81 MUNICÍPIOS COM MAIS DE 300 MIL
Acho que em todo lugar do mundo as capitais de suas respectivas unidade político-administrativas sejam quais forem “cooptam” a mídia e atenção tensa dos habitantes destes seus lugares e de outras plagas (esta é meio antiga...). É assim na maioria dos lugares: seja na China, do Tibete a Xangai; na Austrália do deserto ao ‘satélite’ Tasmânia; na África do Sul do Cabo ao Limpopo; em Omã de território arenoso; do ‘inabitado’ Épiro ao Colosso de Rodes na Grécia; do retângulo português do Minho ao Algarve; do enclave báltico Kalinigrado ao extremo leste lá Vladivostok na imensa Rússia esparramada. Podemos citar ainda a Argentina, o Gabão, a Espanha, a Itália, o Japão e tantos outros: México, Sérvia, Marrocos, Romênia, Fiji e, evidente, a populosa Índia.
E aqui na RFB (República Federativa do Brasil) não poderia ser diferente. O grande exemplo que foge à regra (não 100%) é os Estados Unidos e em menor escala o seu enorme vizinho, o Canadá. Verdade, senão vamos dar uma olhada nos EUA. Nova York não é capital do estado de mesmo nome; Los Angeles não é capital do ‘país’ Califórnia, Chicago não é a capital de Illinois e, catatônicos todos vós fiquem, Miami não é a capital da Flórida (pela ordem: Albany, Sacramento, Springfield e Tallahassee).
Retomando sobre a RFB. Nos 26 Estados do Brasil, apenas em dois a capital política não é o maior centro urbano/comercial/industrial: Santa Catarina onde Joinville supera a capital Florianópolis e no Espírito Santo onde Vitória é o 4º maior município depois de Vila Velha, Serra e Cariacica. Excetuei o Distrito Federal por razões conhecidas.
Mas nos outros 24 a padrão é seguido à risca.
E como escrevi no começo, estas capitais recebem – para o bem e para o mal e merecedoras ou não – as luzes de modo geral da mídia, do empresariado e do Governo.
E o imenso interior do país-continente? Cidades pequenas apresentado atraso tecnológico, bastiões do conservadorismo, despreparadas e atrasadas culturalmente?
Que nada! Estes fatores estão se distanciando.
Mais uma vez, recorro ao site IBGE (um pouco confuso) para relatar alguns dados de estimativa de população e os números dos PIBs municipais.
Como já escrevi, o Brasil tem, segundo as estimativas de 2009, 81 municípios com mais de 300 mil habitantes. Uma cifra bastante razoável, porém mal distribuída, como também veremos. Então para arrematar o artigo anterior, vamos destrinchar (não à exaustão, claro), dentre estes 81, os 28 que se situam no interior do país. É... Aquelas que para muitos das capitais não passam de lugares povoados de caipiras.
Campinas, por exemplo, a “capital” do Interior do Brasil tem mais de 1 milhão de habitantes o que a torna maior que nada menos 14 capitais estaduais (São Luís e Campo Grande, só para citar duas), sendo a terceira do Estado de São Paulo.
Pela ordem, os 15 maiores:
01- Campinas (SP) 1.064.669
02- Uberlândia (MG) 634.345
03- S. José dos Campos (SP) 615.871
04- Feira de Santana (BA) 591.707
05- Sorocaba (SP) 584.313
06- Ribeirão Preto (SP) 563.107
07- Juiz de Fora (MG) 526.706
08- Londrina (PR) 510.707
09- Joinville (SC) 497.331
10- Campos (RJ) 434.008
11- S. José do Rio Preto (SP) 419.632
12- Santos (SP) 417.098
13- Caxias do Sul (RS) 410.166
14- Campina Grande (PB) 383.764
15- Piracicaba (SP) 368.843
A distribuição pelo país destas cidades segue consoante muitos outros aspectos, a liderança de São Paulo, encabeçando a lista com 12 delas em seu território (mais Bauru, Jundiaí, São Vicente, Franca e Guarujá). O Paraná, vice, com quatro (mais Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa) é o único Estado em que as quatro posições logo após a capital se encontram no Interior; Minas Gerais emplaca três (mais Montes Claros). Bahia (mais Vitória da Conquista), Rio de Janeiro (mais Petrópolis) e Rio Grande do Sul (mais Pelotas) com dois cada um. Fecham a lista Santa Catarina, Paraíba (a ‘estrela é Campina Grande, capital do Sertão Nordestino) e Goiás (Anápolis).
