terça-feira, 30 de abril de 2013

VIAGEM CXVI - "UM PENSAMENTO CALMO", DISSE

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Raiva rotunda agora. Remorso depois?
Riso de si e dos outros para ele mesmo com rapidez que beira o rústico.
Rimas para a vida, ele já não as tem. Tampouco desejou tê-las em algum dia de sua existência.
Remorso mata? Fere? Marca? Cicatriza?
O perigo é se afundar neste remorso pelo que foi feito, porque o que foi feito, bem feito para que se fez. Retidão de carácter morreu hpa um crto tempo.
Rumo, qual seja? Da incompreensão? De não se aceitar porque foi assim incutido?

"Um escarro para vocês todos que se imiscuíram em minha vida".
Resolução tomada como uma declaração de guerra aos guerreiros prepotentes, narcísicos e de vida fácil.
Amarrar com rotas cordas para arrepender-sae logo em seguida não refaz as ruas por onde ele passou. Ruas de sua existência, porque desta - como querem crer... - encarnação faltou asfalto - recapear tudo.
Rir da soberba que um dia não se ratificará porque retificar-se-á sua rotunda raiva.
Possibilitará então o remédio amargo, até meio ranço, porém muito, muito eficaz.

Tudo o que se passa é de uma calmaria que prenuncia a monção.

http://whatyouhavealwaysknown.com/distraction/

sábado, 27 de abril de 2013

74 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - ATÓMOS PARA LÁ E PARA CÁ

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Em movimento mesmo, esta hora, somente as partículas da física quântica que andam por toda a construção intransponível. Os tais átomos e seus núcleos percorrem o espaço. Mas ninguém os vê: a sensação é de torpor.
Porque a sono solto, tudo ocorre de maneira mais atrapalhada, com tropeços oníricos pelo caiminho que leva da antiga Muralha de Adriano ao castelo, aquele que não se pode escalar pelas paredes de frias pedras com limbos cobrindo rachaduras. A sensação é de suor.

"Anda, anda sem parar,
com pés calçados como sandálias da Antiga Roma.
Na mão, ele procura a direção anotada na palma direita que segue até o punho.
Garrancho que  escrita de médico pareceria caderno de caligrafia.
Espera, e toma fôlego. Para para entender o que ele mesmo escreveu.
Algo em latim?
Ou aquele português dos tempos das trovas pelas ruelas de Coimbra?
De amigo, a cantiga?
De amor, a cantiga?
Sem rimas na escrita e com rumo firme, ele refuta ficar parado e segue.
Difícil, difícil de ler.
Anda, agora renovado respeirtando um ar úmdo e frio com cheiro de mato molhado.
vira uma clareira, adentra na mata e pode ver uma torre do seu castelo inexpugnável.

A rota da mão agora parece mais certa e vigilante pelos caminhos escolhidos neste instante.
Atrás, seus dois soldados, um métalico, outro dos bichos.
Eles o seguem, o que gera um leve desconforto em contraposição ao alívio pela torre ao longe.
Não são mais os mesmo. O primeiro resmunga, vira a cabeça para lá e para cá mantendo a meia
distância dele e do outro.
O soldado cuidador dos bichos, vestido com pesado uniforme de soldado, quieto, observa e percebe a mudança em seu companheiro de armas e de proteção ao rei. Cantos dos olhos, iguala-se no compasso do metálico e agora ambos o veem à frente a alguns passos de distância.

'Algo mudou nestes dois, ou melhor, na relação entre eles. Pouco se falam quando estão a sós. Mas não sei o que é, não consigo decifrar. Eles me obedecem e me proetegem por isto, mas... O que sei deste novo tempo entre eles me traz uma certa apreensão de como as coisas serão daqui para frente'.

Na palma da mão as letras se misturam dançando como em um desenho animado. Agora ficou impossível de ele decifrar o que quer que fosse naqueles quase hieroglifos".

O ronco do Rex se mistura ao ressonar dele; o príncipe no chão sonha e se mexe. Felino ronrona dormindo a seus pés. Tudo em paz pela tarde de sábado na fortaleza invencível como as legiões que se espalharam pelas terras de três continentes. Àquela época, a física quântica nem imaginada era. E estava já presente (que imaginação era a daquele tempo?).

http://www.buzzle.com/articles/basics-of-quantum-mechanics-for-dummies.html

segunda-feira, 22 de abril de 2013

VIAGEM CXV - HELICÓPTEROS INSETOS DE DA VINCI EM SÃO PAULO

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São Paulo, o céu da metrópole em um tom de outono, límpido e lindo.
Os helicópteros, em número inigualado. 
Zumbindo hélices para todos os ouvidos.
Leva gente com rapidez, pelo azul do céu.
No ar seco e frio lá de cima.
Agora, 2013.

