Arquivo pessoal - Piracicaba/SP |
batem 2, batem um ao outro e recostados...
eles se pilham em eletricidade pelo outro
o leite talha, azeda, esquecido à mesa
o namorado ralha, com o esquecimento,
mas se tolhe quando o outro se desculpa
se rasgam as malhas, vestes únicas, se molham
então, o brilhar daquela manhã se acerta
na trilha de amar...
todas as tralhas assolhadas ficarão,
ajoelhadas para amealhar atenção...
ele gargalha e farfalha pela respiração
e, então, ofega...
para a batalha ele se debulha
em lágrimas que se empalham
de engasgar, secas pela barba...
entulhos? aqueles separados para o lixo;
fagulhas? somente centelhas de frenesis;
mobilhas? só os de madeira maciça, resistentes;
humilha você a quem lhe ama?
retalhos se espalham em mim, em você;
molhados de amor um ao outro
agasalhos são falhos em corpos desnudos...
porque o mergulho em nós nos cala...
o amor se espelha,
se espalha
em calhas retas e duras...
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