Um rápido olhar permite que constatemos que os Estados menos populosos e/ou que apresentem macrocefalia (situação em que a capital política supera em muito qualquer outro município do Estado) estão fora da lista. É o caso do Amazonas onde Manaus, com mais de 1,7 milhão, detém quase 50% da população total e Parintins, a segunda colocada não chega a 120 mil; assim também o ocorre como Ceará, Mato Grosso do Sul, Roraima e Piauí dentre outros. Para se ter uma idéia, no caso do Piauí, a segunda maior cidade do Estado, Parnaíba, tem 146 mil habitantes e Teresina, a capital, 805 mil. Na terra de Ceci e Peri o exemplo fica mais gritante. Fortaleza, com mais de 2,5 milhões não tem rivais: Juazeiro do Norte, a maior do Interior, 250 mil.
Estes adensamentos de gente homo sapiens pelo Brasil promovem uma descentralização suave da dinâmica industrial – em específico – e da agricultura brasileiras. E podemos afirmar que muitos destes do rol também mostram um desenvolvimento tecnológico acelerado e acresça-se que alguns até formaram pólos dinamizadores espalhando sua influência por municípios vizinhos. Rememorando que Campinas é o melhor exemplo, porém não único claro: Anápolis, Londrina, Campina Grande, Feira de Santana, São José dos Campos podem ser citados.
No próximo vou escrever sobre os PIBs destes municípios “caipiras”.
Acho que em todo lugar do mundo as capitais de suas respectivas unidade político-administrativas sejam quais forem “cooptam” a mídia e atenção tensa dos habitantes destes seus lugares e de outras plagas (esta é meio antiga...). É assim na maioria dos lugares: seja na China, do Tibete a Xangai; na Austrália do deserto ao ‘satélite’ Tasmânia; na África do Sul do Cabo ao Limpopo; em Omã de território arenoso; do ‘inabitado’ Épiro ao Colosso de Rodes na Grécia; do retângulo português do Minho ao Algarve; do enclave báltico Kalinigrado ao extremo leste lá Vladivostok na imensa Rússia esparramada. Podemos citar ainda a Argentina, o Gabão, a Espanha, a Itália, o Japão e tantos outros: México, Sérvia, Marrocos, Romênia, Fiji e, evidente, a populosa Índia.
E aqui na RFB (República Federativa do Brasil) não poderia ser diferente. O grande exemplo que foge à regra (não 100%) é os Estados Unidos e em menor escala o seu enorme vizinho, o Canadá. Verdade, senão vamos dar uma olhada nos EUA. Nova York não é capital do estado de mesmo nome; Los Angeles não é capital do ‘país’ Califórnia, Chicago não é a capital de Illinois e, catatônicos todos vós fiquem, Miami não é a capital da Flórida (pela ordem: Albany, Sacramento, Springfield e Tallahassee).
Retomando sobre a RFB. Nos 26 Estados do Brasil, apenas em dois a capital política não é o maior centro urbano/comercial/industrial: Santa Catarina onde Joinville supera a capital Florianópolis e no Espírito Santo onde Vitória é o 4º maior município depois de Vila Velha, Serra e Cariacica. Excetuei o Distrito Federal por razões conhecidas.
Mas nos outros 24 a padrão é seguido à risca.
E como escrevi no começo, estas capitais recebem – para o bem e para o mal e merecedoras ou não – as luzes de modo geral da mídia, do empresariado e do Governo.