Leonardo da Vinci, esboços de desenho.
500 anos atrás. Viveu à frente de seus contemporâneos.
Incompreensão. Genialidade precursora.
Desenhos de máquinas voadoras, e de gente, de bichos e de todos.
Estudos por toda a vida, lápis, carvão.
Canhoto, escrevia ao "oirártnoc"; lê-lo, só pelo espelho.

As libélulas, ordem odonata, até 19 cm de envergadura
Pré-história. Eram gigantes, quase do tamanho de gaivotas.
Olhos que perscrutavam atentos os alimentos possíveis. Predadoras.
300 milhões de anos atrás. Vivem cinco anos hoje.
Voam, quase não andam, como dantes e agora.
Zumbindo por entre áreas alagadas, pantanosas e úmidas.

São Paulo e seu céu movimentado.
Leonardo e seu parafuso áereo.
Libélula e sua base aerodinâmica.
A vida mistura tudo.

http://projectodavinci.blogspot.com.br/2009/05/criosidades-sobre-obra-de-da-vinci.html

domingo, 21 de abril de 2013

73 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - A SURPRESA

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Chega em 30 minutos no restaurante nem vegatariano, tampouco vegano; mas não exatamente uma churrascaria com carnes expostas sanguinolentas para preencher o bucho dos carnívoros humanos: como se fora um butim pantuagruélico; parece. Logo o vê na área destinada à espera por mesa: Maximiano toma um café olhando a janela furtivamente batendo o dedos na mesa. "Será que um rap? Ou um samba? Ou nada disto?".
Barulhento de vozes e tilintar de talheres, pratos e copos porque o local está cheio às tampas, como deve ser um domingo comum em qualquer cidade grande, ainda mais com a febre vegana se espraiando - mesmo que meio capenga.

--- Oi. Tudo bem?
--- Opa! Oi, tudo bem? Estava tão distraído. Nem vi você chegar. 
--- Cheguei agora. Nem demorei né?
--- Bastou um minuto tirar os olhos da porta e você entrou. Eu estava "vigiando".
Ele faz uma cara interrogativa; o metálico rapaz ri.
--- Calma. Brincadeira! Senta aí um pouco. O garçom veio agora disse que tem uma mesa que já vai vagar lá no andar de cima. É até mais tranquilo.

Pelo almoço a conversa flui em amenidades, ambos se levantando para se servirem do bufê disposto na área central do piso térreo. Verduras e legumes frios e quentes, folhas, grãos, fibras e um peixe ao molho de mostarda para quebrar a monotonia vegetal. E claro, arrozes de vários tipos . 
Na hora da sobremesa, vem à tona a conversa, que ainda não transformada em surpresa. Maximiano começa a falar sem papas na língua, como é de seu costume e porque, segundo ele, aprendera assim desde a infância difícil lá no bairro do Grajaú. E não vai ser agora que vai ser diferente.

--- Estou tendo um caso com minha cunhada. Quer dizer, é só sexo.
Ele mantém-se quase impassível com a famosa fluegma inglesa elogiada à mostra. Na conversa anterior
--- Da sua parte e ela está apaixonada?
--- Não, o contrário, quer dizer, não sei. Acho que estou gostando dela, começando a gostar. O sexo é muito bom cara! Ela me atrai muito. Fica andando de camisola pela casa à noite. Meu irmão trabalha de madrugada e só chega às 7 horas... Aí você já viu né?
--- Não vi, mas imagino! Né?
--- Tem mais. Ela está grávida e não é do meu irmão, porque ele fez vasectomia. Acho que é meu o nenê. imagina só: virei reprodutor! Vou ter 2 filhos daqui nove meses!
E ri descaradamente com satisfação.
--- Cara, camisinha nada? Você nunca usa?
--- Tem mais.
--- Nossa, mais? Abriu a caixa de Pandora?

Seu interlocutor faz uma cara de "não entendi o que você disse".
--- Quem é Pandora?
--- Nada, deixa para lá. Qual é a terceira parte da surpresa?
--- Bem, aí é que a coisa toma vulto. Além de eu estar gostando dela, e ela só querer foder comigo, descobri que meu irmão quer se separar dela. Porque a casa é dele e ele vai mandá-la embora.
--- Sim, e daí você vai poder morar com ele. Quer dizer, isto se o filho não for seu...  Eu acho que dá para ficar lá.
--- Com o namorado dele junto?
Mais uma repentina pose de inglês inalterada. Por fora, porque por dentro ele pensa "como um cara pode ter tantas coisas acontecendo com ele, ao mesmo tempo e envolvendo pessoas tão próximas"...
--- Seu irmão é gay? Mas...
--- Cara, é gay. Acredita? Eu nunca pensei isto. Ele nem tem jeito de viado, não desmunheca, não fala mole e pelo que eu soube, porque lá na vila onde eu estou morando a gente sabe da vida de todo mundo, ele é que faz o papel de macho, ligado? Cara, o namorado dele é o filho do vizinho da frente, o moleque tem 22 anos. Meu irmão tem quase 40 anos!

