Foto de arq. pes./Ed. Altino Arantes, Centro SP |
mares, quiçá?
Como o tonitroante Tritão e seu tridente, comandando as marés?
antes de matares a tríade formada por nós e pelo amor
primeiro o vazio, rotundo,
redondo e revolto a entranhar e
a consumir a periférica saúde deste cérebro
coalhado de baciadas de tristezas...
restringia-se às noites mal dormidas...
ruminava, ruminava e por vezes desejava estar feito féretro dentro de um rabecão.
em escassos momentos de sussurros de sono,
imaginou onde estaria
em quais bares a comemorar?
em quais mares a sobrevoar?
atlânticos, índicos, porém serão pacíficos?
em glaciares da Groenlândia?
quebrando a robustez de pedra de gelo que sobrara em sua mãos
em quais terra perseverar a procurar?
no ramerrame de Rangum?
em costumeiros porres homéricos de blue Curaçao.
onde mais procurar?
em tragédias como Treblinka, onde toda a gente foi trocada por nada?
Em bilhares do Baixo Augusta?
Encaçapando bolas aleatórias pela São Paulo de Piratininga?
cansaço irreparável ele sentiu depois de tudo...
pela rede, desistiu de achar,
procrastinou para não parar de procurar
mas tanto cansou em uma hora, que se estabacou ao chão permeando
em meandros de insondáveis Minotauro, em miríades de
rastros irremovíveis, rumores de rouquidão e a prostração geral
primeiro, como vetores anti Marte e ante Antares, desabriu pelo céu
caindo em uma briga que parecera Mercúrio em frenesi de calores,
e enfim, derreteu-se...