E o imenso interior do país-continente? Cidades pequenas apresentado atraso tecnológico, bastiões do conservadorismo, despreparadas e atrasadas culturalmente?
Que nada! Estes fatores estão se distanciando.
Mais uma vez, recorro ao site IBGE (um pouco confuso) para relatar alguns dados de estimativa de população e os números dos PIBs municipais.
Como já escrevi, o Brasil tem, segundo as estimativas de 2009, 81 municípios com mais de 300 mil habitantes. Uma cifra bastante razoável, porém mal distribuída, como também veremos. Então para arrematar o artigo anterior, vamos destrinchar (não à exaustão, claro), dentre estes 81, os 28 que se situam no interior do país. É... Aquelas que para muitos das capitais não passam de lugares povoados de caipiras.
Campinas, por exemplo, a “capital” do Interior do Brasil tem mais de 1 milhão de habitantes o que a torna maior que nada menos 14 capitais estaduais (São Luís e Campo Grande, só para citar duas), sendo a terceira do Estado de São Paulo.
Pela ordem, os 15 maiores:
01- Campinas (SP) 1.064.669
02- Uberlândia (MG) 634.345
03- S. José dos Campos (SP) 615.871
04- Feira de Santana (BA) 591.707
05- Sorocaba (SP) 584.313
06- Ribeirão Preto (SP) 563.107
07- Juiz de Fora (MG) 526.706
08- Londrina (PR) 510.707
09- Joinville (SC) 497.331
10- Campos (RJ) 434.008
11- S. José do Rio Preto (SP) 419.632
12- Santos (SP) 417.098
13- Caxias do Sul (RS) 410.166
14- Campina Grande (PB) 383.764
15- Piracicaba (SP) 368.843
A distribuição pelo país destas cidades segue consoante muitos outros aspectos, a liderança de São Paulo, encabeçando a lista com 12 delas em seu território (mais Bauru, Jundiaí, São Vicente, Franca e Guarujá). O Paraná, vice, com quatro (mais Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa) é o único Estado em que as quatro posições logo após a capital se encontram no Interior; Minas Gerais emplaca três (mais Montes Claros). Bahia (mais Vitória da Conquista), Rio de Janeiro (mais Petrópolis) e Rio Grande do Sul (mais Pelotas) com dois cada um. Fecham a lista Santa Catarina, Paraíba (a ‘estrela é Campina Grande, capital do Sertão Nordestino) e Goiás (Anápolis).
Um rápido olhar permite que constatemos que os Estados menos populosos e/ou que apresentem macrocefalia (situação em que a capital política supera em muito qualquer outro município do Estado) estão fora da lista. É o caso do Amazonas onde Manaus, com mais de 1,7 milhão, detém quase 50% da população total e Parintins, a segunda colocada não chega a 120 mil; assim também o ocorre como Ceará, Mato Grosso do Sul, Roraima e Piauí dentre outros. Para se ter uma idéia, no caso do Piauí, a segunda maior cidade do Estado, Parnaíba, tem 146 mil habitantes e Teresina, a capital, 805 mil. Na terra de Ceci e Peri o exemplo fica mais gritante. Fortaleza, com mais de 2,5 milhões não tem rivais: Juazeiro do Norte, a maior do Interior, 250 mil.
Estes adensamentos de gente homo sapiens pelo Brasil promovem uma descentralização suave da dinâmica industrial – em específico – e da agricultura brasileiras. E podemos afirmar que muitos destes do rol também mostram um desenvolvimento tecnológico acelerado e acresça-se que alguns até formaram pólos dinamizadores espalhando sua influência por municípios vizinhos. Rememorando que Campinas é o melhor exemplo, porém não único claro: Anápolis, Londrina, Campina Grande, Feira de Santana, São José dos Campos podem ser citados.
No próximo vou escrever sobre os PIBs destes municípios “caipiras”.
(a foto está no sítio, endereço logo abaixo é do fotógrafo Sidnei)
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