"Será que eu vou ter que gastar meu latim, o pouco que sei dele, e explicar para ele que os conceitos que ele verbalizou são estereótipos e que as pessoas são mais que os estereótipos, que idade não pode ser um condicionante imposto ao amor". Pronto para abrir a boca, o metálico recomeça.

--- Acho que eu poderia mesmo morar lá: eu e ele mas morar junto com eles? Não tem jogo não! Acho que nem só nós dois, agora que eu sei dele.
--- Porque?
--- Porque eu não curto, porque ele é meu irmão e a casa sendo dele, não sou a fim de ficar vendo, ouvindo coisas que não quero. Imagina! Não vou poder nem andar de cueca, sair pelado do banho, nada. E pensar que meu irmão me enganou a vida inteira. Eu fico de cara, meu! Situação está osso!
--- Pensei que você fosse mais descolado. Livre de preconceitos, pelo visto você é tão careta como as pessoas de outra geração. E tem mais...
--- Não é isto...
--- Espera, você falou. Agora é minha vez, ok? Senão não é diálogo, é monólogo. Mas olha, antes de qualquer coisa, duas coisas eu falo para você: primeira - ele é seu irmão e te deu uma força quando você se separou de sua mulher crente, portanto, acho que isto é ingratidão de sua parte; segunda - meu, estou surpreso com seu pensamento tacanho, careta sobre os gays. Não difere em nada dos fanáticos crentes que você tanto critica. Vocês são iguais. E quer saber mais? Não vou falar mais nada não. E quer mais uma coisa ainda: estou indo embora. Almoce sozinho com todo o seu preconceito e ingratidão.
 --- Calma! Não vá embora. Quero explicar!

--- Já está explicado: você é ingrato e preconceituoso. E traidor né? Porque eu acrescento que está gostando de foder com sua cunhada ela sendo casada com seu irmão que te deu abrigo.
--- Mas ele nem gosta dela! 
--- Não interessa, estão casados. Sua postura no negócio todo demonstra bem como você é e como pensa. E como age em prol de seus únicos interesses.
--- Eu não sou assim não!
--- É sim. 
--- Porque ficou puto assim? Bravo para cacete!
--- Não estou bravo. Tanto não estou que nem vou discutir e vou embora. Estou muito surpreso e já me deu preguiça de almoçar aqui em sua companhia.
 
Ele se levanta com calma, passa no caixa e paga seu cartão e sai do local aliviado. A pé, a passos lentos, pensa como o mundo é assim mesmo sem tirar nem pôr nada. Ao chegar em casa, deita-se na cama e dorme pesadamente sem atender as chamadas feita por Maximino: foram várias delas.

http://www.crisismagazine.com/2012/the-francis-we-never-knew-surprising-revelations-about-the-man-from-assisi

segunda-feira, 15 de abril de 2013

72 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - A CONVERSA

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Aos domingos - e eles são praticamente iguais desde que o personagem se entende por gente em sua modorra das horas - ele faz placidamente o que nem sempre pode fazer durante a semana: dormir a sono solto, sem hora para tomar café da manhã, nem almoço, nem janta; nem banho pela manhã - tudo, ou nada, tem chance de ser feito sem hora alguma. O relógio existe neste dia porque ele existe para sempre, mas nem vale à pena se guiar pelo instrumento preciso. E, claro, passear com o Rex torna-se mais duradouro com caminhada mais lenta e "andante" até lugares por desconhecidos pelo príncipe. É uma incrível descoberta para o cão estabanado cheirar e fazer suas necessidades em locais distantes de onde reside, de onde se protege dos males: seu castelo invencível, intransponível.

Tudo vai de acordo, tranquilamente. E como ele não desligara o telefone por puro esquecimento, "porque aos domingos o artefato deve ficar mudo", segundo suas palavras, o toque o faz despertar da letargia depois do passeio a dois. Se recorda na hora que esquecera de desligar o aparelho que por vezes fica sem sinal (mas isto é responsabilidade da operadora).
Como uma intuição lhe dizendo quem liga, ele atende e corrobora-se o sentimento da mesma.

--- Doutor! Como vai? Tudo bem com você?
Ele mostrava animação já na primeira frase dita.  Comportamento usual em Maximiano desde quando o conhecera na padaria.
--- Oi! Tudo bem, tranquilo. E você? 
--- Bem, indo... Uma passo por vez. Mas tudo bem, estou melhor do que eu estava. Meu, eu estou ligando para saber se você não quer beber alguma coisa, um café. 
--- Agora? Mas onde...
--- Pode ser uma cerveja, sei lá. Onde o quê?
--- Onde você está?
--- Perto da sua casa, na verdade. Tipo uns cinco quarteirões. Vamos?

