo um formato interplanetário, quiçá mesmo de outra galáxia a milhões de anos-luz.
Milhões? Anos-luz? Só mesmo se fôssemos, todos, habitar algum planeta em Andrômeda, porque este parece não estar dando conta de tantos seres a disputar o mesmo pequeno espaço, na terra, no ar e na água.
Moleza? Urticante? Sem cérebro aparente?
E a boca? Por onde entra tanto zoo-plâncton?
Vagando por águas mais quentes, como um jato morno de mar perto do Equador e ao norte e ao sul deste. Jatos e mais jatos.
Um celenterado célere, supersônico pelas águas do Atlântico que é o mais importante dentre todos os oceanos que dominam a Terra; celebração do azul-celeste de tantos moles seres, como aquele imenso celenterado que de tão descabeçado - como lhes disse, não há um cérebro celenterado - chega à superfície sem saber que milhões desejam, podem e vão comê-los.
Com a medusa - não aquela das terríveis cobras peçonhentas no couro cabeludo, aquela do olhar penetrante e pétreo -, caravelas-do-mar, hidras, águas-vivas e todos do tal ramo cnidário de tão antigos, simplesmente vivem até agora; sem nada de tão inventivo ao longo de sua evolução: permanecem os mesmo desde antes dos lagartões jurássicos tão dominadores que acabaram-se findando.
De tentáculos desmazelados venenosos adquirem o sustento no mais absoluto silêncio; eu queria ser um destes que em silêncio, causam ardor, febre, queimadura mesmo ninguém dando nada por mim. Só para comprovar o que eles não sabem que, de tão pacífico, eu posso matar quem eu quiser (porque cérebro anda contando pouco e porque... Precisa mesmo de cérebro nestes tempos...?).
Celenterado não se sela sem cérebro, no celeste mar, celeremente como um celerado nada solene.
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