Supresas não são a melhor parte da vida, ou pelo menos, da vida que ele tem e que preza tanto. E, em se tratando de ser domingo, a surpresa adquire tamanho grande. Para especificar o sentimento de agora, ele é titânico.

--- Você me pegou de surpresa. Nem tomei banho ainda, acabei de chegar do passeio com o Rex. Também não almocei...
--- Quanta desculpa. E mais um motivo para você descer. Eu também só comi pastel de feira. No lugar do café, a gente pode almoçar juntos. 

Telefone mudo de ambos lados.

--- Vamos doutor. Quero conversar com você. Quase 2 meses que a gente não se encontra. Aconteceu tanta coisa que se eu contar, nem acredita. Só ouvindo mesmo.
--- Vou demorar um pouco. Preciso fazer umas coisas aqui para o príncipe e para o conselheiro-mor antes de sair. E tem o banho. Você se importa de esperar eu realizar todo o processo?
--- Ok, eu espero! Você não parece o tipo de cara que embaça para caramba para sair de casa. Não é? Então só não demora muito porque eu estou morrendo de fome. Tem um restaurante quase vegetariano aqui perto, o "Misto de Tudo", pintado de verde e... Acho que é verde a outra cor. Na frente, eu estou. Conhece? Claro que sim, é perto da sua casa.
--- Sei onde é. Como aí de vez em quando. Então, espera aí, toma um café porque eu devo demorar pelo menos uns 20 minutos... 30 minutos, no máximo.
--- Beleza! Está feito. Vai ser legal, preciso trocar umas ideias com você.
--- Sobre?
--- Ah, meu irmão e a mina dele. Eu estou morando lá, você sabe, faz uns meses aí. Mas não estou bem na casa deles não. Complicado viver a três.
--- Imagino mesmo. Ainda mais que você não se dá muito bem com a cunhada...
--- Exatamente! E a coisa começa a pegar por aí mesmo. Quer saber mais? Acho que pode até piorar um tanto, percebe? Sabe... Viu, mas vamos conversar almoçando.
--- Claro, verdade. Até mais então.

Desliga o telefone e nem tem muito tempo de acabar o cigarro e pensar sobre o que pode ser uma longa tarde meio fria de domingo anteriormente pensada em horas de tranquilidade. Pelo visto, a tranquilidade dele está por acabar. Porém, compremeteu-se a ir almoçar com Maximiano e não está a fim de ter o trabalho de pensar em algo que soasse verdadeiro como um boa desculpa, não aquelas esfarrapadas. Sim, irá lá mais por preguiça de se desculpar do que pela companhia. 

A companhia do metálico amigo lhe agrada, não o contrário, é que para ele muito contacto com o mundo exterior fora do trabalho não lhe causa boa sensação. Para isto possui um castelo fortificado.
Pronto para pegar o lento elevador, mas ainda com a cara meio amarfanhada de travesseiro, ele recebe uma mensagem de texto: "Vamos conversar. Venha logo, minha barriga está roncando. Rs". Menos de 10 minutos estará lá.

http://www.posterlounge.co.uk/two-men-talking-in-a-tavern-pr154557.html

sexta-feira, 12 de abril de 2013

07- CARTA DO SUICIDA: AOS LIVROS DE AUTO-AJUDA

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Primeiro que é um porre sem tamanho. Parece coisa de "woodstock não acabou". Os 'livrinhos' de auto ajuda, é destes aos quais me refiro. Vendem como pão quente na padaria e as livrarias dedicam espaço nobre de seus estabelecimentos para os tais 'livrinhos' adorados.
"Aja, mude de atitude. Pense positivo, repita várias vezes por diz X frase/mantra, medite. Deixe o sol entrar em sua alma e aquecê-la. Tudo acontece no tempo certo, quando estiver preparado para receber". Além do mais, aquecimento prévio, só no prato mesmo.
PQP! Que coisa mais chata esta história de positividade-fé a ser alcançada; sim, porque os autores unem os tais conceitos e demandam que nós façamos uma coisa pela outra. Tenha dó, que coisa mais "tatibitáti", uma coisa pueril, atroz, que me fez sentir um idiota de quatro costados. Subestimar minha inteligência? Só pode ser isto.

Receber o quê? Preparado para quê? Quando vai acontecer? 
PQP! Que texto mais para criança recém alfabetizada, ora! 
Eu é que desejo, faço e me preparo quando eu quiser, quando julgar mais conveniente para mim. E até parece que tudo de bom vai acontecer por eu ficar proferindo alguma frase impactante. Só pode ser para rir até perder o fôlego!
Então, para os ateus - que "tenham piedade deles" - restam o insucesso e a infelicidade geral nestes tempos sombrios para todos? Ou o que? Estão fadados para toda a eternidade a vagarem colecionando infortúnios?
Até parece que é isto?
Vi - e vejo até hoje - tanto ateu nesta vida se dar muito bem e tanto religioso se foder de verde-e-amarelo . Assim como muito crente FDP e muito ateu que faz mais o bem do que qualquer outro que tenha fé/positividade em algum deus.

Eu não quero ficar na dependência de deus algum e agradecendo ou culpando por um motivo qualquer. Que caminho é este a ser trilhado?!
Eu determino meus rumos. Há interferências dos outros, claro... Mas começa por mim.
Ter que ficar rezando, ajoelhando, crendo em A ou em B pensando... Ques coisas mais enfadonhas de se fazer (porque ainda tem esta de que quem crê em A se acha superior a quem crê em B, e, é óbvio, a recíproca é verdadeira. Não creia em nada!). Muitos destes crentes julgam os outros sem piedade, causam o mal e depois vão lá pedir perdão porque perderam as estribeiras antes. Para quê mesmo? Para poderem dormir em paz pensando em sua fé e em sua positividade? Como uma meditação que não tem mais fim?
Muitíssimo obrigado, estou bem assim sem o maravilhoso mundo dos livros de auto ajuda. Aliás, distância bem grande deles. Socorro mil vezes (uma vez ganhei um porque a pessoa pensou que eu estivesse precisando: joguei no lixo assim que virou as costas, nem li a dedicatória)!

http://writers-salon.com/category/self-help/

terça-feira, 9 de abril de 2013

VIAGEM CXIV - PARA OS PACIENTES? NADA!

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A paciência dele está no esgoto, começa a feder. Esgotara-se dos outros e dele por insistir em ser paciente com os outros, uma velha mania, ou hábito, ou cacoete, ou distúrbio... Ultimamente, caracterizar-se-ia como distúrbio (ser paciente)  porque não poderia ser possível crer e ser enganado uma vez, crer e ser engando duas vezes, crer se ser enganado... Em "N" vezes. Deveria mesmo ter estado doente àquele época. Hoje, ele não se caracteriza assim.
Bem, isto foi antes, bem antes. Muito antes que já perdera a noção de quanto tempo acontecera. Talvez uns 20 anos e desde então, tornara-se um ser melhor: nada paciente e impaciente apenas com quem era alvo. E nesta faixa, os pacientes eram os primeiros a serem capturados.
Tudo preparado para mais um da série "Depoimentos".

"Por que? Porque são burros e nunca aprendem! Os pacientes extremados têm que levar ferro mesmo, sem medo e sem dó. O único benefício é fazer o que tenho que realizar com rapidez, sem muita criatividade - o que é uma bênção para os tais pacientes.
Idiotas! A melhor definição para eles.
Muito estranho para mim as pessoas que não aprendem a perceber que as testam para que estes saibam até onde vai o limite da corda esticada da peciência. Pior ainda aqueles que sabem disto, apredenram que as pessoas mentem e inventam e ainda continuam a ser pacientes coms as tais. Por que é pior? Porque quem aprende e não pratica é de uma estupidez sem tamanho; parecem-se como portas burras que batem, batem e não aprendem. Deve ser um masoquismo aliado à 'bondade' incutida em suas cabeças. Bondade? Desconheço. Maldade? Desconheço. Apenas me regrei pelas lições de vida e executo meu trabalho. Então, pacientes humanos bonzinhos: cuidem-se, mesmo que não adiante muito.

Hã? Ah, claro que sim, claro que os pego também. Os que ficam testando - e são vis por fazerem - os pacientes vêm logo a seguir: e com eles o negócio todo muda, para mim, claro porque o fim de todos é o mesmo. mas com estes que testam sou, todas as vezes, lento e preciso; faço com vagar e deboche. precisam ver a cara de impacientes deles pedindo, quase no fim, para que eu acabe logo com a 'operação'. Eu não acabo não... Ainda mais se pedirem.
Se eu me divirto? Nunca encaro como uma diversão, menos ainda com os pacientes. Passa longe de ser uma ato divertido. Melhor dizer que é uma obrigação: gente estúpida a menos no mundo é um mundo menos idiota. 
Eles se merecem, o pessoal da paciência e o grupo dos que os testam, combinam durante toda a vida, interagem, se bastam. Mas aí, existe este aqui que fala mais uma vez diante da câmera para reafiormar que eles todos não tiveram, não têm, nem terão vez".

A bateria da câmera deu sinais que estava chegado ao fim, no osso. Ele resolve dar um tempo no depoimento feito com muita paciência e vagar e recarregar a outra bateria que jazia morta em uma das prateleiras da imensa garagem. Ele possuía 2 e pretendia comprar mais uma. Tinha o vezo de esquecer de carregá-las, o que gerava vontade de adquirir várias delas e, cada uma delas, ligar à tomada. Esquecia, mas paciente que tornara-se consigo, recarregar o quer que fosse fazia parte de seus planos.
Subindo as escadas que ligava a garagem à casa, murmura "bem feito!" para o grupo da vez: os constantemente pacientes com tudo e com os outros. Eles são cartas viradas deste jogo da paciência.

http://patience.softonic.com.br/

segunda-feira, 8 de abril de 2013

71 - ALEATÓRIAS HISTÓRIAS - ALGUÉM ESPIA, DE NOVO!

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Passeia pelo apartamento - seu castelo inconquistável - arrumando objetos, dobrando roupas da semana, separando as sujas para lavar com seus dois companheiros. Vestindo somente cueca e meias brancas quase leva um escorregão no chão da área de serviço, fazendo-o rir de si mesmo. De imediato, Rex pula nele achando aquilo tudo brincadeira querendo participar. Felino, do alto de sua realeza felina, observa de perto tentando enteder o que ocorre com aqueles dois malucos. 
Café recém coado, xícara até a boca e o gosto amargo que lhe traz vida. As janelas abertas da cozinha e dos dois quartos com o vento de outono faz a fumaça do líquido entortar em direção à sala. Sacada ainda fechada, porém não por muito tempo. Aberta a grande porta de vidro corrediça, o sol, embora meio tímido, presenteia o lugar com um tanto de vida vinda lá de longe - que presença real do astro-rei. O chão da sacada está frio e um tanto úmido pelo sereno da madrugada. 

Em direção reta, do outro lado da rua, mais uma vez parece ter alguém espiando seus movimentos pelo prédio em frente, mesmo andar. Ou ele acha que há alguém por lá... Na verdade, quando ele olha com mais acuidade, consegue distinguir três pessoas, duas mulheres com o que parece ser uniformes e um homem "à paisana" - este circula pelo local mais que as outras pessoas.
E quem poderia ser. Sábado pela manhã...?
Apressa-se para descer e resolver isto logo. Veste-se, tênis, espera pelo elevador que vem cheio. Ao chegar no térreo, após haver parado em vários andares, a porta range ao abrir e ele ganha a rua. Atravessa a rua e indaga ao porteiro do prédio da frente, seu conhecido, se o tal apartamento no 22º andar estaria já habitado.

--- Não está não doutor. Ainda está me manutenção e reformando a fiação também. O novo proprietário deve se mudar até o final do mês, por isto estão trabalhando no apartamento sábados e domingos também. É uma equipe da empresa contratada. 
--- Foi comprado?
--- Foi sim. Parece que o novo proprietário é um médico. Deve ser, porque quando veio aqui, estava todo de branco e trouxe dois cachorros grandes. Rapaz educado. Imagina só: até meu de uma gratificação por ajudá-lo a descarregar o carro.
--- Médico? Ou um veterinário... Poderia ser?
--- Não sei, agora o senor me pegou. Deve ser alguma profissão ligada à área de saúde. Todo de branco mesmo!
--- Entendi. Perguntei porque vira e mexe, vejo gente por lá, andando... Fazia tempo que ficou fechado, né? 
--- Mais de 2 anos. Sabe que a antiga proprietária tinha problemas de cabeça, né? Foi internada várias vezes. Da última vez, nunca mais voltou. Aí, passou um tempo, a família veio e colocou o apartamento à venda.
--- Ah, é? Não sabia disto não.

Despede-se com uma ponta de frustração porque sua intenção ao sair de seu castelo era subir lá, de alguma forma subiria, e ver que andava lhe espionando com tanto afinco durante algumas vezes. como o porteiro lhe disse que havia sido comprado já, desitiu da ideia, afinal, se pedisse para subor, poderia colocá-lo em uma sitaução desagradável.
Na volta, elevador vazio com ele e sua pressa em chegar e trancafiar-se para tentar esquecer o malogro de sua "expedição a terras vizinhas". A porta range de novo e no andar ele pode ouvir o Rex latir pressentindo sua presença; um alívio para ele. Certa sensação de mal-humor toma conta dele: não gosta de tentar algo que considera importante para desanuviar a cabeça e fracassar na tentativa. Ou um meio fracasso: obtivera informações que ainda não dispunha até minutos atrás.
Fecha a entrada com todos os trincos. Reinicia a arrumação, e após alguns minutos tomando seu café, lhe ocorre que tudo pode ser uma grande fantasia que ele criara.

"E se for uma grande viagem? Se não tiver ninguém me espiando? Apenas uma equipe trabalhando na sacada e janela e eu aqui imaginando coisas que não existem...? Mas por que ficam atrás das cortinas parecendo que se escondem? Eu devia comprar o binóculo moderno, digital, de última geração. Quero só ver quem é. Se não for ninguém mesmo fazendo 'espionagem', ficarei mais tranquilo. Se for, saberei exatamente quem é". 

http://www.colourbox.com/image/scary-eyes-of-a-man-spying-through-a-hole-in-image-4447458

sábado, 6 de abril de 2013

PIB DAS CAPITAIS

São 27 as capitais político-administrativas do Brasil, incluindo a peculiaridade de Brasília, que representam 34% do PIB total do país, ano-base 2010, segundo o IBGE: 7 do Norte, 9 do Nordeste, 4 do Sudeste, 3 do Sul e 4 do Centro Oeste.
Estes municípios são os primeiros em suas respectivas unidades federativas, à exceção da sede estadual de Santa Catarina, Florianópolis, que está em um 3 lugar não muito honroso com menos de 6,5% do total; a capital está atrás de Joinville e Itajaí, sendo que a primeira a supera em mais de duas vezes o valor total. No outro extremo, Manaus detém mais de 80% da riqueza gerada no Amazonas.

São Paulo, a capital bandeirante de todos os paulistas - de nascimento e de adoção -, aparece em primeiro lugar, com quase 12% do total produzido pelo Brasil: 443/3770 (R$ 443 bilhões sobre R$ 3.770 trilhões). 
Todavia, o que escrevo (e ressalto) aqui é sobre o quanto cada capital produziu comparativamente ao seu Estado. Depois, no fim, teremos os números das 27 com relação aos 5.565 municípios espalhados de norte a sul e de leste a oeste (este número inclui Brasília que não é município, tampouco estado e sim um distrito: Distrito Federal).

Lista: em ordem decrescente de % (última coluna são os valores do PIB)
01- Brasília
100,00
149.906.318,88
02- Manaus
81,30
48.598.153,16
03- Boa Vista
73,49
4.659.977,23
04- Macapá
63,09
5.215.129,81
05- Rio Branco
50,86
4.311.124,35
06- Maceió
49,30
12.114.090,37
07- Teresina
47,78
10.539.377,70
08- Fortaleza
47,65
37.106.309,48
09- Rio de Jan.
46,73
190.249.042,86
10- São Luís
39,59
17.915.048,34
11- Natal
37,10
11.997.401,16
12- Aracaju
36,57
8.751.493,74
13- São Paulo
35,56
443.600.101,65
14- Porto Velho
31,93
7.522.929,26
15- Cpo. Grande
31,89
13.875.046,18
16- Recife
31,55
30.032.003,26
17- João Pessoa
30,69
9.805.587,18
18- Vitória
30,41
24.969.295,11
19- Goiânia
25,05
24.445.743,96
20- Curitiba
24,44
53.106.496,77
21- Salvador
23,81
36.744.670,49
22- Belém
23,11
17.987.323,05
23- Palmas
22,78
3.927.446,47
24- Cuiabá
18,54
11.051.628,02
25- Porto Alegre
17,05
43.038.100,20
26- Belo Horiz.
14,70
51.661.760,19
27- Florianópolis
6,43
9.806.533,68
TOTAL
 34,03
 1.282.938.132,52

Fazendo algumas análises:
- 5 capitais - 4 na Região Norte - Manaus-AM, Boa vista-RR, Macapá-AP e Rio Branco-AC superam mais da metade de cada uma de suas unidades federativas, mais Brasília-DF, no Centro Oeste;

- 4 capitais - 3 no Nordeste e 1 no Sudeste - detém mais de 45%: Maceió-AL, Teresina-PI, Fortaleza-CE e Rio de Janeiro-RJ. As três primeiras são sedes de Estados com renda per capita muito inferior à nacional;

- 3 capitais, Centro Oeste, Sudeste e Sul, estão abaixo dos 20% da riqueza: Cuiabá-MT, Porto Alegre-RS e Belo Horizonte-MG. São estados que ocupam a 4ª e 3ª colacação, respectivamente, no ranking geral e com cidades (PIBs) do interior de relevância. Ambas cidades possuem importantes regiões metropolitanas com elevada produção.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

VIAGEM CXIII - O VOO PELO AZUL

Reprodução [sítio abaixo]
Eu já quis voar pelo alto azul
procurar você pelos prédios
e pelas ruas
e avenidas
e jardins
e quintais
qualquer lugar que pudesse estar.

Porque qualquer lugar é todo lugar quando é você...
Onde está? 
Perto para voar rápido.
Longe para voar lento.
Tive vontade de sair de mim,
(deixar embaixo as razões)
deste corpo,

e chegar até você.
Voaria ereto, linha reta, torta,
em curva, subidas e descidas
(não como os pássaros, porque só eles devem voar como voam);
pairando quando quisesse pelo ar,
vendo os ventos,
as nuvens perdidas ao léu,

a chuva, inadvertida que é,
molharia meu corpo-voador
para aliviar "motores".
Quando cansasse, com frio estivesse,
um novo fôlego de luz, de energia.
Eu queria poder voar 
só para te ver sorrir. 

http://www.dailygalaxy.com/my_weblog/2010/01/mega-cities-are-they-accelerating-the-planets-biodiversity-crisis-a-galaxy-classic.html 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

06- CARTA DO SUICIDA: AO $

Reprodução [sítio abaixo]

Eu gosto muito de você. Muito mesmo, tanto que vivo contando você na carteira, faço cálculos aproximados de quanto há nas aplicações, nos aluguéis a receber; o limite dos 2 cartões de crédito também entra na conta toda.
Noves fora... Muito dinheiro!
Faz tempo que é assim e por isto posso levar esta boa vida que tenho e que não fiz nada para conseguir. Foi por herança, o que me despreocupa: sempre vai ter $ caindo nas contas. Em 3 dias do mês para que eu possa me programar melhor como, quanto (nunca é pouco) e com quem gastar.
Porque eu "desperdiço" bem. Ganho bem e a razão é diretamente proporcional.

Facilidade que traz alguns contratempos de vez em quando. Ou melhor, tenho que comprar uma companhia para sair ou até ficar em casa só na curtição. Nada de escrúpulos no ato de comprar porque hipocrisia é um defeito de carácter que eu definitivamente estou isento. Passei adiante lá trás! Nem sei onde ficou, nem me apraz saber.
Um contratempo resolvido, assim é feito.
Faço a ressalva que nem preciso comprar companhias todo dia. Porém, é bom e gostoso poder escolher.
Então, o $ serve para me servir e para não ter parada dentro da carteira. 
Só para isto. 
De que adianta ficar guardando? Privando-se? 
Dinheiro fica mofando assim.

Viagens, presentes para mim, obras de arte, refeições, compras aleatórias e claro, uma pessoa aqui, outra ali, do jeito que eu quero, pela minha escolha.
Elas se vendem, eu estou aqui para comprar.
Elas não se vendem, eu estou aqui para aumentar a oferta (fazer o que, não é? Algumas ficam fazendo fita, tentando ser éticas consigo mesmas, e aí, eu dou corda só para ter mais prazer no final; que é minha compra realizada).
Se me traz felicidade, eu realmente despossuo tal pensamento de minha mente. Vivo para gastar e a felicidade, pensando bem, reside no ato do $ escorrer pelos vãos dos dedos.
Como já deixei claro, fico por aqui por um pouco mais de tempo, portanto, meu $ irá para o governo quando eu me for! Só de pensar me faz ser perdulário ao cubo!
Guardar? Não tenho vocação para Tio Patinhas! 

http://monnaies.delcampe.fr/page/item/id,134360177,var,THE-FIRST-EURO-OF-UNCLE-SCROOGE-DISNEY-ONCLE-PICSOU,language,F.html

VIAGEM CXII - VIGIAR E SEGUIR

Reprodução [sítio abaixo]

Vigia para não se enganar. Vívido a vigiar.
(de uns tempos para cá aprendera que a vigília é voz para todos anseios, alegrias, dores)
Viga construída pela validade dos valentes anos que sofrera
com vertingens vivas e persecutórias.
Vaticínio de nascença tal síndrome?

Vazava-se a chorar miúdo e solitário
pelo medo da altura dos pensamentos
que vingavam por quase todo o tempo, por quase toda a parte.
Veloz, velocíssimo, via, àquela época, desvanecer
sonhos e verdades transparentes como vidro 100%.

Era assim, vendado que estivesse, vigiava com diligência
que poucas vezes apresentava-se pela vastidão do mundo.
Vilões e suas vilanias.
Velhacos e suas velhacarias.
Barato, baratíssimo!

Assim muitos se vendem, vislumbrando deslumbres
doces de início. O lucro permite vãs negociatas.
Do lado de que vende, a amargura vem logo em seguida.
De quem compra, vem mais lucro e dominação.
Vez por outra, o comprador se vê em meio a choros com velas amarelas.

Mas hoje, vigilante como um sofredor que fora sói ser, 
invulnerável - quase - que aprendera existir,
Dá de ombros aos vapores de ódio vermelho,
de ambição desmedida; tudo varrido com força bruta.
Mantém-se alerta e segue.

http://www.crn.com/slide-shows/networking/209600057/someones-watching-d-link-releases-new-poe-network-camera.htm